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S/n:

Arlong: vai logo!

S/n: eu mal me recuperei da última surra que você me deu.

Arlong: para de choramingar!- falou se aproximando de mim e levantando meu cabelo, olhando cada centímetro do meu corpo- nem da pra ver mais os roxos.

S/n: sua sorte! Se a Nami visse eu ia dizer o que?

Arlong: a verdade? Que você me desobedeceu de novo e eu tive que te castigar.

S/n: eu te odeio! Sabia?

Arlong: mas até amanhã vai ser minha esposa, agora anda! - como se eu tivesse escolha sobre isso- E meninos não deixem ela marcada, querida você se lembra como funciona.

S/n: quanto tempo dessa vez?

Arlong: o de sempre, até desmaiar.

S/n: tomara que dessa vez eu morra de vez!- falei indo pra beira da piscina e logo pulando nela, nadando até o fundo, junto de quatro soldados do Arlong.

Uma pessoa comum consegue ficar no máximo dois minutos debaixo d'água, sem respirar. Depois disso o cérebro começa a não receber oxigênio, fazendo a pessoa perder a consciência e desmaiar. Uma pessoa que treina pode aumentar esse tempo, enganando o seu próprio corpo, com diversas técnicas diferentes. Segundo o retardado que fazia os experimentos em mim o recorde de um nadador foi de 20 minutos. Porém, pra conseguir um tempo tão grande há condições especiais, a água tem que estar morna o que faz ser mais fácil segurar o ar, ficar completamente imóvel, sem fazer um movimento se quer e muita, mas muita experiência.

Essas drogas que eles me davam e que pelo jeito vão começar de novo, servem para enganar meu cérebro, dizer pra ele que está tudo ok e então meu tempo pode dobrar, e a esperança do Arlong é fazer de algum jeito eu consiga respirar através da água. A água aqui é mais gelada que um freezer e eu ainda tenho que lutar com esses brutamontes, ou seja, praticamente tudo joga contra mim. Mesmo assim meu recorde é de 23 minutos aqui de baixo.

X: vamos começar?- falou pegando as correntes e prendendo meu pé. Afinal o corpo humano tem uma vontade absurda de se manter vivo, então pra evitar que eu saia antes da hora.

Apenas assenti com a cabeça, afinal não posso abrir a boca. Os quarto vieram de uma vez pra cima de mim, mas com um rápido movimento eu saí do meio, fazendo eles se baterem o que me deu muita vontade de rir, mas eu não posso. Eu já lutei várias vezes com esses caras, mas a água é o ponto forte deles e não meu. Fiquei alguns minutos só desviando e brincando com a cara deles, depois resolvi atacar. Do lado deles eu sou uma formiguinha e consigo me movimentar mais rápido, além de saber o ponto fraco, eles podem se achar os fodões, mas eles tem que respirar até mesmo aqui de baixo e se eu tirar isso deles...

Sei lá quanto tempo eu fiquei socando eles, mas deixei um só acordado e com todo esse esforço eu tô começando a ficar zonza.

X: vou levar eles lá pra cima, não foge!- levantei meu pé mostrando a corrente. Logo ele foi e a vontade de voltar a respirar começou a ficar cada vez mais dolorosa. Sentir a água invadindo o meu corpo e ele ficar cada vez mais pesado e tudo escurecer cada vez mais, até que não consigo ver mais nada.

Era sem dúvidas uma das piores sensações, eu daria tudo pra nunca mais sentir isso.

...

Acordei jogando um litro de água pra fora do meu corpo. Estava deitada no chão frio, com o Arlong praticamente encima de mim.

Arlong: finalmente acordou.- olhei envolta e vi o kit de reanimação, parece que dessa vez foi quase.

S/n: tira esse narigão horroroso de perto de mim!- falei com muita dificuldade, tudo dentro de mim estava ardendo e meu corpo estava mais do que exausto- dá pra me tirar daqui? Tô com frio.

Minha sereia (imagine one piece)Onde histórias criam vida. Descubra agora