Ninguém rouba o que já é meu

496 20 2
                                    

Melissa:
— o que está acontecendo aqui? Ouvi a discussão dos dois lá da cozinha. Alice aparece do nada, interrogando nós dois. A sua cara não estava muito legal.

— não é nada, Alice. — né, Piquerez. Olho fundo e falo firme com o homem que estava sentando bem na minha frente de braços cruzados.

— é. Ele responde seco. — não se preocupe Ali, foi só um desentendimento entre eu e a chatice.

Olho feio, com os olhos semi cerrados para ele.

— você vai ver a chatice já já voando bem no meio dessa sua cara horrorosa, que eu vou ter que concorda com o scarpa, parece uma mula mesmo. Rebato, deixando o homem bem irritado.

Hahahahah eu me amo.

Alice fica por alguns segundos me olhando seria.

— bom, venham tomar um café, já está na mesa.

Em silêncio se levantamos dos sofás, e comigo andando na frente, a criatura ambulante me seguiu calado.

Logo que chegamos na sala de café, puta merda! Eu nunca tinha visto uma mesa de café tão cheia, igual aquela mesa.

— cacete! Tá estocando comida pro inverno, Alice?. Tiro sarro da morena, que de resposta lança uma careta.

— aqui em casa não existe miséria. Ela sorri largo e caminha até o seu lugar na mesa.

Logo que ela sentou, e eu o bobão sentamos também nas cadeiras ali que estava na nossa frente.

O café com a família Gomez nessa tarde foi muito bom. Rimos muito, presenciei fofuras da minha dupla do terror favorita. Lucca fez piadinhas bobas sobre eu e o tio idiota dele ali presente. Claro que logo a Alice repreendeu o caçula, que não apresentou arrependimento ao dizer aquelas coisas. E muito pelo contrário, o danadinho sorriu tão lindo e engraçado, que eu não me aguentei e sorri junto.

Depois do café, meia hora depois, aquele idiota do Joaquin foi embora na companhia do Gustavo, deixando em casa apenas eu, Alice e as crianças.

— vai, pode falando tudo.

A morena me olha seria, me deixando um pouco confusa.

— fala tudo o que?.

— Melzinha, não se faça de sonsa, coisa que voce nunca foi. Seus olhos semi cerrados me encaram. — eu sei que tem alguma coisa estranha acontecendo com você, e o Joaquin tem algum coisa haver com isso.

Ahhh! Eu e a minha mania de não conseguir esconder as coisas dos outros.

Fiquei muda por alguns segundos.

— Alice, já que você quer saber, aí vai... Eu não sei o que está acontecendo, mas ontem, quando fui na balada, vi o Joaquin beijando a Key, eu me senti estranha, sabe? Um estranho tipo vários sentimentos ruins, como raiva, nojo, ranço e mais uma porrada de coisa.

Sem eu entender bosta nenhuma, a morena começa a rir em comemoração.

— hahahahhaha finalmente!. Ela comemora. — eu vivi para ver a madrinha do meu caçula ter sentimentos por alguém! Aeeee!!. Ela palmas rápido.

— eu odeio ter sentimentos por aquele idiota, Alice. Desabafo com quem melhor sabe me escutar. — não é pra isso estar acontecendo, eu odeio aquele imbecil.

— odeia nada. Ela vai contra as minhas palavras. — Melissa, deixa esse sentimento fluir em você. — o Joaquin, apensar dele ter essa cara de marmanjo que não vale um centavo, ele é um cara incrível, carinhoso, e ainda por cima é um puta craque no futebol, coisa que você também é, minha linda flor.

Meu estresse preferido Onde histórias criam vida. Descubra agora