Minha família❤️

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Melissa:
Eu finalmente criei coragem de levantar da cama, depois da noite quente que eu e o Pique tivemos. O corpo ainda pesava, a mente parecia presa naquele torpor gostoso, mas o treino não ia esperar por mim. Me arrastei até o banheiro para um banho, deixando a água morna lavar cada pedacinho de mim. Senti o calor da noite passada ser substituído por um frescor revigorante, como se a água levasse embora qualquer preguiça que restava.

Saí do chuveiro e vesti o uniforme de treino do Palmeiras. Era a primeira vez que eu treinaria de novo com o time depois da minha passagem pelo Chelsea. O peso da responsabilidade estava ali, mas, de alguma forma, a ideia de voltar pro meu time do coração deixava tudo mais leve. Amarrei o cabelo em um rabo de cavalo, ajustei o agasalho e me olhei no espelho. "Tá na hora."

Com a fome já apertando, desci as escadas em silêncio e fui direto pra cozinha. A cena que encontrei ali me fez parar na porta, cruzar os braços e prender uma risada. Joaquim estava de costas para mim, só de cueca, concentrado na frigideira como se estivesse preparando o café da manhã mais importante do mundo. O cara consegue ser sexy até fritando ovo.

— Você quer me matar assim logo cedo, Pique? — perguntei, rindo baixo enquanto me encostava na porta.

Ele virou o rosto pra mim, aquele sorriso malandro brincando nos lábios. — Bom dia pra você também, amor. Gostando do meu uniforme?

— Uniforme? — perguntei, arqueando a sobrancelha. — Tá mais pra falta de uniforme, isso sim.

— Ué, pensei em adotar esse visual pro treino. — Ele deu de ombros, todo despreocupado.

Eu ri e peguei uma caneca de café, me apoiando na bancada. — Se você for assim, é capaz de distrair o time todo. Acha que dá conta?

— Me subestimando, Mel? — Ele piscou, se virando pra mim. — Eu posso ser muita coisa, mas tímido não é uma delas.

Dei um gole no café, tentando disfarçar o riso. — Ridículo.

Ele sorriu, claramente se divertindo com minhas reações, e voltou a cuidar do café da manhã. Enquanto isso, meu celular vibrou em cima da mesa. Peguei o aparelho e desbloqueei a tela. Era uma mensagem da minha mãe.

“Hola, princesa! Eu, sua irmã Melanie e seus abuelos paternos estamos chegando em São Paulo essa semana. Vamos matar a saudade e ver você jogar no Paulistão! ❤️ Nos vemos logo!”

Um sorriso instantâneo tomou conta do meu rosto. Minha família inteira vindo pra São Paulo. Fazia tanto tempo que eu não os via...

— Quem era? — Joaquim perguntou, sem nem se virar, enquanto mexia na frigideira.

— Minha mamá. — Respondi com um sorriso bobo. — Ela, minha irmã Melanie e meus abuelos vêm pra cá essa semana. Querem assistir meus jogos e passar um tempo comigo.

Joaquim se virou, apoiando o quadril na pia, aquele sorriso fácil no rosto. — Vou finalmente conhecer a famosa cunhadinha? A versão mini-terrorista da minha namorada?

Eu revirei os olhos, mas não consegui evitar o riso. — Cuidado com o que você deseja. A Melanie pode te fazer correr de volta pro Uruguai se ela quiser.

— Uau, uma versão menor e mais irritante de você? Acho que topei o desafio errado. — Ele deu uma piscadinha.

— Não é tarde pra fugir, hein. — brinquei, me aproximando dele. — Ainda dá tempo de evitar essa confusão toda.

— E perder a chance de conhecer a rainha sua vida e a sua irmã pirralha? — Ele segurou minha cintura e me puxou mais pra perto. — Nem pensar, princesa.

Meu estresse preferido Onde histórias criam vida. Descubra agora