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Hoje ele queria usar o jet-ski. Sem discussão. Sem drama. Uma volta e pronto. Talvez três voltas longas.
— Eu tive um sonho. – Atena disse assim que o viu.
Ele queria muito desfrutar do café da manhã do lado de fora, mas acordou tarde e havia muita claridade. Então foi obrigado a comer na sala de jantar moderna que o iate possuía. Nunca pensou que veria o Sol como um inimigo, porém hoje era um daqueles dias. O ambiente não era ruim, o arquiteto fez um bom trabalho, no entanto ninguém gostava de ficar aprisionado quando se estava em iates.
— O que você sonhou?
— Que tínhamos três Antonella!
— Junto com essa?
— Uhum, eram quatro no total.
— Não sei se minha ex ficaria feliz com mais três cães roubados juridicamente, mas posso dar uma olhada.
Seria divertido mandar algumas cartas para Sara. As semanas de sofrimento que Lance tivera que enfrentar era uma memória distante. Ele sempre sofria por tudo, fosse problemas de estômago ou namoradas.
— Não fale assim. Ela deve sentir saudades. – coçou o pescoço de Nella, vendo-a colocar a língua pra fora.
— Da Sara ou dos cães imaginários?
— Sara.
— Duvido. – riu – Se ela estiver com saudades, pode passar uns dias com a Persephone em Montreal. – olhou para Antonella, vendo-a desviar o olhar para se aproximar mais de Atena – Será que a Percy a trancou em algum armário escuro? Ou é apenas sua alma corrompida?
Ele e a irmã cresceram com algumas aversões, uma delas era animais domésticos. Era o suficiente ter um ao outro para infernizar. Quando parava para supor comprar um cão de porte grande para fazer parte da brincadeira violenta, tudo se resumia em mais sangue derramado.
— Ela não gosta de vocês. Falam coisas horríveis.
Um fato. Mas sempre foi assim. Lance era menos caótico que Persephone. Conseguia controlar a língua na maioria das vezes.
— Tem razão, Persephone é um xingamento cruel. Sinto muito, Antonella.
