60 • Eu, você e o nosso amor

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𝐕𝐢𝐤𝐭𝐨𝐫 𝐁𝐚𝐫𝐭𝐡𝐨𝐥𝐲

            𝕻eguei-a pela cintura de surpresa e dei um “beijo de cinema”. Deu um grito surpresa, mas riu entre o beijo. Voltei seu corpo e passei meu braço por seus ombros, com nossos dedos entrelaçados, e continuamos a trilha.

            ─ Disputa na caça? Quem conseguir caçar mais animais em dez minutos vence ─ sugeri.

            ─ ‘Cê vai perder!

            ─ Vou não ─ falei seguro, mas brincando.

            ─ Tá bom então. Aqui é o ponto de encontro. Em dez minutos cronometrados, a gente volta aqui e diz o resultado. Não vale mentir nem trapacear, hein. Tô de olho. Eu vou saber se mentir.

            ─ Sabe que sou honesto ─ dei um selinho nela.

            Teleportamos em nossa velocidade vampírica pela floresta. Fui atrás da minha primeira presa. Um cervo grande. Cravei minhas presas sem dó. Depois um coelho, dois esquilos, mais um cervo, até que vi um lobo. Não licantropo. Animal mesmo. E essa caça me dava vantagem. Alimentei-me dele e meu relógio já dizia cinco segundos para o cronômetro zerar. Voltei da mesma forma, na supervelocidade, e fiquei sentado no alto da árvore, olhando o relógio zerar em 3... 2... 1...

            ─ Não pense que perdi.

            ─ Faltou 0,5 segundo para perder. Sorte ─ falei olhando ela lá em baixo.

            Desci e levemente pousei no solo.

            ─ E então? Quantos?

            ─ Seis. Dentre eles um lobo.

            Já sabia que tinha ganhado, mesmo ela mantendo a postura de deboche.

            ─ Hum. Boa caçada! Ganhou, admito. Comi quatro cervos e um coelho. Tadinhos!

            Ela fez expressão de tristeza com um bico. Puxei-a para um abraço, sorrindo de sua feição.

            ─  Se te serve de consolo, pode me morder. Eu deixo.

            ─ Own! Que fofo! Vem.

            Ela estendeu os braços e a ergui pela cintura. Agarrou-se em meu pescoço e senti suas presas entrarem. Fechar os olhos foi inevitável. Mordi os lábios, evitando gemer. Ainda era bom. Viciante. O prazer que ela me dava nessa simples mordida era inexplicável. Segurei forte sua cintura. Desfrutando de todas as sensações.

            ─ Sua vez.

            Ela parou e desceu. Virou de costas. Como já sei que o vírus em seu corpo não me prejudicava, mordi sem medo. Segurando-a firmemente por trás e cravando as presas em seu pescoço. Há tanto tempo que eu não tinha nada parecido com prazer que não pude controlar. Fiquei... digamos... animado. Gemi dentre a mordida e cravei mais afundo. Sentia todo meu corpo tremer. Era como energético. Uma descarga elétrica. Parei antes que a drenasse completamente. Ela se virou sorrindo.

            ─ Tenho vergonha das sensações que eu te dou. É estranho porque eu nunca havia ficado tão íntima de homem algum na minha vida. Não tenho nenhuma experiência com o sexo oposto.

            ─ Estou aqui para te ensinar. E não tenha vergonha. Isso é natural de qualquer raça. A reprodução é necessária. Uma necessidade básica. Mas você saberá sobre sexo no tempo que você quiser.

            ─ Ainda bem que é paciente. Não um tarado que tenta tirar gosto toda hora. Eu perderia logo a paciência e com certeza dava muito na tua cara. Não suporto pessoa que não sabe respeitar o espaço alheio. Obrigada por sua compreensão.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora