Capítulo 22

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• pov. Rafaella •

- O primeiro pedaço é pra Rafaella, já sabemos. Marcela disse enquanto Gizelly cortava o bolo.

Havíamos acabado de cantar os parabéns pra ela, e de quebra, eu estava com vergonha até agora, pois Márcia, a mãe de Gizelly, estava por chamada de vídeo.

- O primeiro pedaço e meu coração também. Gizelly disse me entregando o pedaço de bolo e eu consegui ficar com mais vergonha ainda com as meninas nos zoando.

- Eita que você tem que trazer minha nora pra me conhecer pessoalmente Gizelly, estou vendo que o amor bateu aí e ficou né? Márcia falou.

- Apaixonou tia Márcia, arriou os quatro pneus, tá boiola, gamou na menina dos olhos verdes. Luiza falava e eu ria de nervoso.

- Chega vocês duas, estão deixando a Rafaella sem graça. Gizelly disse.

Finalmente mudaram o assunto e voltaram a focar somente no aniversário de Gizelly.

{...}

- Vai ficar com esse bico aí até quando?

- Até minha raiva passar.

Gizelly e eu estávamos no carro, ela estava me levando embora pra casa e eu estava com ciúmes, pra variar.

- Ai meu Deus! Mas não precisa ficar com raiva de mim não.

- Precisa sim, ficou toda de papinho com aquela lá.

- Eu não fiquei de papinho com ela Rafa, apenas fui educada, eu ia mandar a mulher embora?

- Sim, ela nem foi convidada.

- Mas ela foi lá só pra me desejar os parabéns, só isso.

- E dar em cima de você também, na minha frente.

- Ela não sabe que estamos juntas e quase que você entrega.

- Melhor ela saber antes que eu dê dois tapas na cara dela e esfrego no chão também.

Gizelly caiu na gargalhada e eu a encarei.

- E você gosta do mal feito né?

- Eu tô rindo de você.

- Que saco, essa tpm me deixa louca.

- Não só na tpm né coisa linda?

- Já falei que não sei disfarçar meus ciúmes.

- Já percebi.

- Desculpa, não gosto de ser assim, mas eu sinto ciúmes de você, fazer o que?

- Sentir ciúmes é normal, eu mesma fiquei pé da vida quando você saiu com aquele cara lá que era seu ex e eu nem sabia que era, mas, você cisma com umas coisas que não aconteceria de forma alguma.

- Estou me sentindo culpada agora.

- Não sinta, só não quero que desconfie de mim.

- Eu não desconfio de você, mas eu devo admitir que odeio ver a Jaqueline perto de você, me incomoda, você mesma me disse que ela já deu em cima de você várias vezes, igual a Gabriela.

- Sim, é verdade, mas eu sempre a corto, nunca dei moral para nenhuma das duas, eu só não posso dizer que estamos juntas ainda, você sabe.

- Sei. respirei frustrada.

Continuamos o resto do caminho em silêncio, até chegarmos e Gizelly parar o carro em frente minha casa.

- Não quer entrar?

- Eu não vou abusar da boa vontade da sua mãe.

- Você tem muito medo dela, não aguento.

- Eu tenho respeito. falou e a eu a encarei erguendo a sobrancelha. - E um pouco de medo também, assumo.

Nós duas rimos.

- Mas é sério, sua mãe já nos liberou hoje, temos que agradece-la por isso, e falta pouco, eu disse que vou te esperar e é isso que tô fazendo, não tô?

- Aham.

- Então, já já vamos poder ficar juntas e sem esconder de ninguém, hum? assenti sorrindo sentindo seu carinho de leve em meu rosto e finalmente juntou nossos lábios pela primeira vez aquela noite.

Seus dedos entraram entre os fios do meu cabelo, e a sua outra mão livre desceu até minha cintura. Nosso beijo era calmo, mas também intenso, definitivamente perfeito. E logo nosso contato se aprofundou, deixando o momento mais provocante.

- Você já é irresistível, mas hoje você pegou pesado. ela mordiscou meu lábio inferior, me fazendo arfar entre o beijo.

- Você também está uma perdição. falei.

Quando dei por mim, Gizelly já estava entre minhas pernas, me fazendo sentir sua ereção que marcava sua calça.

- Queria poder sentir você agora. sua voz saiu rouca me deixando à beira da loucura.

- Eu também queria, mas não posso.

- O dia que sua mãe libera a gente, você tá no vermelho, como sofro. ela resmungou contra meu pescoço me fazendo rir.

- Depois eu te recompenso.

- Com juros.

- Aham, com juros. confirmei e ela sorriu depositando um beijo na minha testa.

- Eu te amo, não se esqueça disso tá?

Passo a mão por seu rosto e sorrio.

- Eu também te amo, muito.

Sorrimos cúmplices e voltamos a nos beijar, beijo esse que foi interrompido pelo toque do meu celular.

Gizelly voltou a se sentar no outro banco e eu peguei meu celular, visualizando "mãe" na tela e logo atendi.

"Oi mãe, já estou entrando, tá bom, tchau."

- Deixa eu ir, antes que ela venha aqui fora. falei após desligar a chamada.

- Bem capaz viu, vai lá, depois nos falamos.

- Feliz aniversário mais uma vez, te desejo tudo de maravilhoso na sua vida, e eu amo você.

- E eu desejo tudo de maravilhoso para nós, eu te amo minha menina.

Gizelly beijou meus lábios uma última vez em um beijo terno e carinhoso e nos separamos com vários selinhos.

- Tchau, boa noite. desejei.

- Boa noite bebê, tchau!

Sai do carro e ela esperou eu passar pelo portão antes de dar partida no carro.

Eu estava muito feliz, apenas contando os dias para o fim do ano chegar, para acabar logo com essa tortura.

•••

Rafaella sem ciúmes não é a Rafaella né? 🙃

Professora Substituta Onde histórias criam vida. Descubra agora