85 • Agir com cautela

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Isabelly Veiga

         Voltaria para casa, ver eles primeiro, depois iria para a mansão Bartholy.

         Pousei a mão no meu ventre, sentindo meu bebê.

         ─ Eu vou te proteger. Confie em mim.

          Peguei a mala e fui até a sala do trono. Lá estavam Nero, Aaravos e Atreu.

          ─ Aaravos, de volta para minha casa. Agora. Você me trouxe, você me leva.

          ─ Isa, não é perigosa a sua ideia? ─ Atreu perguntou.

          ─ Perigoso é Fernando. O futuro rei. Antes que assuma, devo enfrentá-lo.

          ─ A coroação está para daqui a três semanas, Isabelly.

          ─ Aaravos, segure. Adie mais. Preciso de tempo.

          ─ Isso não pode esperar. Já foi determinado. O quanto antes devo avisar Fernando que ele é o seguinte rei.

          ─ Espere! ─ exclamei. ─ Deixa eu resolver isso, é a única coisa que peço. Deixe Nero resolver as pendências que tem no trono também. Não precisamos nos precipitar.

          ─ Os boatos de que Nero será substituído já está correndo. Os vampiros esperam uma resposta. E deve ser resolvido antes que descubram que na ausência de Nero fui eu quem tomei de conta. Os vampiros não vão gostar ─ Atreu disse.

         Resignei-me.

         ─ Tudo bem. Então me deem essas três semanas e não interfiram. Isso é entre vampiros. Nero ainda é o rei. E eu tenho o respaldo dele.

         Aaravos por fim concordou.

         ─ Só tome cuidado com você. Está grávida. Preserve seu filho.

         ─ Obrigada, Nero. Eles não vão me matar, pois carrego um Bartholy no ventre e Isabella não.

         Olhei Albert decepcionada. Ele desviou os olhos. Devia se sentir envergonhado.

          ─ Traga ela viva e bem. Pois se casará com Albert. Essa será a punição deles. Viverão ao lado de quem não foram destinados. E dia após dia, sentirão amargura, rancor e raiva. Pensando em todo mal que fizeram.

          ─ Nero...

          O rei olhou para Albert, sério. Ele entendeu e se conformou.

          ─ Se é assim que devo pagar por meu erro... eu cedo.

          ─ É o mínimo ─ falei. ─ Você abriu mão de conhecer a mulher da sua vida e de amar verdadeiramente, por uma vingança estúpida. Você merece esse martírio. E eu não sinto muito.

          Eu estava bastante ressentida.

          ─ Vamos, Isabelly. Vou te deixar em casa.

          Fui com Aaravos. Atravessamos o portal e logo eu estava em frente a minha casa. Ele se foi e me deixou ali.

          Olhei a fachada e não pude evitar chorar. A única lembrança que eu tinha daqui era a de Fernando tirando Viktor de mim.

          Vick abriu a porta e me viu. Veio correndo, abraçar-me.

          ─ Shhh. Não. Você já está em casa. Vai ficar tudo bem.

          Se afastou para me olhar. Enxugou meu rosto. Olhou minha barriga e pousou a mão nela.

         ─ Já está grandinho. Meu sobrinho ou sobrinha.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora