Isabelly Veiga
Finalizamos a festa com fogos de artifício. Foi tão bom estar reunido com familiares e amigos. Acabou às quatro da manhã. Na despedida, o rei Atreu me olhou com súplica. Não acredito que ele havia me dado essa responsabilidade.
Entramos todos.
─ Vou subir e deitar um pouco. Foi maravilhoso. Obrigada, irmãos, por darem essa festa a nós. O casamento será maravilhoso se feito da mesma forma. Boa noite. ─ Olhei Viktor. ─ Vem comigo?
Ele segurou minha mão e nós dois subimos. Entrei no banheiro e deixei que a banheira enchesse de água quente, enquanto eu tirava minha roupa.
─ Posso entrar com você?
Ele me pediu.
─ Claro que sim.
Sentou atrás de mim. A água quente em contato com a minha pele fria me deu arrepios. Viktor me abraçou por trás. E ficamos assim. Relaxando.
─ Não sei se leio a sua mente. Quero saber o que o rei falou.
─ Algo que me preocupou e muito. ─ Não sei como ele reagiria. Isso era muito sério. Mas eu não queria que houvessem segredos entre nós. ─ O rei Nero está doente. Há declínio entre os soberanos. Os reis Atreu e Aaravos não sabem como lidar com essa situação. Me pediram para intervir.
Ele olhou meu rosto.
─ E por quê? Que tipo de doença um vampiro pode ter?
─ Mental. Ele presenciou mais um aborto vindo de Kalista. E não suportou. Entrou em depressão. As obrigações vampiras estão sem decisões. Quem está a frente é Atreu e Aaravos. Nero só assina embaixo. Imagine o caos se isso vier à tona.
Ele suspirou.
─ Prevejo que está na hora dos Munrou saírem do trono. Um novo rei virá.
Me virei para olhá-lo. Bastante preocupada.
─ Você...
─ Não. Não quero o trono. Quero viver em paz. Já fui líder por muito tempo. A responsabilidade de comandar os vampiros não quero assumir.
─ Fico aliviada. Eu não ia querer ser rainha. Já tenho tantas coisas para lidar. Além de que no trono seríamos alvos fáceis. Gosto de ser como os outros. Na população. Mas então? Quem poderia ser o próximo rei?
─ Isso é indedutível. Somente Merlin quem vai saber. Ele será orientado pelas Tecelãs do Destino. Pode ser qualquer vampiro apto a isso.
Me acolhi de novo em seus braços.
─ Eu quero ajudar Nero. Prometi. Mas não acho prudente. Se tudo der certo, e ainda aceitarem minha ajuda, posso fazer isso assim que Cassiel nascer. Não quero expor Victoria que está tão frágil.
─ Só que... terá de fazer sozinha. Não vou acompanhá-la.
Franzi o cenho triste.
─ Por quê? Por que odeia tanto os Munrou?
Ele atenuou mais o abraço na minha cintura.
─ Um dia saberá. Prometo.
Beijou meu pescoço. E mordeu. Foi inevitável não sentir formigamento. Não ceder. O mordi. Quando saímos da banheira e deitamos, ainda não conseguimos dormir. Então consolidamos nosso amor mais uma vez. E dessa vez não foi selvagem. Foi romântico, carinhoso. Ele me beijava e abraçava, não dispensando carícias também. E no final eu ri satisfeita. Ele se manteve por cima de mim e abraçou-me.
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Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro I
FanfictionEla só queria viver com aquela dor que a perseguia. Viver em paz com seus irmãos, sua única família. Ele queria continuar sendo cruel, carrasco e malvado. Sem se importar com o que pensariam os demais. Viveria do jeito que o ensinaram. Como nasceu p...