Capítulo Dezoito

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  Não foi nem um pouco difícil para mim aparecer naquele lugar em específico. Era a coisa mais fácil do mundo para mim, assim como também levar outra pessoa no meu teletransporte.

- Relatório.

- AH! - Olhei para Akemi que gritou ao escutar  a minha voz.

- Não sei como é um feiticeiro tomando um sustinho desses.

- Você apareceu do nada, quer o quê? - Ele quase gritou e eu revirei o olhos.

- O quê tá acontecendo? - Elis perguntou do meu lado.

- Você também veio? Que interessante. - Megumi olhou para Elis. - O Itadori ainda está lá dentro e ele deixou que o Sukuna tomasse o controle do corpo dele.

- A maldição era de nível especial. - Akemi acrescentou.

- Interessante. - Murmurei. - Faz muito tempo que ele está lá?

- Acredito que sim. - Megumi respondeu.

- Elis, leve eles. - Mandei. - Deixa que daqui eu me viro.

- E quem disse que eu vou deixar vocês saírem sem se despedir?

  Olhei para trás da gente vendo Itadori. Na verdade era somente o corpo de Itadori pois agora quem estava no controle era Sukuna.

- Não sabia que a gente precisava se despedir de você. - Falei com um sorrisinho brincalhão. - Eu já ia ter uma conversinha com você, Sukuna.

- Não temos nada para conversar.

- Ah, deixa disso. - Soltei uma risadinha. - Precisamos nos conhecer melhor, sabe? Sermos amigos.

Pisquei para ele que fez uma careta de desagrado. Toquei no ombro de Elis e a deixei próxima de Akemi e Megumi que ao se encostarem os mandei de volta para o colégio, deixando ali somente eu e Sukuna.

- Agora sim podemos conversar.

- Os mandou de volta para que eu não os atacasse? - Ele deu um sorriso malvado.

- É óbvio que sim, não deixaria você tocar facilmente nos meus protegidos. Aliás você já deveria ter dado o controle para o Itadori não é mesmo?

- O garoto não vai voltar.

Seu sorriso maléfico aumentou e eu soltei uma risada alta fazendo ele ficar confuso.

- " O garoto não vai voltar " - Repeti sua fala ainda rindo. - Que mentira Sukuna. Nós sabemos que ele volta.

- Está muito enganada. - Ele inclinou sua cabeça para o lado parecendo irritado. - Eu não quero ficar aqui parado batendo um papo com você como se fossemos amigos. Me mostre se você de fato é a abencoada pelos deuses.

Sorri com seu desafio e esperei que ele viesse me atacar mas ele não o fez.

- Oh! - Bati a mão na minha testa assim que entendi. - Você quer que eu ataque? Desculpa, sou um pouco lerda às vezes.

- Chega de brincadeiras.

  Em um piscar de olhos Sukuna estava vindo com tudo pra cima de mim e eu me manti parada no meu lugar e assim que seu pulso ia vindo na direção do meu rosto a barreira o impediu de fazer isso o lançando para vários quilômetros longe de mim. Teletransportei para perto de onde ele havia parado.

- Sabe... tolinhos são aqueles que pensam que podem me tocar de forma fácil. - Cruzei os braços. - Eu tinha uma barreira protetora que além de me proteger também serve como um karma instantâneo para aqueles que querem me fazer o mal. Se você jogasse alguma coisa afiada em minha direção, essa coisa iria acertar na barreira e voltar para você consequentemente te acertando mas como você veio com tudo querendo me acertar com soco, você foi lançado o mais longe possível de mim.

Observei Sukuna se erguer do chão e vim novamente para cima de mim. Entediada com aquilo apenas decidi fazer algo que com toda a certeza Sukuna odiaria.

- Ajoelhe-se.

E com apenas essas palavras ele se ajoelhou perante mim. Um sorriso vitorioso apareceu em meus lábios enguanto apreciava os olhos arregalados de Sukuna tentando lutar contra a força do meu comando.
Dei alguns saltinhos felizes e bati palmas alegre.

- Eu sabia que você odiaria isso, tô vendo isso pelo seu olhar!

- Me tire dessa situação sua vad...

- Hã? - Me aproximei do rosto dele. - Sua mãe não lhe ensinou bons modos Sukuna? Não se deve falar deste jeito com uma dama.

Sentia o olhar de Sukuna queimar o meu rosto enguanto eu ainda mantinha meu sorriso em minha face.

- Com apenas uma palavra consegui fazer você se ajoelhar para mim e olhe que nem estou usando cem por cento de todo meu poder. - Soltei uma risada. - Sempre modero meu poder sabe? Se eu usasse cem por cento, eu acabaria com o mundo.

- Você é tola por ter tanto poder dentro de si e não fazer todo o mundo obedecer à você. - Ele olhou para mim.

- Você me lembrou meu pai com essas palavras. - Meu sorriso sumiu de meu rosto. - Eu sei que posso fazer isso mas eu não faço porque não vejo graça nisso. Com o tempo, governar o mundo ficaria chato e também não tenho a menor paciência para isso.

  Respondi simples deixando-o surpreso com minhas palavras.

- Agora deixe o Itadori voltar.

Liberei Sukuna do meu comando e assim que ele percebeu que estava livre novamente sua mão foi em direção ao coração de Itadori o retirando do lugar. Fiquei surpresa com a sua ação observando o coração do garoto em sua mão.

- Ele não vai poder voltar sem isso.

- Seu...

Fui para cima de Sukuna que nem sequer esperou para que eu tocasse nele. Ele se esquivava de meus ataques com tamanha facilidade mas não esperei que ele tivesse essa facilidade para sempre, em um golpe consegui acertar um soco em sua cabeça que o fez voar para longe parando apenas na parede da prisão.
Não esperei para que ele se movesse e apareci em sua frente agarrando seu pescoço com uma das minhas mãos, minha outra mão estava aberta e dela saía uma luz branca. Era uma ação arriscada mas eu estava desejando que aquele homem saísse do comando.

- Suas últimas palavras?

   Sukuna não me disse nada e eu apenas senti o clima mudar e não parecia mais que Sukuna estava ali. Fechei a minha mão e afrouxei o aperto no pescoço dele, os olhos que estavam fechados se abriram e me encararam, ele olhou para seu peito e voltou sua atenção para mim.

- Acho que aconteceu muita coisa enguanto eu não estava no controle. - Ele riu. - Acredito que a sensei conseguiu controlar a situação.

- Não me chame de sensei, Yuji.

- Não? - Ele pareceu pensar um pouco. - Diga ao Megumi, Nobara e Akemi que vivam bastante.

- Você não precisa se preocupar com eles. - Sorri.

- Eu acredito que não.

  E assim ele começou a perder a consciência e iria cair no chão mas eu o peguei antes que atingisse o chão. Olhei para a face de Itadori o obervando e uma idéia surgiu em minha cabeça, uma que eu nunca havia tido coragem para executar e no momento eu acreditava que poderia executar mas antes precisava falar com ele. 

- Não vou deixar você ir tão cedo, garoto.

Power { Satoru Gojo }Onde histórias criam vida. Descubra agora