91 • Insuperável

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Viktor Bartholy

        QUÊ?!

         Dei passos para trás, desacreditado. Olhei de Isabelly a ele. Fernando estava surpreso. Finalmente com uma expressão no rosto. Surpresa.

        ─ Do que está falando?

        ─ Isso mesmo. Você é o novo rei. Devo me ajoelhar?

         Ironizou. Ela estava fria. Indomável. Numa postura inabalável. A sequência de eventos a deixou vazia. Fui até ela e por trás segurei sua mão. Apertei fortemente. Ela me olhou e viu que eu a encarava. Transmitindo minha confiança. Como se eu dissesse que eu estava aqui por ela. Como sempre prometi.

        ─ Castiel me devolveu as lembranças. Eu sei de tudo agora. Não se preocupe com mais nada. Deixa que eu resolvo.

        Toquei sua barriga. Sorri quando senti.

         ─ É menina. Minha primeira filha. A filha que pensamos que não podíamos ter. E a teremos. E ela virá para receber nosso amor.

        Ela chorou. Estava muito sensível.

         ─ Filho... Vamos deixar Castiel em um caixão de vidro. Não vamos cremá-lo ou enterrá-lo ─ meu pai dizia, chorando. ─ Vamos fazer um sepulcro nos fundos da mansão. Somos vampiros. Tudo é possível...

         ─ Pai. Ele está morto.

         Tirei suas esperanças.

         ─ E enquanto a você, Fernando, conviva com isso. Por respeito à minha noiva que permitiu que você vivesse, te darei essa... nova chance. Vá e assuma seu trono. Pegue tudo o que é seu e suma das nossas vidas! Viva sozinho. Não conte mais conosco.

        Ele me olhava impassível.

        ─ Eu não... revidaria caso tentasse me matar. ─ Olhou Castiel. Engoliu em seco. ─ Reconheço que perdi. A minha derrota foi majestosa. ─ Olhou-me profundamente. ─ Eu sei que não vai, mas te peço perdão. Meu neto.

        Se teletransportou e sumiu. Espero que suma para sempre. E chorar já estava virando meu hábito. Não pude evitar.

        ─ Eu não vou te perdoar... nunca, Fernando!

        Falei com ódio.

        Isabelly abraçou minha cintura. Acariciei seus cabelos.

        Virei-me para olhar ao redor. O jardim estava destruído. Alguns cadáveres Beaumont. Primeiro usei o poder da alquimia para reconstruir o jardim. Depois a nanopartícula para reduzir os cadáveres Beaumont. Tudo estava em ordem. Sem sinal de batalha. Seria perfeito se à frente não estivesse estirado ali o corpo de meu primo. Mas não foi assim...

•.°✦✦✦°.•

Uma semana mais tarde

        ─ Ai, Vik... Calma.

        Isabelly sorriu quando cheguei de surpresa, a abraçando por trás.

        ─ Me assustou.

        ─ Está tão sensível. Desculpe. Não devia ter feito isso.

        ─ No, cariño. Eu gosto. Só não a parte do susto.

        Segurei seu rosto e a beijei. Amavelmente.

         ─ Te amo.

         Falei entre um sussurro.

         ─ Y yo a ti.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora