𝕴𝖘𝖆𝖇𝖊𝖑𝖑𝖞 𝖁𝖊𝖎𝖌𝖆
𝕬 festa estava divertida, os convidados entretidos, muita bebida, dança, diversão, brincadeira, mas eu não me sentia confortável portanto. Estava numa mesa afastada, vendo ao longe todos aqueles originais. Zhenya estava radiante, feliz. Pelo menos algo bom veio disso. Nada vai curar a ferida que sua filha deixou, mas aos poucos ela se reerguia. Não era fácil, acredito. Porém Zhenya era forte. Se tomou essa decisão foi porque sabia que seria sua última esperança. Esperança de ser feliz.
Tirei os sapatos por uns segundos e passei um pé por cima do outro massageando. Já era nove horas da noite.
Viktor estava conversando com um grupo de homens de auras imponentes, mas olhou na minha direção, sério como sempre, e se aproximou. Pousou a taça na mesa e continuou em pé.
─ Por que está tão retirada? Não faz o seu feitio ficar despercebida.
Suspirei.
─ A aura dos seus bisavós, tataravós e seu avô estão me deixando terrivelmente melancólica. São opressoras e pesadas. Estão sobrecarregando o ambiente.
─ Eu sei. Os cinco juntos têm o poder de vinte originais. Mas só meu avô já vale por um exército de cem homens. Os que estão aqui nem são percebidos, pois as auras deles ofuscam as demais.
─ A sua também. ─ Olhei ele. Vi que Isabella vinha. ─ Parece que vai ter companhia, Viktor.
Pigarreei e olhei para o lado quando ela chegou e pegou o braço dele.
─ Baila comigo, lorde? Adoraria valsar.
Olhei para ver sua reação. Ele olhava a mulher sem expressão alguma. Frio como gelo.
─ Agora é a valsa dos padrinhos. Sinto muito, Isabella, mas vou valsar com Isabelly. Vamos, madrinha ─ ele me estendeu a mão.
Olhei surpresa.
Valsar com ele na frente de todos? E se eu não soubesse disfarçar?
Coloquei os sapatos. Receosa peguei sua mão e fui com ele até os outros padrinhos. Keila e Ashley estavam estranhamente conversando pacificamente com Hector e Thomas.
─ Hora da valsa dos padrinhos ─ Viktor avisou.
─ Sobrinho, na verdade ─ Hector parecia insatisfeito ─, vamos deixar isso com você, que é excelente valsando. Prefiro não perder minha pose de durão e ter que me submeter a essa coisa ridícula de ser um cavalheiro de armadura dourada.
─ Eu concordo com meu irmão. Não sinto vontade de dançar com a Keila, ainda mais na frente de todos ─ Thomas diz.
─ Tios, não foi esse o combinado. Não podem deixar nas minhas costas. Sejam responsáveis.
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Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro I
Fiksi PenggemarEla só queria viver com aquela dor que a perseguia. Viver em paz com seus irmãos, sua única família. Ele queria continuar sendo cruel, carrasco e malvado. Sem se importar com o que pensariam os demais. Viveria do jeito que o ensinaram. Como nasceu p...