Refém da Determinação

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Maya

Horas se arrastaram enquanto eu permanecia trancada, sentindo a tensão do momento. Minhas mãos e pés já estavam doendo de tanto bater contra as paredes e tentar abrir a porta para me libertar. Totalmente vencida pelo cansaço me sentei em rendição. Minha mente estava com meus amigos, o que havia acontecido? E Maggie? Merda...

  De repente senti que o caminhão começou a se mover, e eu soube que estava sendo levada a algum lugar.

— PARA ONDE ESTÃO ME LEVANDO? Seus merdas! — Gritei com minha voz ecoando dentro do espaço apertado onde eu estava confinada.

— Cala a boca, ou isso vai piorar! — A voz de um homem veio como resposta, sua voz cheia de frieza e ameaça.

Bati algumas vezes em direção a cabine da frente do caminhão por puro estresse apenas já que já sabia que não adiantava nada, mas precisava descontar a minha raiva em algo.

O tempo que se passou dentro do caminhão foi uma agonia, cheio de incertezas e ansiedade. Quando finalmente parou, meu coração batia mais rápido, tentando decifrar onde eu estava.

Ouvi o ranger das portas do caminhão se abrindo, tentei correr, mas os dois homens que estavam a minha espera me agarraram pelos braços.

— Quieta vadia! — Disse um deles apertando meu braço com força começando a me puxar.

  O cenário ao meu redor se revelou, e a visão do Santuário era ao mesmo tempo impressionante e aterrorizante.

O Santuário, um lugar sombrio e imponente, parecia surgir das profundezas do caos que dominava o mundo exterior. Suas paredes de metal, corroídas pelo tempo, contrastavam com a natureza desoladora ao redor, criando uma atmosfera de opressão. O lugar emitia uma sensação sinistra, como se fosse um refúgio forçado para aqueles que ousassem desafiar a autoridade dos Salvadores.

Homens armados patrulhavam o local, suas expressões eram endurecidas pela vida implacável que levavam. O Santuário parecia ser o coração do domínio dos Salvadores, uma fortaleza onde eles exerciam seu poder sobre outros sobreviventes, um lugar onde a resistência era esmagada e a submissão era a única alternativa.

— Me soltem seus merdas! Me soltem! — Gritava e me debatia em vão, eles me ignoravam e apertavam meu braço com mais força.

  Passamos por corredores cinzas, me conduziram a um quarto que mais parecia um armário, tão pequeno que mal havia espaço para me movimentar. A porta foi trancada atrás de mim, deixando-me sozinha em uma cela claustrofóbica. De novo.

O ar dentro do quarto estava carregado de incerteza. Comecei a chutar a porta com toda a minha força, com todo meu ódio, mas ela se quer se mexia. Tentei forçar os parafusos, mas era inútil.

— Porra! — Esbravejei dando um último golpe na porta.

Quanto tempo eu ficaria ali? O que fariam comigo? Eu não faço ideia... A minha vida nesse momento é uma grande incerteza e perguntas não respondidas onde só me restava esperar.

Novamente rendida me sentei em um canto gelado da minha nova cela esperando para seja lá o que o destino esteja me reservando.

Quebra De Tempo

Horas pareceram se arrastar naquele pequeno quarto, cheio de inquietação e antecipação. Quando ouvi a porta se destrancando vendo o homem de cabelos loiros e rosto desfigurado, Dwight seu nome eu acho, ele finalmente abriu a porta.

— Vamos. Não piore as coisas tentando fugir. — Disse enquanto eu me levantava.

Tentar fugir sem um plano, sem conhecer o território era burrice e suicido então cooperei.

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