13 • No mesmo lugar

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𝖁𝔦𝔨𝔱𝔬𝔯 𝕭𝔞𝔯𝔱𝔥𝔬𝔩𝔶

          𝕰la me olhava como se me fuzilasse. Mas não lhe dava atenção e escutava atentamente a conversa que tínhamos com seu irmão.

          Estávamos na sala de estar, eu sentado na poltrona de pernas cruzadas e olhando Luis. Era um bom negociador. Firme em suas decisões.

          ─ Houve um equívoco no momento da pesagem. Enviamos cem quilos a mais de soja e um cavalo puro sangue. O animal estava regulamentado na hora da barragem, mas a soja teve que ser devolvida. Escolhemos levar a mercadoria de volta à nossa fazenda e rever para não haver mais equívocos ─ tio Hector explicou.

          ─ Sim. Liguei para o responsável. Quem era? ─ ele estalou os dedos tentando lembrar. ─ Não lembro o nome agora, mas ele me disse que rápido seria resolvido. Porém eu precisava da mercadoria semana passada. Prometi aos pequenos fazendeiros uma sociedade no plantio da soja. E está em atraso. O cavalo, preciso para reprodução com a égua puro sangue que tenho.

          ─ Compreendo o transtorno e peço perdão. Viemos aqui pessoalmente para resolver de uma vez. E como forma de desculpa formal, lhe enviarei trezentos quilos a mais de soja e um casal puro sangue. Semana que vem já estará com as mercadorias em mãos.

          ─ Eu agradeço. Espero não ter mais transtornos assim. É a primeira vez que uma negociação não dá certo.

          ─ E como poderia dar? Se eles são um bando de amadores.

          Ela falou sentada da outra poltrona. Enrolava um cacho no dedo e nos olhava com desdém.

          ─ Senhorita, acredite que somos veteranos no ramo dos negócios. Mas como tem você na encruzilhada é claro que daria errado. Concorda? ─ falei, em tom tranquilo.

          Ela riu com escárnio.

          ─ Ay, Dios. Até parece. Não jogue a culpa da sua falha em mim. ─ Olhou para o irmão. ─ Luis, nunca mais faça negócios com esses senhores. Esta é a primeira e última vez. Entendeu?

          Nos olhou mortalmente uma última vez e saiu violenta.

          ─ Perdoem ela, Isabelly é assim com estranhos. ─ Levantou. ─ Bom, convido vocês a ficarem em estadia aqui. Se quiserem podem conhecer nossa fazenda. Ficarão quantos dias mais?

          ─ Iremos amanhã ─ Julian respondeu.

          ─ Perfeito. Mandarei as empregadas arrumarem os quartos de hóspedes. Sintam-se à vontade, mas agora deem-me licença que preciso resolver uns assuntos. Permiso.

          Ele apenas se retirou nos deixando na sua sala, sozinhos.

          ─ Ele... É impressão minha ou ele não se preocupou pelo fato de sermos vampiros e confiou em nós? ─ Derian indagou curioso.

          ─ É o primeiro lobo que não saca as garras para nós ─ tio Hector percebeu.

          ─ Ele é acostumado a vampiros pelo o que pude notar. A irmã dele é vampira e há relação consanguínea ─ observei. ─ Foram humano e foram transformados separadamente? ─ deduzi. ─ Porque não há como serem originais.

          ─ Não sei dizer. Não pude ler a mente dele nem muito menos a dela ─ disse Hector. ─ Também não senti o cheiro de outro original nela. E o cheiro dele é tão suave que não parece ser lobisomem. Tem alguma coisa errada com eles.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora