Capítulo Quatro

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A partir de agora será um capítulo contando sobre o passado deles e outro capítulo nos dias atuais.
Boa leitura ♡

- Comprei mochi!

  Apareci na porta da sala mostrando  uma sacola de mochi totalmente animada por meu irmão deixar eu comprar mochi mais uma vez.

- Eu não aguento mais gastar meu dinheiro comprando mochi para você. - Ele passou por trás de mim se sentando perto do Suguru e do Satoru. - Espero que Yaga não me coloque mais uma vez para ir em missão com você.

  Puxei uma cadeira para me sentar ao lado deles. Yuma, meu irmão gêmeo. Na maioria das vezes sempre era mandado para ir comigo em missões, rara era as vezes em que ele não era mandado comigo.
Segundo Yaga, a gente era o completo certo um do outro, ele a tranquilidade e observador para saber direito o que se deve fazer e eu a que apenas vai direto e sem medir esforços algum, com meu irmão do lado, ele sabia me controlar um pouco.

- Você sabe que é bem raro ele não deixar vocês irem juntos. - Suguru comentou olhando para meu irmão, que estava sentado de forma desleixada na cadeira.

- Ainda sim, prefiro ir com vocês do que com ela. Parece uma esfomeada à cada final de missão.

Dei língua para ele que devolvou também, voltei minha atenção para meu mochi que quando abri a sacola a mão de Satoru já foi em direção de um mochi de morango para pegar, bati na mão dele.

- Você reclama de mim mas quando esses galinhas te chama pra sair você rapidinho vai. - Os olhos de Satoru e Suguru pareciam uma arma apontada para mim quando eu os chamei de galinhas. - Aonde está a Ieire?

- Em algum canto por ai. - Satoru respondeu e roubou o meu mochi, comendo em seguida. Como um castigo, dei um pequeno choque nele. - Ai!

- Isso por roubar meu mochi. - Sorri. - Vocês estavam discutindo sobre aquele assunto de novo?

- Eu não diria discutir. - Satoru apoiou o braço na mesa.

- A gente nem discute. - Suguru deu de ombros.

- Aharam sei... - Eu e Yuma falamos ao mesmo tempo.

- Mas e então vocês vão com a gente para casa? - Suguru perguntou. - Já fazem uma semana que vocês não voltam para sua casa.

   Eu fiz uma careta em desagrado pela pergunta. Minha família tem se tornado mais rígida do que eu podia lembrar. O peso sobre mim de se tornar a líder da família começava a cair sobre meus ombros e eu já não estava suportando lidar com isso e infelizmente por conta de eu não voltar para casa para aprender de fato as coisas de família, estavam à cobrar de meu irmão que também parou de voltar para casa.

- Se fosse possível eu nem voltava pra lá...

- Você não é a " abençoada pelos deuses " ? Por quê não bota logo ordem naquele lugar? - Satoru deu um peteleco em minha testa fazendo eu o olhar indignada.

- Não é bem desse jeito que você pensa, Satoru. Eu não sou igual à você. - Respondi ignorante enguanto massageava o lugar que ele deu o peteleco.

- Isso mesmo! Eu sou mil vezes melhor que você. - Revirei os olhos. - Mas você também deveria se esforçar para ser melhor que eu e agir como a pessoa que de fato todos lhe chamam.

   Decidi não encarar Satoru. Sabia que ele estava certo, eu sou muito fechada na minha e muitas das vezes acabo sempre acatando as ordens dos superiores mesmo eu demorando para fazer essas ordens, no final, eu sempre acabo fazendo e naqueles dias eu estava fugindo daquilo que era o meu destino e não estava nem um pouco me importando quando eu voltaria para aquela casa.

- Oh... Vocês voltaram.

Todos nós olhamos na direção da porta vendo Ieire entrar na sala, em seguida puxar uma cadeira e se sentar ao meu lado.

- Como foi a missão?

- Então...

(...)

- Eu não vou perguntar nada, Elis.

- Ah qual é! Eu sempre faço tudo que você me pede e no final quando eu quero que você faça algo por mim, você desdobra e nunca faz.

- Você tem noção do quê você tá me pedindo? - Questionei começando a ficar irritada.

  Elis, minha prima. Tem uma grande quedinha por Nanami Kento, do mesmo ano que ela mas infelizmente a garota é tão tímida que não consegue nem conversar com ele direito. E essa discussão na qual eu e ela estamos é tudo para que eu pergunte à ele sobre qual garota faz o tipo dele.

- Isso não é coisa que eu pergunte, eu nunca perguntaria isso, talvez outra pessoa pergunte mas eu não.

- Você conhece ele. Ele está quase sempre com você, o Yuma e os seus amigos.

- E você deveria também estar com a gente. - Ela parou de falar me encarando com aqueles olhos de cachorro abandonado. - Tanta das vezes que chamamos você para estar com a gente e você sempre se reclusa, sabe... é difícil também para eles ficar próximo de você.

  Minhas palavras foram como uma faca para ela, eu sabia disso. Mas eu precisava falar aquilo para ela. Muitas das vezes somos sempre compreensível com pessoas tímidas e ao mesmo tempo sempre tentamos coloca-las perto da gente e nós percebemos quando eles gostam de estar com a gente e quando eles não gostam. Com a Elis, sabíamos que ela gosta de estar com a gente mas as vezes ficamos confusos sem saber se de fato ela gosta, pois há momentos e momentos.

  Percebendo o quanto ela havia ficado reflexiva com as minhas palavras e talvez pensando demais em tudo. Me aproximei dela tocando em seus ombros.

- Não quero que mude sua personalidade por causa que os outros te aceitem ou algo do tipo. Meu único desejo é que você se aproxime mais da gente, tenta só um pouco...

  Ela balançou a cabeça afirmando e em seguida sorriu.

- Sei que sou tímida demais e preciso mudar isso, acho que não faz mal tentar, né?

- Isso mesmo.

- Mas quanto ao Nanami, sabe, eu...

- Eu vou tentar fazer vocês viraram amigos ou até mais que isso mas não vou pergunta qual o tipo dele.

- Você é tão chata.

- Eu sei disso.

Power { Satoru Gojo }Onde histórias criam vida. Descubra agora