Capítulo XL.

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Sasuke se sentou, ainda observando todos os olhares para si e quando abaixou a cabeça, conseguiu sentir todos os olhares indignados.


- Ei! Não vai trabalhar? Não é porque você é o queridinho do príncipe que pode fazer o que quiser. - Uma ômega de cabelos pretos diz com voz estridente, causando um grande falatório de outros serviçais e empregados concordando com a mesma.


O moreno levantou a cabeça, olhando fixamente para a outra que falava com si e suspirou frustrado.


- Não é isso. Sei que não posso fazer o que eu quiser. - Diz e se levanta bruscamente. - Mas eu já estou cansado disso! Eu trabalho, e recebo uma miséria que não é o bastante para me alimentar e mesmo que eu faça o alimento, me exploram dia e noite enquanto os que não levantam um dedo para nada são glorificados.


A ômega em sua frente revira os olhos e ri seco.


- Legal, todos nós também! E aí? Ainda temos que fazer. - Ela responde endurecedora, enquanto os cochichos aumentavam ainda mais.


- Já tentaram fazer algo contra? Aposto que não.


- Não mesmo, temos amor pelas nossas vidas.


- Não parece, porque se tivessem iriam fazer de tudo para aproveitá-las. - A ômega franziu as sobrancelhas com a resposta do moreno, e antes que pudesse revidar o outro continuou. - Não veem que é uma oportunidade perfeita?


- Para de falar essas merdas! Eu vou dizer para a rainh... - Falas agitadas foram ouvidas, interrompendo a mulher.


- Não para! Eu também cansei disso. - Um beta de cabelos castanhos falou, recebendo vários murmúrios em concordância.


𝘗𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦ç𝘰𝘶. O moreno pensou.


- O casamento está acontecendo, sobrou menos guardas no castelo, é o momento perfeito... Se distrairmos os guardas, algo grandioso pode acontecer. - A maioria ali sorriu e outros ficaram confusos enquanto a ômega de cabelos pretos apenas mantinha a cabeça baixa. - Eu vou fazer algo para libertar todos.


- Como pode garantir isso? - Outro ômega exclamou.


- Posso garantir isso pela própria população. Tenho certeza que vocês sabem da maldade da rainha, mas assim como seu povo, não sabem que ela é uma assassina.


Grandes murmúrios e sussurros foram ouvidos, todos pareciam perplexos e assim o Uchiha continuou.


- E eu tenho provas, além de que ela não matou qualquer pessoa. Ela matou o rei Jiraiya.


Um grande corre de movimentação foi ouvido, alguns já choravam com aquilo tudo e Sasuke se surpreendeu, não pensou que fosse tão rápido.


- Nos mostre as provas. - O mesmo beta de cabelos castanhos pediu, agora sério e com uma feição de raiva.


Sasuke pegou o livro, o estendendo sobre a mesa e o abrindo na última página, aonde uma carta foi encontrada.


- Lê isso em voz alta para todos. - O misto pediu, observando o olhar de confusão do beta.


Não se deu o trabalho de prestar atenção na carta, até porque já havia lido, apenas prestou atenção nas reações de horror dos empregados e serviçais ao ouvirem tudo que estava escrito, tudo o que Jiraiya escreveu dizendo toda a verdade, e percebeu que todos tiveram quase a mesma reação de Naruto quando leram pela primeira vez na sala de treinamentos, a reação de tristeza junto ao ódio.


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