34 • O dito baile

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𝕴𝖘𝖆𝖇𝖊𝖑𝖑𝖞 𝖁𝖊𝖎𝖌𝖆

          𝕿rês semanas se passaram e o tão falado baile chegou. Nos hospedamos no mesmo hotel da vez passada e já estávamos quase prontos. Começaria às 22h. Faltava quarenta minutos.

          ─ Isa, me ajuda aqui com essa gravata.

          Dave pediu.

          Era uma gravata normal, não borboleta. Mas seu terno era preto e ela também. Só a camisa que era branca.

          ─ Ay, ¿por qué luces cómo un pingüino?

          Ele riu do chiste.

          Terminei de ajeitar sua gravata e fui ao espelho me conferir.

          Eu usava um vestido dourado e brilhoso, com uma fenda lateral e de gola cacharréu. Alisei meus cabelos com a chapinha e fiz um penteado rabo-de-cavalo bem baixo e bem puxado na raiz, dividido ao meio. Coloquei um brinco de diamante longo. E nos pés a gladiadora que Ashley me deu.

          ─ Ya, vamonos.

          Ashley nos apurou.

          Entramos no carro alugado para caber nós sete. Um Wagoneer.

          Keila e Zhenya vieram conosco, mas achei prudente que não fossem por causa dos Bartholys. Elas saíram para conhecer a Romênia e não tinha certeza absoluta se não apareceriam no baile.

          Sentia Karen estranha. Um pouco distante. Luis dirigia e Dave foi ao seu lado. Nos bancos da frente iam Denny e Jacob. E nos detrás eu, Karen e Ashley.

          ─ Karen, tudo bem? Você parece preocupada com algo. Tenho te sentido tão distante esses dias ─ perguntei.

          Ela deu um sorriso forçado.

          ─ Não, estou bem. É só que... ando pensativa. Sabe... De tudo o que aconteceu com Victoria.

          Seguro sua mão.

          ─ Entendo. Também foi um baque para mim e ainda não me acostumei com a ausência dela. Mas o que podemos fazer? ─ Eu soaria hipócrita. ─ Não podemos nos envolver com os Bartholys. Eles são nossos inimigos. Devemos manter distância daqueles degenerados. Que esteja avisado.

          Tentei parecer autoritária. E eu odiava essa minha hipocrisia. Mas era melhor só eu me envolver com Viktor, não queria que minhas irmãs sofressem por mim. Então era viável que ficassem longe deles.

          Adentramos pelo enorme portão de ferro e atravessamos a longa passagem até chegar na entrada do castelo. Vários carros luxuosos faziam fila e vários manobristas os tomavam.

          Chegamos em frente a escadaria principal e todos os que estavam ali se viraram para nos ver chegar. Fui a última a descer, guiada por Luis que me ajudou pegando na ponta dos meus dedos. E me senti radiante quando pisei o pé direito com meu brilhante salto. A fenda era até a virilha. E a parte superior do vestido era colada. Minha perna esquerda ficava totalmente a mostra.

          Primeiro fomos nós três, as meninas, e logo atrás meus irmãos.

          ─ Turma, que comece a festa ─ Jake disse animado.

          Subimos as três, eu mais a frente e elas aos meus lados.

          Escutei vários sussurros.

“Ela faz jus a essa festa.”

“Essa mulher é linda.”

“Uma das vampiras mais belas e com uma aura sedutora que já vi. Isabelly é digna de um dos soberanos.”

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora