Ela só queria viver com aquela dor que a perseguia. Viver em paz com seus irmãos, sua única família.
Ele queria continuar sendo cruel, carrasco e malvado. Sem se importar com o que pensariam os demais. Viveria do jeito que o ensinaram. Como nasceu p...
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𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥𝐥𝐲 𝐕𝐞𝐢𝐠𝐚
𝕷evava Veronica no carrinho para dar uma volta no jardim.
Abri a mensagem que Luis havia mandado: “Encontre-as, por favor.”
Ele se preocupava, apesar de tudo. E no fundo eu ficava feliz em saber que podíamos recuperar nosso vínculo. Assim que minhas irmãs retornassem, elas voltavam para casa conosco. E não nos separaríamos nunca mais. A falta que elas me faziam era gigante. O buraco no meu peito continuava aberto. Mas hoje entendo melhor a decisão que tomaram. Elas foram corajosas ao correrem atrás de quem ama. Já eu... Eu sou covarde por não assumir o homem que estava disposto a passar por cima das regras mortais do avô cruel. O príncipe malvado que me tomaria como sua princesa desalmada. Éramos o par perfeito. Literalmente.
Sorrio ao lembrar disso. Era incrível a nossa teimosia. Ele por um lado era tão sério, perverso, malvado, mau. Eu era obstinada, atrevida, impulsiva. Nós dois nos complementávamos. A necessidade de estarmos juntos e a vontade de nos tocarmos quando estávamos perto era inexplicável. Talvez a paixão entre nós seja como um fogo ardente e flamejante cheio de desejo por nos incendiar. Era abalável. Me deixava fora de mim. E eu gostava de todas essas sensações.
Me agacho na frente de Veronica quando ouço seu choro.
─ Oh, amor. Está com fome?
Peguei ela no colo. Tirei a mamadeira térmica e dei o sangue fresco para ela. Seus olhos mudaram para vermelhos.
Não sei por quanto tempo Karen deu mama. Mas bebês vampiros não precisavam de tanto leite materno para obter os nutrientes. Se tomassem de uma semana até um mês, já era o suficiente para substituir para o sangue. E o desenvolvimento infantil seria mais acelerado. Veronica era esperta demais. Um bebê acima da capacidade normal. Inteligente.
Quando terminou de tomar, a coloquei de volta no carrinho. Stela vinha para buscá-la.
─ Cuide dela.
─ Sim, senhora. E, senhora?
Já ia andando para ir, mas me virei.
─ Pois não?
─ E se o tio quiser ficar com ela, eu deixo como da outra vez? Quero dizer, o seu esposo.
Olhei surpresa.
─ Sim. Deixe que Viktor fique com ela o tempo que ele quiser.
Saí andando com um sorriso de lado. Regozijei ao ouvir que ele era meu marido.
Voltei para o castelo, à sala de reuniões. Viktor estava lá, junto de Albert e Nero.
