Capítulo 1

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• pov. Rafaella •

Havia acabado de chegar no colégio e caminhava no corredor que dava para a minha sala, já era natural eu acordar de mal humor, quem gosta de acordar cedo?

- Oi linda. revirei meus olhos quando ouvi a voz de Caon atrás de mim.

Respirei fundo e me virei de frente pra ele.

- Oi Caon, bom dia e passar bem. falei ríspida e me virei.

Antes que eu pudesse retomar meu caminho, meu braço foi segurado com força.

- Onde vai gatinha, nem um beijo de bom dia? falou me prensando contra a parede.

- Me solta! gritei e ele soltou uma risada irônica.

- Está se fazendo de difícil agora porque?

- Eu não tô me fazendo de difícil, você que não entendeu que foi só um beijo que rolou entre nós e apenas isso, agora me solta Caon. dei um arranco mas em vão.

- Ei, solta ela agora. uma voz rouca soou bem atrás de mim, me puxando para perto.

- Quem é você? Caon perguntou irritado.

- Eu sou a nova professora e se eu ver você perto dela mais uma vez, não vou pensar duas vezes em te levar para bater um papo com a diretora. ela disse firme e Caon saiu dali aparentemente ainda nervoso.

Me virei ficando de frente para a nova professora e que mulher...

- Você está bem? perguntou.

- Sim, tô bem, obrigada. agradeci.

- Que bom, preciso ir na direção, se cuida menina. falou e saiu pelo corredor a fora.

{...}

- Oi amiga, bom dia. Manu disse animada se sentando ao meu lado.

- Que animação em plena segunda.

- Que mal humor ein, o que rolou? perguntou.

- Caon, oh garoto irritante, onde eu tava com a cabeça quando fiquei com ele?

- Todo mundo faz merda amiga e tá tudo bem.

- A gente se beijou uma única vez e ele acha que temos algo, nem desenhado ele não vê que não quero nada com ele, fala sério. falei sem paciência.

A sala aos poucos foi enchendo com os outros alunos.

Minutos depois, a mesma mulher que me defendeu no corredor, passou pela porta da sala com uma maleta em seu braço e alguns livros em mãos.

- Bom dia! ela disse ao parar no meio da sala.

- Bom dia! respondemos em uníssono.

- Eu sou a professora Gizelly, de biologia, por tempo indeterminado serei substituta ou quem sabe, até o final do ano letivo. ela disse por fim.

Os olhos dela se encontram com os meus e me lançou um sorriso de lado.

Minha respiração falhou.

Os minutos se passou com o professora Gizelly dando a introdução da matéria, e eu mal consegui prestar atenção direito. Depois de estudarmos um capítulo do livro, ela passou algumas perguntas e o sinal tocou, terminando seu horário. Gizelly guardou suas coisas e se despediu da turma, não sem antes me encarar com suas órbitas castanhas e se retirou da sala.

Passei os dois horários seguintes pensando na professora substituta, o jeito que ela me defendeu de Caon, o jeito como ela me olhou e sorriu ao me ver na sala, e o jeito que me encarou antes de sair da sala de aula.

E porque diabos eu estava pensando nisso?

O sinal ressoava por toda o colégio anunciando o final das aulas. Agradeci aos céus pela aula chata do professor Carlos, de filosofia ter acabado. Eu gostava de estudar, mas às aulas de filosofia eram cansativas e chatas.

Depois do intervalo de vinte minutos, retornamos para a sala de aula e tivemos os dois últimos horários seguidos de matemática, que passou rapidamente.

{...}

Manu e eu saímos da sala e seguimos pelo corredor até a saída, com o vai e vem dos alunos, acabei me esbarrando em alguém.

- Desculpa. pedi e só então vi Gizelly que tinha um sorriso contido de lado.

Ela de novo.

- Tudo bem, não foi nada. ela disse.

- Professora você vai ficar com a gente até o final do ano? Manu perguntou.

- Ainda não sei, vai depender da melhora da outra professora de vocês.

- Que ela me perdoe, mas eu prefiro você. soltei e ela me desviou o olhar pra mim.

- Foi apenas uma aula senhorita Rafaella. sua voz soou rouca.

- Sim, mas a Clara é chata.

- Mas quando eu quando quero, sei ser também.

- Poxa professora, eu já odeio biologia, deixa eu pelo menos gostar de você. Manu disse num tom dramática fazendo nós duas rirem.

- Nada te impede, só não posso ser muito boazinha, se não vocês não vão me respeitar dentro de sala.

- Eu tenho respeito por todos os professores, apenas não gosto de alguns. falei e ela soltou uma risada nasal.

- Bom, tenho que ir meninas, até amanhã.

- Tchau professora. Manu e eu dissemos em uníssono.

Manu e eu saímos do colégio e seguimos o caminho de nossas casas.

- É pecado achar a Gizelly linda? Porque se for, eu tô pecando muito. falei e Manu me olhou boquiaberta.

- Não esperava por isso Rafaella.

- Eu nem te contei, quando o Caon veio encher meu saco, ela que me defendeu, me tirou dos braços dele.

- Por isso aqueles olhares trocados dentro da sala, tá explicado agora.

- Ela é muito linda, a voz rouca dela, puta que pariu.

- Que isso Rafaella? Manu me questionou e eu ri passando as mãos pelo rosto. - Ela é nossa professora.

- Só tô falando que ela é linda uai.

- Hum, falo nada, vou só observar.

- Larga de ser besta.

Mudamos de assunto e poucos minutos depois, chegamos até sua casa e ela se despediu entrando na mesma e eu segui para a minha.

Mais uma vez, pensei em Gizelly e sorri.

Devo estar é doida, só pode.

•••

Oi amores, então essa é a minha história nova. Vai ter toda uma construção de intimidade nessa relação delas, até perceberam o que sente uma pela outra, e tem todo o resto que envolve elas né? A diferença de idade, o fato de serem professora e aluna. Espero que vocês gostem!

Bjos e até mais. ☺️

Professora Substituta Onde histórias criam vida. Descubra agora