Ela só queria viver com aquela dor que a perseguia. Viver em paz com seus irmãos, sua única família.
Ele queria continuar sendo cruel, carrasco e malvado. Sem se importar com o que pensariam os demais. Viveria do jeito que o ensinaram. Como nasceu p...
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𝐕𝐢𝐤𝐭𝐨𝐫 𝐁𝐚𝐫𝐭𝐡𝐨𝐥𝐲
𝕸ontamos nos cavalos e corremos pelo campo vasto. Era libertador. Estar assim com ela era algo fora da minha realidade. Nunca na minha vida imaginei que a mulher ideal, feita para mim, me fizesse fazer loucuras incabíveis e que além de tudo tirasse-me de minha zona de conforto. Isabelly Veiga era um poço infinito e desconhecido. E cada vez que o exploro, conheço cada uma de suas maravilhas. Era mágico, poderoso, inexplicável estar ao lado dela. A única mulher que proporciona-me aventuras mortais e duradouras.
─ O que achou do nosso campo? Luis cuida muito bem.
Ela desacelerou o cavalo, assim como eu, e paramos ao lado do outro, olhando o campo.
─ Fértil, um gado próspero, boa vegetação. Uma fazenda rica. Gosto daqui ─ confessei.
Ela sorriu e se inclinou um pouquinho para beijar-me. Tão lentamente. No final mordeu meu lábio o puxando. Seus olhos sensuais me prenderam quando se cruzaram aos meus. Admirei feito um garoto apaixonado suas feições mulheris. Tão lindas.
─ Que foi? Seus olhos estão brilhando mais que o normal. Agora com a luz do sol batendo neles estão quase brancos. Tão lindos ─ ela falou. ─ Parece um gatinho.
Pus uma expressão séria e olhei para frente, com um fundo irônico por trás.
─ Na verdade sou um tigre feroz que gosta de caçar seres inocentes.
Escutei sua risada.
─ Nah! Você é um gatinho. Um gatinho fofinho que dá vontade de afagar toda hora ─ sua voz era melosa. ─ Olha só esses olhinhos azuis, que bonitinhos. Miau! Miau!
Segurei, mas não consegui e soltei um único riso. Pigarreei voltando a carranca séria.
─ Chega disso. Vamos voltar.
─ Ok. Quem chegar por último atura Julian beijando Karen.
Ela saiu com tudo. Aturar Julian na melação com Karen? Isso não!
Fiz com que o cavalo corresse bem rápido, segurando o chapéu branco na minha cabeça e ultrapassei ela. Sem olhar para trás, cheguei primeiro. Desci e a esperei.
─ Cabe a você ver aquela tortura.
─ Por Dios. Noooo.
Ela veio e entramos de mãos dadas, não antes de darmos um selinho.
─ Buenas.
─ Isa, pelo radar, pesquisei a situação da fazenda Bartholy e está tudo ok. Podem ir ─ Daniel falou.
─ Perfeito. Vamos nos organizar. ¿Y usted, señorita? ¿Qué aún hace aquí? A Javier no le gustará verla con mis hermanos.
