81 • O regicida

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Isabelly Veiga

          Reli o diário de Yuri. Seu dia a dia. A única página diferente era a última.

          ─ Nero, quero pedir ajuda de Aaravos. Chame-o.

          Ele fechou os olhos e se concentrou. Certamente usando telepatia.

           Depois de duas horas e eu tentando montar o quebra-cabeça que Yuri deixou, Aaravos chegou e se envolveu na investigação.

             ─ Para que precisa de mim, Nero? Teve uma recaída?

             ─ Não. Rei Aaravos, precisamos de um favor ─ ele disse.

              ─ Você disse, se não me engano, que tem um laboratório completo onde vive. Eu queria fazer uma análise desse sangue e usar seus bancos de dados. É possível? ─ perguntei.

              ─ Claro. Vamos.

             Atravessamos o portal. Assim que chegamos no complexo, um ar de natureza pura preencheu meus pulmões. Era um ar limpo, livre de poluição. E o lugar era esplêndido. Olhei tudo ao redor encantada.

              ─ Uau! Aaravos. Isso é um lugar futurista. Tipo Wakanda.

              O laboratório era de alta tecnologia. Robôs andavam e ajudavam os cientistas. Pelas janelas de vidro, o lugar era bem alto, e lá fora algo, tipo naves, voavam. Os prédios eram tão modernos e muito bem arquitetados. Melhor que Dubai. Eles exalavam riqueza. Vários hologramas, projeções, eram usados no lugar de computadores. E os computadores tinham o monitor de vidro. Assim como os telões. Vários elfos iam e vinha em jalecos brancos.

             ─ Estamos no meu castelo, no laboratório real. Usem à vontade.

             ─ Obrigada.

             Eu e Nero andamos lado a lado, acanhados.

             ─ Eu queria ser elfa agora ─ sussurrei.

             ─ Eu também ─ ele sussurrou.

             Sorrimos.

             Um elfo ficou de nos orientar a mexer nos equipamentos. Retirei a página com sangue e o coloquei numa máquina que passou um lazer azul pela folha. Vi os dados aparecer no monitor.

            ─ O lazer nanocroscópio irá fazer uma leitura de tudo que contém na página. A origem do sangue e da letra. Vamos ver com o que vai bater no banco de dados ─ o elfo disse.

           ─ Rei Nero, venha comigo um segundo. Necessito lhe passar uma informação ─ Aaravos chamou.

            Nero foi e o elfo se entreteve com o colega que lhe mostrou algo.

             Fiquei sentada aguardando o resultado, vendo o processo. Cada canto da folha foi analisado, de forma rápida e eficaz. Cada letra foi comparada com outras para ver de quem era. Até que a forma de como foi escrita caiu numa letra em comum. As curvas das palavras. De fato era de Yuri. Apareceu sua foto e seu nome no monitor. Depois começou a analisar o sangue. Já era bem seco. Tinha séculos ali. Mas a maquina analisava como se fosse fresco. Vi os glóbulos vermelhos e as células. E eram duas diferentes. Uma em mais quantidade que a outra. Me aproximei mais do monitor apreensiva. E quando deu o resultado, eu travei. O que o sangue dele fazia ali?! Por Deus! Só pode ser brincadeira!

             Fiquei nervosa, mas disfarcei. Olhei ao redor e vi que ninguém olhava. Peguei um pen-drive que estava ao lado e copiei esses dados. Duas fotos apareceram. Um sangue compatível foi de Yuri. E o outro...

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora