Cap 14

7 0 0
                                    

Fique aqui comigo.

Empurro a porta do meu quarto e a tranco logo depois de entrarmos.
Puxo Blake pela sua camisa e o beijo, segurando sua nuca.

— Eu estava precisando muito disso. — Susurro, puxando sua camisa para cima, a tirando.

Blake afasta sua boca da minha.

— Bea — Ele me encara. — Nós precisamos conversar.

— Podemos fazer isso depois. — Eu o beijo de novo.

E ele novamente se afasta. Por que ele está agindo assim?

— Combinamos de fazer isso quando as coisas estiverem difíceis. Então, tem algo acontecendo aqui, Bea? — Ele me olha, cheio de preocupação.

— Por que? Não posso querer transar com o meu único amigo sem ter um motivo? — Permaneço com as mãos em sua nuca, o encarando.

— Eu te conheço, Bea. — Ele fala, tentando procurar algum indício em meu olhar que comprove que estou escondendo algo dele. — E não é assim que funciona. Desde que nos conhecemos, só trasamos três vezes. E todas elas foram por conta de algum motivo.

— Eu senti sua falta, Blake. — Coloco uma mão em seu rosto. — E me senti mal pelo o que eu fiz com você antes de vir para cá. Pensei que você não me perdoaria mais.

— E eu pensei que nunca mais te veria de novo. — Ele põe sua mão emcima da minha que permanece em seu rosto. — Eu tive tanto medo.

— É por isso que devemos aproveitar. — Sussuro, com um sorriso malicioso nos lábios, tentando convencê-lo.

Ele fica em silêncio por um tempo, pensativo. Mas, para a minha felicidade, alguns segundos depois ele cede.

— Você está certa. — Ele me puxa pela cintura. — Eu realmente estou precisando transar com a minha amiga durona.

E ele me beija logo em seguida.
Para estreiar a minha cama nova, eu o empurro nela. Vamos ver como é transar nessa cama.

Subo emcima de Blake, ainda com meus lábios junto dos seus, e minhas mãos em sua nuca. Ele tira minha blusa e começa a deixar uma série de beijos por mim, começando pelo colo do meu peito até chegar em meu pescoço. Quando sua mão aperta minha coxa e ele permanece com a boca em meu pescoço, sinto uma energia forte e um arrepio em meu corpo todo.

— Bea... — Blake geme, e penso que é de prazer, mas logo depois ele estremece. — Ai! — Arregalo os olhos com o grito dele e tiro minhas mãos da sua nuca. Blake afasta sua boca do meu pescoço e sua mão da minha coxa. — Caralho! Que porra foi essa, Bea?

Olho para ele, confusa.
Mas logo entendo porque ele se afastou.

Quando olho para as minhas mãos, um brilho sai delas. Um poder.

O meu poder.

Saio de cima de Blake na mesma hora, escondendo as mãos nas costas. Mas é impossível esconder a expressão em meu rosto. Ah, meu Deus. Eu machuquei ele com o meu poder. Ah, meu Deus!

— Bea... o que foi isso?!

Olho em seus olhos, envergonhada. Ele está confuso tanto quanto eu.

— Nada. — Falo, rapidamente. — Nada.

— Bea... você me queimou!

O desespero me bate. Eu queimei ele.
Ah, merda.
E se ele não gritasse? E se eu não tivesse me afastado? E se fosse tarde demais? Eu podia ter matado ele.
Enquanto isso, repito em minha mente "ah, meu Deus!" o tempo todo, em choque.

O Sangue do Silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora