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O mundo conhecia poucas palavras que significavam poder, e o dinheiro era uma dessas

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O mundo conhecia poucas palavras que significavam poder, e o dinheiro era uma dessas. Nem sempre conhecimento bastava para dar ordens a alguém, mas com poder aquisitivo tudo se tornava fácil. Era assim que pessoas selecionadas viviam suas vidas, raramente pensando em quem os servia. Uma das grandes razões para Persephone Stroll não sentir pena de ninguém.

— O que eu disse ontem era um fato.

A loira acordou com a ideia de esquiar. Os riscos de ser sua última aventura eram grandes. Uma queda, e estaria viajando para casa, embalada e congelada. Raramente os pedidos agradavam a família, mas ninguém conseguiria fazer com que mudasse de ideia. Casou-se sabendo que provavelmente teria poucos anos com Charles.

— Tudo bem.

Atena não gostava de esquiar. Detestava a altura e a possibilidade de ir muito longe. Ela negou muitas vezes durante o café da manhã, porém não foi ouvida devidamente, e ao declarar que não sabia esquiar, todos encararam como algo pessoal, porque um Stroll de verdade encarava a pior das nevascas de cabeça erguida.

— Meu irmão é incontrolável, apesar de ser fácil manipular sua mente. Você pega um pouco de sentimento, palavras doces e jura ficar com ele pra sempre, então terá Lance bem aqui. – estendeu a mão e apontou para o centro – É um vicio sem fim. Quando não termina como ele quer, chamamos os advogados, porque ele vai procurar confusão de alguma maneira.

— Não sabia.

Percy jogou uma mecha do cabelo loiro para longe do rosto. Seus olhos concentraram-se nos de Atena com muitas duvidas.

— Qual o seu grande sonho?

— Acho que agora é não morrer. – olhou para baixo com medo.

— E depois de sobreviver a isso?

— Provavelmente entrar para a universidade.

— Em Montreal?

— Toronto.

— Resposta interessante.

— Quero fazer física.

— Já pensou em engenharia mecânica?

— Não, gosto de física.

Assentiu, voltando a encarar a paisagem de pura neve.

— Tomara que você não morra essa manhã, seria infeliz. Já quase morri no frio uma vez, e é desagradável como seu corpo aceita com mais facilidade.

Percy colocou as luvas, prendendo-as bem no pulso e verificou se o snowboard estava corretamente postos.

— Vou me lembrar disso, obrigada.

Atena estaria segura enquanto mantivesse os pés firmes no alto da montanha, próxima dos seguranças e da loja que vendia suprimentos e lembrancinhas. As crianças divertiam-se esquiando, apesar da altura. Ela não prometeu arriscar, apenas vestir uma roupa quente e escolher um dos dois equipamentos disponíveis na loja de grife no meio do nada, outro ponto que não fazia sentido.

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