Meu estresse preferido

Essa é a verdade

Melissa:
Desesperada por um local onde eu pudesse desabafar a minha raiva em choro, decidi que iria para o lugar que com certeza eu teria privacidade o suficiente para chorar horrores.

Correndo no corredor principal daquele departamento com os olhos cheio de lágrimas, logo que cheguei ao meu destino, rapidamente me certifiquei se a porta do almoxarifado estava destrancada. E graças a Deus a tranca daquela porta estava livre para mim abrir.

Logo que abri, entrei rapidamente e seguida fechei a porta, sem na intenção em tranca-lá.

O almoxarifado, onde ambas as equipes, feminina e masculina de futebol do palmeiras, guarda os equipamentos dos jogadores, é o único lugar que eu posso xingar a mim mesma, sem ter ninguém para me interromper esse momento.

Como eu posso estar gostando daquele desgraçado?! Como?!. Escutar aquelas coisas daquela vadia magrela, só me fez ter mal estar, raiva e uma porrada de sentimentos horríveis. Aí! É muito estranho estar gostando de alguém novamente. E é mais estranho ainda gostar da pessoa que mais ti irrita nessa droga de CT.

Logo que entrei naquele lugar, corri para um canto que fosse perfeito para a minha pessoa ficar isolada de tudo e escondida o suficiente das pessoas que ousasse entrar naquela sala.

Quando finalmente encontrei o lugar ideal, só me restou sentar ali, encolher as minhas pernas e desabafar toda aquele sentimento horrível do meu peito.

A minha vontade era gritar bem alta para aliviar aquela coisa estranha no meu peito. Mas tinha algum que me impedia de fazer isso, e que só me permitia chorar em silêncio. Naquela altura do campeonato meus olhos já estavam bem vermelhos e inchados de tanto chorar, mas a minha pessoa estava pouco se importando por aquilo estar acontecendo. Dês que ninguém entrasse naquele almoxarifado, o meu olho poderia até ficar roxo.

- Melissa?.

Em meio aos prantos ali, escuto a voz calma de Alice e alguns cochichos juntos. Com certeza ela não estava sozinha.

- me deixa sozinha, Alice!. Peço, com a voz embargada.

Em passos silenciosos, e sem eu saber, Alice, e Luisa apareceram ao meu lado.

-o meu amor. Alice se ajoelha do meu lado e rapidamente ela me puxa para um abraço apertado.

Eu não queria falar nada naquele momento. A minha vontade era só chorar nos braços da pessoa que mais me entende nesse time.

Me afasto bem devagar dela.

- Ali, porque dói tanto?. Pergunto olhando para a morena que passava com carinho uma das suas mãos no meu rosto para secar as lágrimas que desciam sem parar.

- minha linda flor, dói por que você está apaixonada pelo Pique, amiga. Ela solta uma verdade que eu custo a acreditar.

Ela novamente limpa as lágrimas que caia no meu rosto.

- perai, alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?. Luisa pergunta confusa ao ouvir aquelas palavras da nossa capitã.

- simples, Luisa, a Mel está começando a se apaixonar pelo Joaquin. Alice responde por mim. - mas ela não quer admitir essa verdade, nem se ela ganhasse o tão sonhado mundial.

A ruiva arregala os olhos surpresa.

- bom, pelo menos agora ela sabe que eu passo por gostar daquele idiota todo tatuado camisa 8. A ruiva comenta aleatoriamente.

- aí Lu, é doloroso demais gostar de alguém que tem outra em seus braços.

- se você quiser, a gente pode colocar o plano da Lívia em prática. Riu leve por escutar a capitã.