83 • Armagedon

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Viktor Bartholy

           Levaram-me para a empresa com eles. Os que diziam ser meu tataravô e meu bisavô. Andras e Filipi. Entramos no enorme edifício. Eu trabalhava aqui? Subimos para a presidência.

           ─ Já fazem três meses. Está muito quieto.

           Andras disse, sentando-se na cadeira presidencial.

           ─ O que quer dizer com isso? Por acaso era para haver algum conflito? ─ perguntei.

            ─ Não, filho. Não se preocupe. É que nunca tínhamos ficado em paz por muito tempo ─ respondeu de volta.

            ─ Pai, eu ouvi um boato. Que me deixa preocupado ─ Filipi confessa.

            ─ Que seria...?

            ─ Ao que parece, o rei será substituído. E os vampiros clamam por ser uma das famílias mais antigas, os Kartharyon, assumirem. Do oriente médio. Egito.

            ─ De certo. São bem antigos mesmo, com os costumes dos faraós. Mas creio que seriam maquiavélicos no trono. Não concordo que sejam eles ─ Andras admitiu.

           ─ Já se sentem os reis. Não me sinto confortável com isso.

            Era visível o desgosto de Filipi. Por outro lado Andras não se importou muito.

            ─ Temos um rei? ─ perguntei.

            ─ Sim, Viktor. Temos. Mas não seguimos muito suas regras. Os Bartholys não seguem regras de outrem. Fazemos as nossas ─ Filipi disse. ─ Também soube de algo mais, pai?

             ─ Quê?

            Andras mexia no computador, sem se entrosar muito na conversa.

            ─ Que uma certa médica psiquiatra cuidou de Nero nesses três meses. Ela esteve na Romênia esse tempo todo.

            Andras ergue o olhar. Seus olhos de um lado castanho e o outro azul.

            ─ E então?

            ─ Por isso não veio. Deu mais importância a Nero do que... Sabe quem, pai. Afinal, quais eram os propósitos daquela mulher?

             ─ Perdão. De quem falam? ─ perguntei confuso.

             ─ Ninguém em especial, filho. Uma inimiga que logo eliminaremos ─ disse Filipi. Sombrio. Senti sua energia pesada.

            ─ Viktor, você é bom com os números tanto quanto Julian. Revise a contabilidade. Sente-se ali no sofá.

            Andras me deu diversos fichários. Peguei ainda confuso.

           ─ Quem é Julian?

           ─ Nosso antigo funcionário. Ninguém importante. Vá ─ Andras concluiu.

           Sentei no sofá e comecei a rever aqueles números. Percebi que eu tinha facilidade com eles. Acredito que eu seja bom em matemática.

            Um relatório em específico me chamou a atenção. Pois dentre diversos acordos que a B. Apollo Enterprise fez, esse foi o que deu mais lucro. De 28%. A companhia tinha nome de Violet Company. A CEO se chamava Ashley Veiga. Mas a assinatura dos acordos estava no nome de Isabelly Veiga.

           Isabelly?

           Por que esse nome me soou familiar?

            Revi e vi que não houve mais acordos. Cancelaram?

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora