partiu BH!

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Melissa:
Depois do hospital, voltamos para o CT como se nada tivesse acontecido. As meninas até perguntaram sobre o resultado, e tranquilamente a gente respondeu. Mas na questão dos meninos, tivemos que mentir, já que a curiosidade do Menino e do próprio Scarpa falou mais alto.

O treino da tarde foi tranquilo, treinei bastante, foquei bastante para melhorar ainda mais na posição que irei jogar amanhã a noite contra o São Paulo. Hoffmann decidiu me colocar como atacante nesse primeiro jogo, já que também é a uma das posições que eu jogo, quando não estou de lateral esquerdo.

— que treino foi esse, senhoras e senhores?!. Marina se manifesta com exagero, logo que entramos no vestiário para trocar de roupa.

— cara, esse treino foi espetacular, parabéns meninas!. Elogio o desempenho das minhas amigas, no campo.

Conversa continuou a rolar ali dentro. Algumas das meninas riam alto com certos assuntos, que sinceramente nem quero falar.

— meninas é normal sentir um pouco medo do que pode acontecer na libertadores?. Lívia pergunta aleatoriamente.

— quando a gente passar pelas meninas do boca juniors, esse medo vai passar rapidinho. Respondo a loira.

— eu já estava me esquecendo, quem são os outros dois time que estão no nosso grupo?. Karen, a mulher do Deyverson pergunta para aproveitar o embalo.

— bom, pelo o que eu me lembre, está nós, o boca juniors, river place e o deportivo pereira.

— ah! Nós estamos todas fudidas!. Exclamo Luisa.

— larga mão de falar merda, Luisa!. Alice dá um soco leve no braço da ruiva. — nós vamos conseguir passar por elas e pela terceira vez seguida vamos trazer o troféu da libertadores pra casa.

— é isso, capitã!. Aponto o dedo na direção dela. — vamos ser confiantes, que se for da vontade de Deus, vamos sair vitoriosas dessas etapas que nos aguarda.

— boa!. Todas ali batem palmas juntas.

As meninas terminaram de se arrumar, e logo que estávamos todas saindo do vestiário, damos de cara com o grupos dos malucos no corredor.

— nossa, já está indo, Barbie?. Zé já começa na provação, ao ver a sua amada ruiva tatuada.

— não, Zé. — eu estou voltando agora pro campo pra treinar mais um pouco. Ela responde o coitado do meu menino com um ignorância, que com certeza me assustou naquele momento.

— larga mão de ser mala, Bárbara!. Eu falo ja perdendo a paciência com a ruiva, que logo revirou os olhos. — amiga, você tem que parar com essas patadas no coitado do José Rafael. Defendo ele com unhas e dentes.

— deixa, Mel. Zé pede. — quero ver mais aonde as patadas dela pode chegar.

— engraçado, pense que dês que aquele dia que você foi lá em casa, e deixou bem claro na minha cara que nem queria saber mais nada de mim, achei que a questão da patada tivesse no meio também. Ela começa a discussão.

A peitada dos dois as vezes me da medo. Mas olhando pro outro lado, eu entendo a Luísa. A coitadinha está magoada, porque sentiu na pele o que é perde alguém que ama.

— na questão de eu não querer mais saber de você, é, você está certa, não quero mais mesmo saber da estressadinha tatuada aqui, que só sabe me maltratar em palavras. Ele fala sério.

Caralho! Zé Rafael poderia ser um ótimo ator. O homem sabe muito bem finge a falta de interesse.

— até porque, já tenho outra mulher na minha vida, que diferente de você, não me maltrata com palavras.

Meu estresse preferido Onde histórias criam vida. Descubra agora