Meu estresse preferido

A patroa está de volta😏

Melissa:
Assim que meus pés tocaram o solo brasileiro, uma mistura de alívio e euforia tomou conta de mim. O coração batia acelerado, e cada passo rumo ao desembarque parecia carregar meses de saudade acumulada. Assim que avistei Joaquim do outro lado do portão, larguei minhas malas sem pensar duas vezes. Mesmo de salto, saí correndo feito louca - pouco me importava quem estava olhando.

- Amor! - gritei, abrindo os braços.

Ele me pegou no ar como se eu fosse uma pluma, girando comigo em um abraço apertado que me fez esquecer o mundo. Eu ri alto, uma risada que saiu do fundo da alma, sentindo o cheiro inconfundível dele - um misto de perfume e lar.

- Caramba, Mel! Você quase me derruba! - ele riu, tentando recuperar o equilíbrio.

- A culpa é sua por ser tão gostoso de abraçar! - respondi, ainda com os braços ao redor dele. - Eu tava contando as horas pra te apertar assim.

Ele apertou meu rosto entre as mãos, me encarando com um sorriso de derreter qualquer resistência.

- Eu tava ficando maluco de saudade, sabia? - Joaquim sussurrou, a voz rouca e carregada de sentimento. - Cada dia sem você foi um inferno. Mas agora... não te solto nunca mais.

Sem pensar duas vezes, puxei-o para um beijo intenso, daqueles que fazem as pernas tremerem e o mundo desaparece. O aeroporto, a multidão, os anúncios ecoando - nada mais existia. Era só ele, eu e aquela saudade que finalmente se dissolvia em nossos lábios.

Quando nos afastamos, ele me segurou pela cintura e me olhou com aquele sorriso travesso que eu conhecia bem.

- E aí, dona espanhola? Preparada pra uma surpresa? - ele perguntou, com os olhos brilhando.

Eu arquei uma sobrancelha, desconfiada e curiosa.

- Surpresa? Isso tem cara de encrenca... O que você aprontou, hein?

Ele puxou minha mão, nos guiando para longe da confusão de gente.

- Hoje é o dia do primeiro jogo das meninas no Paulistão! Vamos direto pro Allianz, tá?

Eu ri, mordendo o lábio. Aquele jeito dele de combinar amor e futebol me deixava completamente encantada - e ao mesmo tempo pronta para aprontar.

- Ah é? - soltei, cruzando os braços e piscando provocativamente. - E você acha que vai me levar fácil assim? Sem eu causar nadinha daquele estádio?

Joaquim me olhou com um sorriso cauteloso, como se já soubesse onde aquilo ia parar.

- Mel... Eu conheço esse olhar. O que você tá tramando agora? Não me faz passar vergonha no estádio, hein!

- Vergonha? Quem falou de vergonha? Eu só quero ver se você tá pronto pra aguentar a espanhola mais arteira que existe, um pouco mais piorada, vindo diretamente renovada ainda mais de estresse de Londres. - Pisquei pra ele, e antes que pudesse reagir, dei um leve beliscão na cintura dele, fazendo-o pular e soltar uma gargalhada alta.

- Você é impossível! - ele riu, tentando recuperar o fôlego. - Se um dia eu viver em paz, é porque você me largou!

- E quem disse que paz é melhor que a minha bagunça? - retruquei, sorrindo com malícia.

Ele me puxou de volta para seus braços e me beijou na testa, um gesto que fez meu coração derreter.

- Nunca mais quero paz, Mel. Só quero você - mesmo com todas as encrencas.

Meu coração deu um salto.

- Ah, amor... você é a razão de tudo pra mim. - Apertei sua mão com força. - E juro que não vou mais ficar tanto tempo longe de você.