• pov. Gizelly •
Rafaella e eu estávamos na clínica, esperando pela consulta com Marcela, iríamos fazer o primeiro ultrassom hoje.
Quatro semanas atrás, já tínhamos vindo em outra consulta, Rafaella fez um exame de sangue confirmando a gravidez.
Podia sentir o nervosismo da minha noiva, sua mão que segurava a minha estava suando, seus pés batiam freneticamente no chão. Rapidamente, ela se levantou e correu até o banheiro mais próximo, fui atrás dela e a encontrei vomitando praticamente água, já que nem insistindo ela quis comer algo no café da manhã.
Segurei seus cabelos e poucos minutos depois, ela se levantou e se encostou na parede fechando os olhos.
- Está com tontura? perguntei e ela assentiu com a cabeça.
Permanecemos ali, em silêncio, até ela se recuperar. Em seguida, dei descarga no vaso e ela foi até a pia lavando sua boca e rosto.
- Está melhor? perguntei novamente.
- Aham.
Ao sairmos do banheiro, Marcela estava na porta do seu consultório esperando por nós.
- Olá meninas, bom dia.
- Bom dia, Marcela.
- Bom dia só pra vocês, pra mim nem dia. Rafa falou e Marcela riu do seu jeito de falar.
- Sentindo muito enjôo? perguntou se sentando na sua cadeira. Rafaella e eu nos sentamos na sua frente.
- Muito, nada para no meu estômago.
- Isso quando ela come viu Marcela, porque não quer comer nada.
- Tem que comer Rafa, se não você fica fraca e tem que ficar aqui internada e tomando soro.
- Deus me livre! Rafa disse.
- Pode ir se trocar, colocar a camisola que vamos ver como esse bebê está. Marcela falou e Rafaella se levantou e seguiu até o banheiro.
- Ela está muito nervosa, ansiosa, confesso que eu também estou, mas eu tento me controlar.
- Compreendo, é normal depois do que vocês duas passaram, mas vocês tem que confiar que vai dar tudo certo dessa vez.
- Eu confio, e estou muito feliz, mas o medo de algo acontecer está ali pertinho sabe?
Rafaella retornou e Marcela se levantou indo até ela e eu a segui.
- Pode se deitar.
E assim Rafa fez, se deitou na maca e eu fiquei ao seu lado e segurei sua mão.
Observei Marcela ligar o monitor e pegar o aparelho e passar o gel, logo em seguida, o deslizou na parte íntima de Rafaella.
- Aqui está o baby de vocês, agora, no lugar certo, dentro do útero, podem ficar tranquilas. Marcela disse nos mostrando na imagem refletida na tela enorme à nossa frente.
Rafaella apertou minha mão e eu desviei meu olhar pra ela que tinha um sorriso lindo no rosto, me inclinei e beijei sua testa.
- Eu disse que estava tudo bem. sussurrei e ela assentiu ainda sorrindo.
- Vamos ouvir o coraçãozinho? Marcela falou ganhando nossa atenção de volta.
A sala foi invadida por batimentos rápidos, o coração do meu filho.
Meu filho.
- 155 batimentos por minuto, está ótimo.
Marcela media e falava com a gente cada medida, por fim, finalizando o ultrassom.
Após se trocar, Rafaella voltou e se sentou ao meu lado.
- Está tudo bem com nosso bebê né Marcela? ela perguntou.
- Ele está se desenvolvendo muito bem.
- Graças a Deus. falei.
- E você está de oito semanas. Marcela escrevia algumas anotações na caderneta de gestação de Rafaella. - Você vai voltar daqui três semanas, vou te passar uns exames de sangue, mas você vai fazer só com dez semanas, e vai trazer pra mim daqui três semanas, que vou fazer outro ultrassom, está bem?
- Tudo bem.
- Vou te passar também um remédio para enjôo, e reforçando, se alimente bem, não pode ficar sem comer.
- Está bom, vou me esforçar.
- Vou ficar de olho nela Marcela, ela vai comer direitinho.
- Muito bem, espero vocês então daqui algumas semanas, até mais.
- Até mais, e obrigada.
- Não é nada.
Saímos de seu consultório, deixando a próxima consulta já marcada e saímos da clínica.
- Vamos ali na padaria pra você comer algo.
- Amor, depois eu como.
- Agora Rafaella, você ouviu a Marcela. falei firme e ela fechou a cara e saiu andando na minha frente.
Marrenta.
{...}
- Que nosso neném não seja marrento igual você né? comentei enquanto comíamos, ela ainda estava de cara fechada pra mim.
- Vai vir e você que lute. falou me fazendo rir.
- Tem que comer meu amor, você está gerando nosso filho.
- Eu sei, e não é como se eu não quisesse, é meu estômago mesmo. disse fazendo uma careta.
- Vou passar na farmácia e comprar o remédio que a Marcela passou, ele vai te deixar melhor.
- Espero que sim, tem horas que parece que vou por meu rim pra fora.
Acabei rindo de novo.
- Eu não te aguento.
- Eu tô falando sério, não ri.
- Parei.
Terminamos de comer e eu acertei no caixa e saímos da padaria, seguimos até o meu carro e entramos no mesmo, logo dei partida até o seu estúdio.
- Tem muitos clientes hoje? perguntei.
- Cinco, o primeiro eu remarquei para amanhã, porque essas consultas sempre atrasam né? Já são nove horas, você pro colégio mesmo assim?
- Vou, tem mais dois horários até o fim da aula e depois do almoço, eu vou passar lá na nossa casa, ver o andamento das coisas, quero que termine rápido.
- Não acho que demore muito mais.
- Terminando até o casamento, está ótimo, porque aí já nos mudamos pra lá e começamos a montar o enxoval do nosso neném. falei sem disfarçar o sorriso.
- Temos que esperar saber o sexo, acho que é somente com cinco meses que dá pra ver direito.
- Vai dar certo, você já vai começar os três meses.
- Verdade.
Minutos depois, parei o carro em frente ao estúdio.
- Está entregue minha linda.
- Obrigada amor, vou entrar, que já já chega um cliente.
- Vai lá minha fotógrafa, bom trabalho e cuidado.
- Tá bom, vou me cuidar e boa aula pra você.
Trocamos um beijo calmo e delicado.
- Tchau, eu te amo. ela disse.
- Eu amo vocês. falei e a beijei uma última vez.
Ela desceu do carro e eu a esperei adentrar o estúdio, em seguida, dei partida do no carro a caminho do colégio.
•••
To be continued...
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Professora Substituta
FanficDe um lado, Gizelly Bicalho Abreu, tem 23 anos, uma renovada professora de biologia. Uma mulher fria e fechada para qualquer tipo de relação amorosa. Motivo? Descobriu da pior forma possível que sua ex esposa Ivy gerava um bebê que ela acreditava se...