Uma Familia

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Obr pelos comentários gente🥺❤️

Maya

Com Danny dormindo ao meu lado, eu o observava com um amor que enchia meu peito de alegria e gratidão. Cada pequeno detalhe do seu rosto, suas mãos minúsculas e os sons suaves que ele fazia enquanto dormia eram uma fonte de maravilha para mim.

O som da porta se abrindo me trouxe de volta à realidade, e vi Negan entrar no quarto, mancando um pouco, mas com um curativo na perna.

— Shhh... — Pedi a ele em sussurros para fazer silêncio para não acordar o Danny. Ele assentiu com um sorriso irônico e se aproximou da cama.

— Ele é um pacotinho pequeno de perfeição, não é?— Negan sussurrou, observando Danny.

 — Ele é um pacotinho pequeno de perfeição, não é?— Negan sussurrou, observando Danny

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Eu sorri, sentindo uma onda de carinho.

— Sim, ele é. Eu ainda não consigo acreditar que ele é nosso. Que está bem aqui.

— Bem, acredite, porque ele é. E ele tem uma mãe incrível. — Negan se aproximou mais, sussurrando para mim.

Nossos olhares se encontraram, e apesar de toda a história complicada entre nós, naquele momento, tudo parecia simples e certo. A ironia que Negan trazia estava lá, mas também havia um genuíno sentimento por trás das palavras dele.

— Você não é tão ruim assim, Maya. — Negan continuou, seu olhar fixo em mim. — Na verdade, você é... surpreendente.

Eu ri suavemente, apreciando o jeito dele de sempre encontrar uma maneira de me deixar sem palavras.

— Você também não é tão terrível como muitos pensam.

Ele inclinou a cabeça, um sorriso se formando em seus lábios.

— Isso é quase um elogio, vindo de você.

Nós dois rimos baixinho, desfrutando daquele momento de leveza. Mas então, o olhar de Negan ficou mais sério, e ele me olhou nos olhos com intensidade.

— Maya, eu... quero que saiba que, mesmo com toda a bagunça do passado e as coisas que fiz, eu... eu amo você.

Fiquei surpresa pelas palavras dele, mas não pude deixar de sorrir. Havia algo sincero em seu olhar, algo que ia além das palavras.

— Eu também te amo, Negan. — admiti em um sussurro, sentindo meu coração se encher de uma mistura de emoções. — Mas não deixa isso subir pra sua cabeça.

Ele se aproximou mais, tão perto que nossos rostos quase se tocavam. E então, ele me beijou suavemente, como se aquele beijo fosse a confirmação de algo que ambos sabíamos, mas que não precisava ser dito em voz alta.

Com Danny ao nosso lado, aquele quarto parecia ser um refúgio de paz e conexão. E naquele instante, eu soube que, não importava o que o futuro nos reservava, estaríamos juntos, enfrentando tudo lado a lado, com amor, cuidado e o desejo de construir um novo começo.

Negan

Provavelmente por eu ter salvo Judith naquela nevasca, Michonne permitiu que eu cumprisse a minha pena em "prisão domiciliar" por assim dizer, também prestando trabalhos a comunidade nas plantações, roupas e qualquer merda que me mandassem fazer que os mesmos não queriam fazer. Se era o que eu precisava para permanecer fora daquele buraco e ao lado da minha família com certeza faria sem hesitar.

A escuridão da noite foi rompida pelo choro agudo do pequeno Danny vindo do seu quarto ao lado do nosso.

Maya ameaçou se levantar, mas eu a segurei suavemente pelo braço, evitando que ela saísse da cama.

— Relaxe, boneca. —  murmurei beijando seu braço. — Eu cuido disso.

Ela olhou para mim com um misto de surpresa e gratidão antes de voltar a se aconchegar no travesseiro, fechando os olhos na esperança de recuperar o sono. Eu sabia que ela precisava desesperadamente de descanso, considerando as noites inquietas que enfrentávamos com Danny.

Me levantei indo até o quarto do Danny. A visão do quarto mal iluminado revelava o pequeno ser chorando com fervor, seus olhinhos apertados e os punhos minúsculos se agitando no ar. Me aproximei do berço, olhando para o meu filho com uma mistura de amor e cansaço.

— Olha só, garotinho. — Disse a ele em um tom suave, enquanto me abaixava para pegá-lo. — O que você acha de irmos fazer um acordo aqui, hein? Você me dá cinco minutos de paz, e eu prometo que vou fazer de tudo para te fazer voltar a dormir.

Danny me encarou com olhos curiosos, como se estivesse considerando minha oferta. Eu não esperava uma resposta dele, mas era bom ter alguém com quem conversar, mesmo que fosse um bebê.

Com cuidado, coloquei Danny no trocador, preparando-me para a tarefa que viria em seguida.

— Vamos começar com a parte fácil, certo? — Disse a ele, sorrindo de forma irônica enquanto abria as fitas da fralda suja.

Os ruídos e ações que se seguiram eram familiares para ambos, como se já tivéssemos feito isso mil vezes. Eu limpei, troquei a fralda e logo Danny estava de volta ao berço, um pouco mais limpo e com menos desconforto.

Eu estava prestes a sair do quarto quando ele começou a choramingar novamente, os olhos dele piscando com um olhar de confusão e necessidade.

— Ah, Danny, Danny, Danny. — murmurei, pegando-o novamente nos braços. — Você não vai me dar um minuto de paz, não é?

Eu caminhei de um lado para o outro, balançando Danny com cuidado enquanto cantarolava uma canção suave, embora com minha voz rouca e sarcástica. Ele parecia se acalmar um pouco, mas ainda estava acordado e atento.

— Você sabe, Danny... — comecei a conversar com ele. — Você não é o único que queria estar dormindo agora. Mamãe também. E eu também. E todos nós. — Eu ri de leve, sabendo que ele não entendia uma palavra do que eu estava dizendo.

Mas, eventualmente, a magia do movimento e do som pareceu fazer efeito, e os olhinhos de Danny começaram a se fechar lentamente. Eu o coloquei de volta no berço com cuidado, sorrindo quando ele finalmente fechou os olhos e pareceu relaxar.

— Isso mesmo, garotinho. —  sussurrei, — Hora de voltar ao mundo dos sonhos.

Saí do quarto em silêncio, fechando a porta atrás de mim. Maya estava deitada na cama, ainda dormindo profundamente, e eu não pude deixar de sentir uma onda de gratidão por ela e pelo nosso pequeno Daniel. A vida tinha suas maneiras engraçadas de nos unir, e eu estava determinado a fazer parte dessa jornada, não importava quão irônica ela pudesse ser.

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