Cap 7

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Sem regras

Foi difícil fazer Blake entender tudo que eu disse.
Eu tive que explicar cada detalhe para ele ontem. Blake é muito insistente, meu Deus.

— Vamos repassar tudo o que você me disse ontem. — Blake diz, enquanto brinca com o transferidor de choque. — Você vai lutar com um Eletric que você nem conhece direito só para tentar matar ele. Certo?

— Isso. — Concordo, enquanto me aqueço na nossa ala de treinamento.

— E se você perder, você vai ter que aceitar a ajuda dele. — Ele continua.

— Eu não vou perder, Blake. Relaxa.

— E se ele for bom de luta, Bea? E se ele tentar te matar? Você não pode se esquecer de que ele é um Eletric. — Ele completa: — E você os odeia.

— Blake... — Paro o aquecimento. — Você precisa confiar em mim.

— Eu confio, Bea. Eu não confio é nele. — Blake guarda o transferidor no bolso e me encara. — Eu não quero que você lute com ele.

— Você não pode me impedir, Blake. — Me levanto do colchonete. — Mas você pode me dar apoio e estar lá comigo. — Me aproximo dele e coloco minha mão em seu ombro. — Unidos...

Blake revira os olhos. Ele não gosta nem um pouco do que vou fazer, mas sabe que preciso dele.

— ...Até o fim. — Ele completa.

Beijo sua bochecha.

— Obrigada, Blake. — Volto a me aquecer, para depois treinar.

— Quer que eu traga algo para você comer? — Blake me pergunta.

— Não precisa se preocupar. 

E ele sai da ala de treinamento.

[...]

— Bea! Trouxe comida!

Finalmente paro de treinar. Fiquei a manhã toda treinando. Eu realmente estou morrendo de fome.

— Valeu, Blake. — Digo, e me sento no chão.

— Bea... Eu tenho uma surpresa para você. — Ele diz, também se sentando no chão.

— Uma surpresa? — Fico intrigada. — Me conta mais.

— Sabe aquele ringue de luta lá do centro? — Blake morde um pedaço do pão dele.

— Sei, sim.

— Eu arranjei um jeito de vermos uma luta de lá hoje mesmo. — Ele fala como se isso não fosse nada, enquanto coloca o saco de pão perto de mim.

Ai, meu Deus!

— Blake Morris do céu! Como conseguiu isso?

— Não importa, Bea. — Ele morde outro pedaço. — Você não queria tanto ir lá? Bom, nós vamos.

— Ah, Blake... — Me apoio nele, descansando a minha cabeça em seu ombro. — Você é a luz que ilumina a minha escuridão.

— Tudo por você, Bea.

[...]

Meu sonho sempre foi vir aqui.
Normalmente, apenas as classes maiores conseguem presenciar uma luta desse ringue. Não sei como Blake conseguiu, mas estou extremamente feliz com isso. Nada do que apreciar uma luta das boas enquanto a hora da minha não chega.

— Olha, Bea. A luta já começou. — Blake me avisa e eu me espremo entre as pessoas para conseguir ver algo.

Avisto dois homens, ambos altos e fortes. Eles se rodeiam, se preparando para o primeiro ataque. O loiro ataca primeiro, fazendo o moreno se esquivar.

O Sangue do Silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora