Cap 22 | Prêmio de Mônaco

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🏁 ... ɪᴛ's ʀᴀᴄᴇ ᴅᴀʏ!

ᴍᴏɴᴀᴄᴏ ɢʀᴀɴᴅ ᴘʀɪx  🇲🇨
ᴄʜᴀʀʟᴇs ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴠɪᴇᴡ

O Grande Prêmio de Mônaco estava chegando ao fim, a euforia cada vez mais presente enquanto eu me aproximava da linha de chegada. O público vibrava nas arquibancadas enquanto os carros cortavam as curvas apertadas e sinuosas do icônico circuito. Eu estava determinado a vencer, a trazer a glória para a Ferrari e para mim mesmo. E quando a bandeira quadriculada finalmente caiu, eu sabia que havia conseguido: eu tinha vencido o Prêmio de Mônaco. 

A emoção era avassaladora enquanto eu subia ao pódio, a bandeira da Ferrari tremulando acima de mim. Verstappen e Alonso também estavam no pódio, e trocamos olhares de respeito e rivalidade. Enquanto a multidão aplaudia e gritava, eu senti um misto de alegria, alívio e gratidão. Vencer em casa era um desafio, o nervosismo era inevitável. 

Procurei Alice em meio a multidão e a achei com facilidade, estava narrando a entrega dos troféus, a alegria era visível mesmo que de longe; a multidão a cercava e dançava em comemoração para a câmera, com certeza foi um momento memorável. 

O hinos tocaram e senti uma onda de gratidão por aquele momento. Pensei em meu pai, em Jules, todas as vitórias eu dedicava a eles. 

Jules, como eu sinto sua falta... Espero que esteja vendo isso.

Após a entrega dos troféus a agitação no paddock continuou, todos mais uma vez tentando partir o mais rápido possível. O tempo realmente era corrido desta vez, o prêmio da Espanha já era na próxima semana. 

Mas eu tinha tempo de comemorar, eu queria ficar com Alice agora. 

Eu estava cercado por jornalistas, fãs e membros da equipe, todos querendo uma parte do meu tempo. Mas no meio desse caos, meus olhos encontraram Alice em um canto afastado. 

Seu sorriso contagiante brilhava à distância, e eu sabia que ela estava feliz por mim. Caminhamos um pouco separados para longe dos outros, eu me aproximei, e antes mesmo de eu dizer qualquer coisa, ela correu na minha direção. Sem pensar duas vezes, ela pulou em mim com um grito de alegria, seus braços envolvendo meu pescoço.

— Charles, você conseguiu! Parabéns pela corrida! — Alice dizia com sua voz embargada em entusiasmo contagiante. 

Nossos corpos se pressionaram por um momento e eu a segurei com firmeza, sentindo a batida do seu coração.

— Você torceu bastante por mim hoje, não é? 

— Como eu não ia torcer pro meu namorado?

Namorado... Vibrei intensamente com aquele tratamento carinhoso, eu ainda não havia feito o pedido, estava planejando isso, mas já era dessa forma que ela me via... 

Ela deve ter falado sem pensar, já que sibilou alguma coisa em português que eu não entendia, e fez uma careta, se afastou ligeiramente, mas seus olhos brilhavam com emoção.

— Obrigado... É importante pra mim. 

— Eu sabia que você ia chegar em primeiro. — Suas bochechas coraram, aquela cor tinha se tornado a minha favorita. 

Sem pensar muito a guiei para o motorhome, tudo que eu queria era beijar aquela mulher. E assim o fiz assim que entramos e eu vi que estava vazio. O beijo foi suave e doce, uma celebração da nossa alegria compartilhada. Eu podia sentir a conexão entre nossos lábios, o calor da sua pele contra a minha. A guiei com cuidado até a bancada sem quebrar o beijo, em um movimento rápido a coloquei sentada ali, estávamos na mesma altura agora. 

Todo o barulho ao redor pareceu desaparecer por um momento, era esse o efeito que ela causava em mim. Mas, infelizmente, nossa alegria durou pouco. 

Nos separamos no momento exato em que a porta foi aberta. 

— Ai meu Deus! — Alice se assustou e tentou se esconder com meu macacão, me puxando. 

— Andrea! Que surpresa você aqui ainda! — Falei meio sem jeito. — Já está indo, não está?

— Charles! eu...- te vejo amanhã! — Ele saiu de novo, deixando o clima absurdamente pesado. 

— Ai meu Deus. Ai. CHARLES! 

Alice levantou e começou andar de um lado pro outro, com as mãos na cabeça e uma cara desesperada. 

— Ele vai contar pra alguém, Charles, tá tudo acabado! Ai... que vacilo! Sua burra! — Ela dizia enquanto batia as mãos na cabeça. 

Eu achei graça daquilo. Conhecendo Andrea, ele deve ter ficado surpreso sem dúvida, mas não contaria a ninguém. 

— Porque está fazendo essa cara? Não vê que isso é grave?! — Ela disse incrédula. Me aproximei e reivindiquei ela no meu abraço de novo. 

— O Andrea é uma pessoa que eu confio, não vai contar à ninguém, pode ficar tranquila. Eu só vou precisar abrir o jogo com ele agora. Mas estou dando graças que era ele e não outra pessoa. — Tentei tranquilizá-la.

Ela bufou assentindo, logo se acalmou. Nos sentamos no sofá de dois lugares na sala de descanso, deitei minha cabeça no seu colo, suas mãos descansando nos meus cabelos quando o telefone tocou no bolso do macacão, puxei e atendi antes mesmo de olhar o visor.

— Charles, aquela comemoração ainda está de pé? — Demorei um pouco para reconhecer a voz de Lando.

— Ah, eu já tava quase me esquecendo disso. Estou com Alice aqui, já vamos sair. 

— Você está com a Ally? Melhor ainda! Venham logo, antes que Pierre desista. 

Alice me olhou com curiosidade.

— Quem era? 

— Lando. Nós vamos comemorar hoje. 

— Comemorar aonde? 

— No meu iate, espero que tenha trago roupa de banho! — Levantei e ela fez uma careta. — Que foi? — Perguntei confuso. 

— Eu não sou muito fã de água... 

— Como assim? Eu vi você entrando no mar na Arábia. — Cruzei os braços. — Com aquele seu amigo. 

— Ah, isso... Espera, como você me viu? — Seu olhar era um misto de surpresa e curiosidade. 

— Eu também estava na praia naquele dia, bem, tecnicamente estava em um barco. 

— Isso é muita coincidência... 

— É, e você vai nadar comigo, Você entrou com o Rafael na água, acho que eu mereço isso também. 

— Como você sabe o nome dele? — Ela cruzou os braços. — Você estava me espionando!

— Hey, eu não estava, tecnicamente. Lando que me disse, eu pedi pra ele descobrir se você tinha namorado. Mas isso não vem ao caso agora, eu estou aqui com você e é isso que importa. — Abracei sua cintura depositando um beijo nos seus cabelos. 

— Sei... Então, Charles Leclerc, eu já vou indo, tenho que arrumar algumas coisas do trabalho se quiser que eu vá na sua festa no iate. — Alice deu um sorriso travesso enquanto se dirigia para a saída. 

— Te busco às três? 

— Três e meia. Em ponto. 

— Eu sou muito pontual. — Respondi convencido. — Principalmente quando se trata de você. 

Alice soltou uma risada fraca, mas musical para os meus ouvidos. 

— Até mais tarde, Charles. 

Ela saiu me deixando sozinho. Agora só tinha uma coisa que eu precisava resolver, e a noite seria perfeita.

Beyond The Finish Line | Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora