• pov. Rafaella •
Havia acabado de chegar no colégio e caminhava no corredor que dava para a minha sala, já era natural eu acordar de mal humor, quem gosta de acordar cedo?
- Oi linda. revirei meus olhos quando ouvi a voz de Caon atrás de mim.
Respirei fundo e me virei de frente pra ele.
- Oi Caon, bom dia e passar bem. falei ríspida e me virei.
Antes que eu pudesse retomar meu caminho, meu braço foi segurado com força.
- Onde vai gatinha, nem um beijo de bom dia? falou me prensando contra a parede.
- Me solta! gritei e ele soltou uma risada irônica.
- Está se fazendo de difícil agora porque?
- Eu não tô me fazendo de difícil, você que não entendeu que foi só um beijo que rolou entre nós e apenas isso, agora me solta Caon. dei um arranco mas em vão.
- Ei, solta ela agora. uma voz rouca soou bem atrás de mim, me puxando para perto.
- Quem é você? Caon perguntou irritado.
- Eu sou a nova professora e se eu ver você perto dela mais uma vez, não vou pensar duas vezes em te levar para bater um papo com a diretora. ela disse firme e Caon saiu dali aparentemente ainda nervoso.
Me virei ficando de frente para a nova professora e que mulher...
- Você está bem? perguntou.
- Sim, tô bem, obrigada. agradeci.
- Que bom, preciso ir na direção, se cuida menina. falou e saiu pelo corredor a fora.
{...}
- Oi amiga, bom dia. Manu disse animada se sentando ao meu lado.
- Que animação em plena segunda.
- Que mal humor ein, o que rolou? perguntou.
- Caon, oh garoto irritante, onde eu tava com a cabeça quando fiquei com ele?
- Todo mundo faz merda amiga e tá tudo bem.
- A gente se beijou uma única vez e ele acha que temos algo, nem desenhado ele não vê que não quero nada com ele, fala sério. falei sem paciência.
A sala aos poucos foi enchendo com os outros alunos.
Minutos depois, a mesma mulher que me defendeu no corredor, passou pela porta da sala com uma maleta em seu braço e alguns livros em mãos.
- Bom dia! ela disse ao parar no meio da sala.
- Bom dia! respondemos em uníssono.
- Eu sou a professora Gizelly, de biologia, por tempo indeterminado serei substituta ou quem sabe, até o final do ano letivo. ela disse por fim.
Os olhos dela se encontram com os meus e me lançou um sorriso de lado.
Minha respiração falhou.
Os minutos se passou com o professora Gizelly dando a introdução da matéria, e eu mal consegui prestar atenção direito. Depois de estudarmos um capítulo do livro, ela passou algumas perguntas e o sinal tocou, terminando seu horário. Gizelly guardou suas coisas e se despediu da turma, não sem antes me encarar com suas órbitas castanhas e se retirou da sala.
Passei os dois horários seguintes pensando na professora substituta, o jeito que ela me defendeu de Caon, o jeito como ela me olhou e sorriu ao me ver na sala, e o jeito que me encarou antes de sair da sala de aula.
E porque diabos eu estava pensando nisso?
O sinal ressoava por toda o colégio anunciando o final das aulas. Agradeci aos céus pela aula chata do professor Carlos, de filosofia ter acabado. Eu gostava de estudar, mas às aulas de filosofia eram cansativas e chatas.
Depois do intervalo de vinte minutos, retornamos para a sala de aula e tivemos os dois últimos horários seguidos de matemática, que passou rapidamente.
{...}
Manu e eu saímos da sala e seguimos pelo corredor até a saída, com o vai e vem dos alunos, acabei me esbarrando em alguém.
- Desculpa. pedi e só então vi Gizelly que tinha um sorriso contido de lado.
Ela de novo.
- Tudo bem, não foi nada. ela disse.
- Professora você vai ficar com a gente até o final do ano? Manu perguntou.
- Ainda não sei, vai depender da melhora da outra professora de vocês.
- Que ela me perdoe, mas eu prefiro você. soltei e ela me desviou o olhar pra mim.
- Foi apenas uma aula senhorita Rafaella. sua voz soou rouca.
- Sim, mas a Clara é chata.
- Mas quando eu quando quero, sei ser também.
- Poxa professora, eu já odeio biologia, deixa eu pelo menos gostar de você. Manu disse num tom dramática fazendo nós duas rirem.
- Nada te impede, só não posso ser muito boazinha, se não vocês não vão me respeitar dentro de sala.
- Eu tenho respeito por todos os professores, apenas não gosto de alguns. falei e ela soltou uma risada nasal.
- Bom, tenho que ir meninas, até amanhã.
- Tchau professora. Manu e eu dissemos em uníssono.
Manu e eu saímos do colégio e seguimos o caminho de nossas casas.
- É pecado achar a Gizelly linda? Porque se for, eu tô pecando muito. falei e Manu me olhou boquiaberta.
- Não esperava por isso Rafaella.
- Eu nem te contei, quando o Caon veio encher meu saco, ela que me defendeu, me tirou dos braços dele.
- Por isso aqueles olhares trocados dentro da sala, tá explicado agora.
- Ela é muito linda, a voz rouca dela, puta que pariu.
- Que isso Rafaella? Manu me questionou e eu ri passando as mãos pelo rosto. - Ela é nossa professora.
- Só tô falando que ela é linda uai.
- Hum, falo nada, vou só observar.
- Larga de ser besta.
Mudamos de assunto e poucos minutos depois, chegamos até sua casa e ela se despediu entrando na mesma e eu segui para a minha.
Mais uma vez, pensei em Gizelly e sorri.
Devo estar é doida, só pode.
•••
Oi amores, então essa é a minha história nova. Vai ter toda uma construção de intimidade nessa relação delas, até perceberam o que sente uma pela outra, e tem todo o resto que envolve elas né? A diferença de idade, o fato de serem professora e aluna. Espero que vocês gostem!
Bjos e até mais. ☺️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Professora Substituta
FanficDe um lado, Gizelly Bicalho Abreu, tem 23 anos, uma renovada professora de biologia. Uma mulher fria e fechada para qualquer tipo de relação amorosa. Motivo? Descobriu da pior forma possível que sua ex esposa Ivy gerava um bebê que ela acreditava se...