33 • Clandestino

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𝕴𝖘𝖆𝖇𝖊𝖑𝖑𝖞 𝖁𝖊𝖎𝖌𝖆

          𝕰star assim com Viktor Bartholy era algo tão improvável. Até agora não acredito que o estou abraçando ao invés de estar lhe metendo a porrada.

          ─ A lua está cheia ─ falei. ─ Os lobos estão a solta.

          ─ Seus irmãos devem estar descontrolados. Foram até a floresta se isolar?

          O encarei.

          Estávamos no Hotel Bartholy. Na varanda. Eu sentada em seu colo, encolhida, na poltrona. E pensar que nesse mesmo quarto a gente quase se matou.

          ─ Meus irmãos não são lobos comuns. Eles controlam tanto a parte humanoide quanto a animal. Podem tomar ambas as formas da forma que quiserem e não perdem a consciência. Eles tem telepatia entre eles.

          ─ Impressionante. Nero não brincou quando disse que eram uma espécie evoluída.

          Ele estava até que sereno. Sua aura um pouco menos perturbadora.

          ─ Não gostei do que disse de você. Que a quer casada com um Munrou. E que dará um baile em seu nome. Quero que recuse tudo isso.

          Sua voz soou autoritária.

          Sentei mais de frente para vê-lo. Sorri estranhando.

          ─ Não farei essa desfeita. Eu já assumi um compromisso com você e deixei claro ao rei que não vou entregar minha mão a nenhum Munrou.

          Baixei as pernas e sentei direito em seu colo.

          ─ Não quero você envolvida com eles.

          ─ Ai... Viktor... Não se preocupe. Eu tenho tudo sob controle. Além disso estou trabalhando para ele para achar um antídoto que imunize os vampiros do M-98.

          ─ Eu poderia fazer isso. Posso compartilhar meu poder com os demais e fazer com que o vírus se adapte no organismo de cada vampiro. Mas não vou ajudar o rei. Farei isso apenas com a minha família.

          ─ Eu também não te deixaria fazer isso. Pode ser perigoso demais ter o M-98 nos vampiros. O antídoto é mais seguro. Não quero o vírus que eu criei no organismo de vários assassinos em série.

          Ele respirou fundo. Calmo.

          ─ Confio em você. Sei que fará o certo. A julguei ser minha mulher ideal então vou até o final com a minha decisão.

          Sorri alegre.

          ─ Você é tão fofo quando está apaixonado.

          Dei um leve selinho em seus lábios.

          Ele me olhou interrogativo.

          ─ Não estou apaixonado.

          ─ “Dá-me o teu desprezo, os teus espinhos e o teu veneno. E com isso nunca terá o que há de melhor em mim: a minha melhor versão. Pois eu estava disposto a mostrá-la a você. Somente a ti. Mas provaste que não merece o melhor de mim e sim o meu rejeito. Ó, dama minha, que atormenta minha mente. Sinto-me incapaz sem você. E gosto de tê-la eternamente.”

          Recitei o seu poema, de quando se declarou para mim. Dramaticamente.

          Ele me olhava enrugando a linha entre as sobrancelhas.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora