28 • Início de algo proibido

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𝖁𝖎𝖐𝖙𝖔𝖗 𝕭𝖆𝖗𝖙𝖍𝖔𝖑𝖞

          𝕯eitei ao seu lado na cama. Me sentia cansado por ter dado meu sangue a ela e por ter sugado o veneno. Já anoitecia. E não sairia do seu lado até ter a certeza de que estaria bem.

𝕴𝖘𝖆𝖇𝖊𝖑𝖑𝖞 𝖁𝖊𝖎𝖌𝖆

          Sentia meu corpo pesado. Como se tivesse anestesiado. Abro os olhos lentamente. Ouvi um pesado trovão numa tempestade furiosa. Já era outro dia? Sinto-me desconfortável. E percebo que não visto roupa. Olhei para mim e vi um lençol me cobrindo apenas. E...

          E um braço bem forte sobre a minha barriga. Franzi o cenho e olhei para o lado. Uma cabeleira ébano estava espalhada pela cama e em cima de mim também.

          Mas que engreído folgado!

          O empurro da cama com minha perna e meu braço até que seu corpo caia no chão. Que asco dividir a cama com esse depravado. Espera...

          Toco meu íntimo e me vejo. Ele não ousou me tocar não, né?

          ─ Por que me empurrou?

          Ele levanta sonolento e todo desbaratado. Descabelado. Nunca pensei vê-lo tão... insípido... como ele gosta de me chamar. Com roupas informais, mas mesmo assim, lhe deixando bem másculo e viril.

          ─ Tirou a minha roupa?

          Ele passou a mão nos cabelos e os levou para trás, para que caíssem logo em seguida como cascatas. Sério como sempre, óbvio.

          ─ Tive de fazê-lo. Foi picada por uma mamba-negra e teve efeitos colaterais. Sabe como funciona para curar picada de cobra, não sabe? Pois você é médica.

          ─ Geralmente usamos um antídoto. Ou o veneno de outra cobra. Não tiramos as roupas dos pacientes.

          ─ Você tinha que ficar à vontade. Estava com febre e as suas roupas eram apertadas. Não se preocupe, não toquei em você.

          Joguei minha cabeça no travesseiro derrotada.

          ─ O que aqueles caçadores queriam?

          ─ Ainda não sei. Não li a mente deles, apenas me limitei a matá-los.

          ─ Argh, que tipo de vampiro telepata é você? Poderia ter descoberto mais da metade.

          Fala sério! Que idiota.

          ─ Não vim a essa região para lutar e sim ficar em paz.

          Ele falou, fazendo menção de sentar na cama.

          ─ Ah, nah, nah, nah, nah! Não sente no mesmo lugar que eu. Saia. Saia.

          Ele apoia apenas um joelho. Desviei os olhos para seu pulso descoberto e vi dois furos ali. Encarei seu rosto inexpressivo, atenta.

          ─ Me deu seu sangue?

          ─ Era a única forma de você se recuperar.

          ─ Como pôde me dar esse seu... asqueroso... sangue, seu nojento? ─ Indaguei rancorosa. ─ Eu não quero nada que venha de você, Viktor Bartholy. Você é imundo. É malvado. Um príncipe malvado. O vilão do conto de fadas. Você é sujo e tudo o que provém de ti também. Preferiria mil vezes ter ficado na floresta e perdido para aquela caçadora do que ser salva por você!

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora