• pov. Rafaella •
Os primeiro mês com Sofia em casa, foi muito desafiador, de aprendizado e reconhecimento, Gizelly e eu tivemos que se adaptar a uma nova rotina totalmente comandada por ela. Agora com seus dois meses de vida, a rotina já estava melhorando a cada dia.
Hoje ela está completando seus dois meses de vida e tomou quatro vacinas, e além da sua irritabilidade, a febre está indo e voltando, mesmo com o antitérmico. Liguei para a sua pediatra e ela disse que era normal nas primeiras vinte e quatro horas, mas, mesmo assim eu estava preocupada.
Estava no quarto de Sofia, sentada na poltrona, ela havia acabado de dormir, após horas e horas de choro. Pude ouvir o barulho do portão abrindo, já sabendo que era Gizelly, que entrou na garagem com o carro. Alguns minutos depois, ela chegou na porta do quarto.
- Oi meus bebês. ela disse e veio ao nosso encontro.
- Oi amor, tudo bem? perguntei.
- Tudo sim e vocês como estão?
- Estou com dor de cabeça, mas estou bem, acho que é preocupação pela Sofia, ela se acalmou agora que dormiu, mas não foi fácil o dia de hoje. Gizelly acariciou minhas costas fazendo uma pequena massagem em meus ombros, ato que me fez relaxar, ergui a cabeça para atrás e suspirei fechando os olhos.
- Sua mãe veio aqui hoje? perguntou.
- Veio assim que voltou pro colégio depois do almoço. respondi.
- Me dá ela aqui, vai descansar pra você recompor suas energias.
- Eu tô bem. menti.
- Eu te conheço muito bem Rafaella.
- E se ela acordar e quiser mamar?
- Qualquer coisa eu te chamo, agora eu quero que você descanse, durma um pouco.
- Me chama mesmo? questionei.
- Que foi? Não confia em mim agora? Eu sei cuidar dela.
- Eu sei amor, só tô preocupada mesmo, ela nunca ficou como tá hoje.
- Foi quatro vacinas amor, deve tá doendo demais né bebê? falou acariciando de leve seu rostinho. - Agora vai lá descansar. ela segurou meu rosto entre as mãos e deixou um selinho demorado em meus lábios.
Sorri com seu ato e entreguei Sofia para ela, que a pegou com todo cuidado para não acordá-la.
- Vou tomar um banho. falei.
- Vai lá. ela disse e eu me retirei do quarto de Sofia e segui para o meu.
Peguei uma troca de roupa e fui para o banheiro, me despi, entrei no box, liguei o chuveiro e me permiti tomar um banho relaxante, estava precisando. Ao terminar, peguei a toalha e me sequei, por fim, me vesti e segui para a cama.
{...}
Quando despertei, percebi que a noite já havia caído, me espreguicei sentindo todos os meus músculos se tencionarem e meu corpo agradecer pelo descanso merecido. Me sentei na cama e alcancei meu celular que estava sobre o criado, era nove horas da noite, arregalei os olhos assustada, tinha dormido demais.
Me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto e foi até a cozinha beber um copo de água. Retornei para o corredor indo em direção ao quarto de Sofia, a porta estava entreaberta, a abri devagar e sorri ao ver Gizelly dormindo na cama junto de nossa filha. No quarto havia uma cama de solteiro, se caso precisasse dormir aqui com ela.
Percebi que ela estava com outra roupa, provavelmente foi tomar banho e eu nem vi.
- Amor... a chamei baixo e balançando seu braço. - Amor...
- Ah, oi amor, está tudo bem? perguntou despertando e um pouco assustada.
- Está sim, parece que não era só eu que estava cansada né? comentei rindo.
Ela se levantou com o olhar em nossa filha, que dormia feito um anjinho.
- Apaguei junto com ela. falou também rindo e esfregando os olhos. - Prefere dormir aqui com ela pra podemos observar se a febre volta?
- Acho melhor né? Mas vamos comer algo primeiro, acordei numa fome.
- Vou colocar ela no berço.
A observei pegar Sofia e deitá-la no berço com todo cuidado para que ela não acordasse.
- Boa noite meu bebê, mamãe te ama muito tá? sorri me aproximando do berço.
- Boa noite meu amorzinho, te amo. sussurrei.
Saimos do quarto e seguimos até a cozinha.
- Sofia não deu mais febre? perguntei.
- Não, eu medi duas vezes porque achei ela quente, mas não chegou a dar, ela acordou e resmungou, preparei a mamadeira com o leite que você tinha tirado e ela dormiu de novo, aproveitei e fui tomar um banho, você estava no décimo sono que nem viu.
- Estava precisando. assumi.
- Você quer janta ou um lanche?
- Pode ser lanche mesmo.
- Vou fazer pra gente.
Me sentei na mesa enquanto observava ela preparar dois mistos.
- Hum, e como foi no colégio hoje? perguntei.
- O negócio hoje lá tá a feio, teve uma briga de duas meninas, bem no recreio, as duas rolando no chão e por causa de menino.
- Pensei que nem rolava mais isso.
- Acha que é só quando você estudava? Inclusive quando a senhorita disse que queria dar na cara da Valentina.
- Você lembra disso? perguntei.
- Lembro de tudo, quando você queria bater na Jaqueline. falou e eu a olhei boquiaberta.
- Gizelly! exclamei.
- O quê? Você queria.
- Culpa sua.
- Minha? questionou.
- Sim, nasceu toda linda assim e todo mundo daquela escola te queria, acha que era fácil? falei e ela caiu na gargalhada vindo até mim. - Não tem graça.
- Mas eu queria só você, a menina dos olhos verdes. falou segurando em meu rosto. - Eu quis você desde o primeiro momento em que te vi. sorri completamente apaixonada.
- Eu também, e eu não poderia me sentir menos do que sortuda por ter uma mulher como você ao meu lado.
- Então somos duas.
- Você é uma esposa atenciosa e uma mãe dedicada e amorosa, tenho muita sorte.
- Você me deu uma família, nossos dois anjinhos que sempre vão ser parte de nós duas e agora a Sofia, e cuidar do bem estar de vocês duas é o mínimo que eu posso fazer, eu sou grata a você pelos três.
Senti meus olhos marejarem, sua fala havia me afetado.
- Agora você acabou comigo amor. falei ainda emocionada.
- É apenas a verdade, eu amo vocês imensamente.
- Eu amo vocês, muito. falei e nos cedemos ao beijo apaixonado.
Após comer nosso misto com suco, fomos nos deitar no quarto de nossa filha.
•••
Demorei, mas vim. 🙃
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Professora Substituta
Fiksi PenggemarDe um lado, Gizelly Bicalho Abreu, tem 23 anos, uma renovada professora de biologia. Uma mulher fria e fechada para qualquer tipo de relação amorosa. Motivo? Descobriu da pior forma possível que sua ex esposa Ivy gerava um bebê que ela acreditava se...