De um lado, Gizelly Bicalho Abreu, tem 23 anos, uma renovada professora de biologia. Uma mulher fria e fechada para qualquer tipo de relação amorosa. Motivo? Descobriu da pior forma possível que sua ex esposa Ivy gerava um bebê que ela acreditava se...
Faziam exatos duas semanas que Rafaella havia dado a luz ao ser mais lindo que meus olhos já viram. Eu estava apaixonada pela minha pequena, sentia um amor tão incondicional crescendo cada vez mais dentro de mim.
Um sentimento inexplicável.
Estava encantada com cada mínimo detalhe de Sofia, o cabelo castanho claro, os olhinhos pretos como os meus.
Tudo tão delicado.
Das coisas boas que a vida foi capaz de me proporcionar, dividir os dias com a Rafaella e agora com nossa filha, com certeza é uma das mais bonitas. Sofia é nosso melhor presente.
Nesses dias com eu busquei me dedicar ainda mais as duas, ajudando Rafaella e lhe dando todo apoio que precisava. Minha mãe estava aqui em casa com a gente e minha sogra vinha todos os dias e também tinha Berenice.
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Havia acabado de chegar em casa, tinha ido na farmácia comprar algumas coisas para Sofia.
Adentrei a sala e minha mãe estava na sala com Sofia no colo.
- Oh a mamãe Gi já voltou. ela disse com nossa pequena.
Deixei as sacolas no sofá e me aproximei delas.
- Ei meu amor. deixei um beijo em seus cabelos. - Cadê a Rafa? perguntei.
- Tá no escritório.
- Ela não tá trabalhando não né?
- Acho que ela ia editar as fotos que fez dessa pequena aqui.
- Vou lá.
Segui até o escritório e encontrei minha esposa atenta ao notebook a sua frente.
- Trabalhando Rafaella? perguntei séria fazendo com que ela desviasse sua atenção para mim.
- Oi amor, só estou editando as fotinhas da Sofia, olha como estão lindas.
Rafaella passou as fotos uma por uma e eu sorri abobada.
- Realmente nossa filha é uma perfeição de Deus. falei.
- Quero fazer várias fotos dela, guardar cada momento de lembrança e quando ela crescer, vou mostrar pra ela.
- Com a mãe fotógrafa, pode comprar uns cinquenta álbuns então, só de começo.
- Exatamente. concordou rindo.
- Me manda as fotos depois.
- Claro.
O resmungo de Sofia se fez presente e eu me pronrifiquei a ir ver o que era, deixando minha esposa terminar o que estava fazendo.
- O que foi bebê? perguntei já na sala.
Minha mãe a ninava, porém Sofia ainda resmungava.
- Vem cá com a mamãe minha pequena. minha mãe me entregou ela e fiquei conversando com ela que fixou seus olhos em mim, cessando o resmungo.
- Um colo de mãe é tudo né? minha mãe disse.
- O melhor lugar. falei sorrindo e me sentei no sofá.
- Esses zoião preto não aguento, igual jabuticaba. ri do seu comentário.
- Pensei que seriam verdes, mas pelo menos uma coisinha você quis vir da mamãe Gi né bebê? brinquei com ela que ensaiou um sorriso pra mim.
Desmanchei.
- Mas eles mudam muito, ela pode ficar parecida com você com o passar do tempo.
- Eu sei, mas ainda acho que ela vai continuar sendo uma mini Rafaella.
- Depois vocês fazem a mini Gizelly ou o mini Bicalho.
- Vocês já estão planejando o próximo filho é? minha esposa perguntou chegando na sala.
- É que minha filha está falando que a Sofia é uma mini você, então depois vocês fazem a mini ou o mini ela. minha mãe disse fazendo Rafa rir negando com a cabeça.
- Pode ser pra daqui alguns anos.
- Alguns anos, mas não muito, não se esqueça que eu sou bem mais velha que você. soltei e ela me encarou erguendo a sobrancelha.
- Palhaça.
- É sério amor, você vai tá toda linda aí e eu uma idosa. falei fazendo um bico e ela gargalhou.
- O tanto que sua filha é dramática Márcia, por Deus.
- Estou vendo. minha mãe comentou rindo e se retirou da sala, dizendo que ia perguntar Berenice se ela precisava de algo.
- Vai dizer que eu tô mentindo.
- Tá exagerando. disse se sentando ao meu lado.
Sofia voltou a resmungar novamente e observei Rafaella abaixar a alça de seu vestido e abrindo seu sutiã.
- Está na hora de mamar né?
- Aham.
Passei Sofia para os braços de Rafaella, que segurou seu seio levando até a boquinha de nossa filha que prontamente começou a sugar.
Sorri.
- Eu amo tanto vocês. falei e Rafa me olhou sorrindo de volta.
- E a gente amo você, muito. ela disse.
- Só de pensar que amanhã eu volto a trabalhar, não queria não. murmurei.
- Vou ficar em boas mãos.
- Eu sei, mas é que me acostumei a ficar aqui com vocês duas.
- Eu também, Sofia e eu vamos sentir sua falta, mas estaremos aqui te esperando chegar.
- E eu contanto as horas para vir embora ficar com meus dois amores. disse beijando suavemente a testa da minha filha.
Permanecemos ali até Sofia dormir, a peguei e a coloquei no carrinho. Minha mãe fez um café pra gente, enquanto Berenice foi a padaria e retornou junto da minha sogra.
Fomos pra cozinha e compartilhamos um café da tarde tranquilo e alegre. Todas ali estavam nos ajudando muito, dividindo as tarefas para não ficar pesado para nenhuma das três.
E agora eu retornaria ao trabalho, precisaria delas para dar apoio a minha esposa.
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Minha Sofia. Aquela que desperta meu amor na sua forma mais pura. ❤️
