• pov. Rafaella •
Achei fofo a preocupação de Gizelly comigo, ela é muito carinhosa e atenciosa. Confesso que fiquei mexida com seu beijo em minha testa e bochecha, claro, não era primeira vez e eu já estava acostumada com seus carinhos, porém, a proximidade de nossos rostos depois de seu ato e ela ter olhado pra minha boca, me deixou atordoada. Se eu não tivesse escutado meu lado racional, teria a beijado.
- Rafaella! minha mãe exclamou alto me fazendo sair dos meus pensamentos.
- Oi mãe.
- Em que mundo você está? Tô aqui meia hora falando e você com um sorriso aí de orelha a orelha.
- Não é nada não mãe, o que a senhora estava falando? tentei fugir do assunto.
- Tá gostando de alguém?
- Que? Claro que não mãe.
- Tá sim, eu te conheço muito bem minha filha.
Revirei os olhos e ela riu.
- Amanhã vou no cinema tá? falei mudando de assunto.
- Hum... e posso saber com quem? perguntou questionadora.
- Meus amigos uai, Manu, Jullio, Bia, Mari e a Gi...
- Gi? ergueu a sobrancelha.
- A professora Gizelly. falei.
- Você não acha que tá saindo demais com sua professora não? Quer dizer, vocês almoçam juntas algumas vezes e agora vão ao cinema? engoli em seco.
- Ela é minha amiga. respondi simples.
- Sei...
Após o almoço, fui pro meu quarto e naveguei um pouco no instagram e depois fui no whatsapp responder algumas mensagens. Mais tarde, sai com minha mãe, fomos na casa do meu irmão e Dani ver Theo. Ficamos lá até o cair da noite e viemos embora. Tomei banho, jantamos e fomos dormir.
{...}
Na manhã seguinte, acordei animada já pensando na noite, claro que eu não estava dando a mínima pro filme e sim porque Gizelly iria comigo.
Fiz minha higiene matinal, me troquei vestindo o uniforme escolar, arrumei meus cabelos e por fim, organizei os cadernos e livros das matérias de hoje. Fui para a sala deixando minha mochila no sofá e segui para a cozinha e me juntei a minha mãe que já tomava deu café. Ao terminarmos, retornei para meu quarto para escovar os dentes e fui me despedir da minha mãe.
Peguei minha mochila e sai de casa, ao abrir o portão dei de cara com Joana que estava prestes a abrir o mesmo.
- Bom dia Rafa.
- Bom dia Joana.
Minha mãe tinha a contratado para cuidar da casa três vezes por semana. Tinha um dois meses mais ou menos que ela estava com a gente, muita simpática.
Após uns dez minutos, me encontrei com Manu que me esperava e continuamos o caminho para o colégio.
- Animada pra hoje? ela perguntou.
- Te odeio pelo filme, mas amei o fato da Gizelly ir comigo. assumi com um sorriso.
- Sei que faço tudo, obrigada, de nada. falou se achando.
- Besta.
- Talvez o filme dê uma coragem em vocês duas, estão muito devagar.
- Amiga não vai rolar nada. ela me olhou em desdém.
- Querer vocês querem, porque eu sinto a tensão pairando quando estão perto.
- Não, porque você no começo assim, ela é nossa professora e agora tá aí nessa. falei rindo.
- O fato dela ser nossa professora é complicado, mas não me impede de shippar vocês.
- Pensei que ela ia me beijar ontem, ou eu ia beijar ela, sei lá, fiquei confusa. soltei e ela arregalou os olhos.
- O quê? Como assim Rafaella?
- Ai véi, talvez eu esteja só me iludindo, Gizelly só é carinhosa e eu confundindo as coisas.
- Engraçado que ela é carinhosa só com você né?
- Não, ela trata todos iguais.
- Não, ela é educada com todos, com você é toda atenciosa.
Revirei os olhos, mas não disse nada.
Chegamos no colégio e adentramos o mesmo seguindo até a sala, faltava alguns minutos ainda para começar. Hoje não tinha aula com a Gizelly, infelizmente.
{...}
Dei uma uma última olhada no espelho, satisfeita com o resultado. Optei por um conjunto de croped e calça de cintura alta, nas cores preto, nós pés, um sandália também preta, passei uma maquiagem leve, porém um batom vermelho e os cabelos soltos.

°°°
Peguei minha bolsa e sai do quarto encontrando minha mãe na sala.- Tchau mãe.
- Tchau filha, não demora muito, amanhã você tem aula.
- Tá bom.
Saí de casa e caminhei até o portão e ao passar por ele, encontrei Gizelly encostada no carro.
- Uau! falou me olhando da cabeça aos pés. - Está maravilhosa.
Sorri tímida.
- Obrigada, você também está linda, quer dizer... linda você já é, está mais linda ainda. soltei e ela riu.
Nos abraçamos e ela me deu um beijo no rosto.
- Vamos? assenti e ela abriu a porta do carro pra mim entrar e depois deu a volta no mesmo, entrando no banco do motorista.
E realmente ela estava linda, ela também com um croped e uma calça nas cores preto, e um blazer de coro por cima, um tênis e os cabelos soltos.

°°°
Fomos o caminho conversando amenidades, em um clima agradável. Minutos depois, Gizelly estacionou o carro e descemos, ela travou o mesmo e seguimos até a entrada do cinema, onde os outros já nos esperavam.A sala de cinema era muito aconchegante, Gizelly e eu sentamos na última fileira, do meu lado, Manu e Jullio, seguidos de Bia e Mari. A sala não estava lotada, mas uma quantidade boa de pessoas.
O filme começou e mesmo não gostando muito do gênero, resolvi prestar atenção, igualmente Gizelly. Em um dado momento, me deixei levar e deitei minha cabeça no ombro de Gizelly, que logo começou a fazer um carinho em meus cabelos.
- Está com sono?
- Não, mas se você continuar esse cafuné, eu durmo aqui mesmo. respondi e ela riu, continuando seu carinho.
- Está gostando do filme? perguntou.
- Sim, não é ruim, e você?
- É até bom.
A história era de dois amigos que se reencontraram após 15 anos e ainda existe uma atração entre eles, mas necessariamente, o homem se vê apaixonado pela mulher, mas não é fácil para eles se adaptarem à vida um do outro.
Parecia eu de certa forma, sentindo atração pela minha professora.
Gizelly cessou os cafuné em meu cabelo e deixou um beijo terno em minha testa, ato que me fez sorrir abobada. Suspirei fundo.
Ela então, entrelaçou sua mão na minha e permanecemos assim até o filme acabar.
•••
Será que esse beijo sai ou não? 🤠
Dona Gegê está atenta. 🤨
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Professora Substituta
FanfictionDe um lado, Gizelly Bicalho Abreu, tem 23 anos, uma renovada professora de biologia. Uma mulher fria e fechada para qualquer tipo de relação amorosa. Motivo? Descobriu da pior forma possível que sua ex esposa Ivy gerava um bebê que ela acreditava se...