Capítulo Doze

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  Autora Narrando

Os dias pareciam, na concepção de Naomi, se passar da forma mais rápida possível, logo quando a única coisa que ela queria era que passasse o mais lento possível para que não precisasse ver a cara dos integrantes do clã Nakamura. Ela deixou de voltar para casa e já havia avisado por Yuma que não voltarei até o dia da reunião e ele assim levou o seu aviso que pelo visto seu progenitor não se importou.

Naomi estava debaixo de uma árvore, cuja está árvore agora era considerada por si mesma, a sua árvore, já que sempre que queria um lugar para ficar sozinha era para lá que ela iria.
Desta vez ela não esperava que nenhum de seus amigos aparecessem ali pois Suguru e Satoru foram mandados em uma missão juntos algo como proteger uma garota do plasma estelar, algo do tipo do qual ela não se importou muito em querer saber pois sua cabeça estava ocupada demais pensando na reunião que seria no dia seguinte e Yaga por saber disto e agora de seu título importante no clã Nakamura deixou-a de fora desta missão deixando apenas vagando pelo colégio sozinha.

Shoko havia se metido em algum canto do qual ela nem sequer fazia idéia de onde estaria mas sabia que a amiga também queria ficar sozinha então se limitou a ficar em seu canto pensando em diversas formas de como faria aquela reunião e de como falaria, de como agiria. Não podia negar que estava nervosa, ansiosa e com certo receio aliás ela estaria trazendo uma enorme revolução ao clã Nakamura e com toda certeza eles achariam ruim de suas decisões mas ela tentava acalmar sua mente de que não era para ela se importa com eles quanto à isso.

- Então esse é o lugar que você vem se esconder?

  Tirou sua atenção do céu para olhar Elis, sua prima que estava com um sorriso em seus lábios.
Naomi olhou ao redor, não seria bem um esconderijo pois à árvore ficava de frente ao campo de treinamento e quem passasse de longe ou estivesse treinando à veria ali.

- Se quem passar por aqui for cego e não me ver aqui, eu diria que é um ótimo esconderijo.

Elis deu um empurrãozinho no ombro de Naomi fazendo a rir, sua prima sentou-se no seu lado.

- Milagre você não estar na missão junto com o Geto e Gojo. - Elis comentou.

- Yaga preferiu me deixar planejando o meu dia seguinte.

- Ah... é sobre você ter se tornado a líder da família.

- Infelizmente. - Ela suspirou.

- Eu pensava que você continuaria batendo o pé, certa de que nunca aceitaria ser a líder daquilo que você tanto odeia. - Elis comentava seus pensamentos olhando para o campo que agora estava aparecendo alguns alunos para treinar.

- Eu preferia continuar desta forma mas o nosso avô morreu por minha causa e bem... eu não vi outra forma à não ser aceitar.

- Achava que você procuraria outra desculpa melhor para isso, Naomi.

- Você me conhece tão bem... - Novamente suspirou e focou sua atenção para uma bolsinha que estava nas mãos de Elis. - O quê é isso?

- Ah... são mochi! Yuma comprou e pediu para dar à você para que você tivesse um pouco de ânimo.

  Naomi pegou a bolsinha um pouco surpresa pois seu irmão gêmeo desde o dia em que havia mudado seu lado não havia conversado com ela da forma que deveriam conversar e estavam agindo como meros estranhos, o que fazia Naomi ficar decepcionada e às vezes ansiosa para que seu irmão viesse conversar com ela e quando ela tentava conversar com ele, ele simplesmente virava as costas.

- Sério mesmo? - Um brilho apareceu nos olhos de Naomi, não estava acreditando que seu irmão tiverá a consideração de comprar-lhe uma de suas comidas favoritas. - Diga à ele que eu agradeço.

- Por quê você mesma não faz isso? - Perguntou inocentemente.

- Você mesma já presenciou como estamos... ele nem sequer olha em minha cara direito.

- Sabe... eu entendo o lado dele. - Ela começou. - Ver sua irmã mais nova pegar o seu lugar que é direito simplesmente porque ela é mais forte do  que você, é bem chato.

- Eu nunca quis isso.

- E ele sabe disso. - Ela voltou sua atenção para olhar no rosto de Naomi. - Mas agora seu pai fez questão de mudar a mente dele, manipula-lo e agora bem... ele tá do jeito que tá mas mesmo assim não deixa de se preocupar com você.

Ela apontou para os mochi.

- E aqui está a prova. Deixe que ele venha até você, não insista. Ele vai voltar a falar com você.

Ela sorriu se sentindo mais aliviada com suas palavras.

- Você vai estar lá? - Naomi questionou.

- Estarei esperando você fora da porta de reuniões. - Ela segurou a mão de Naomi apertando. - Vamos sair para nos divertir e tentar não pensar novamente na merda que é nossa família.

- Você é tão preciosa, Elis. Fico tão triste que você tenha nascido na mesma família que eu. - Naomi fez um bico triste fazendo Elis rir.

- Se eu não tivesse nascido na mesma família em quem você poderia se apoiar? - A pergunta fez Naomi refletir um pouco. - Isso mesmo, então fique feliz.

  Naomi abraçou Elis. Agradecia aos céus por ainda ter alguém em sua família que de fato fosse confiável e que ela podia contar em tudo, agradecia por Elis existir.

(...)

O dia havia chegado e Naomi não podia deixar de transparecer sua ansiedade e nervosismo mas assim que adentrou as portas da sala de reunião e apenas pensou no quanto aquilo mudaria a vida de seu irmão mais novo todo seu nervosismo e ansiedade foram por água abaixo.

- Então, vamos começar...

- Você de fato é qualificada para ser a líder da família?

  Um dos anciãos de sua família questionou com um sorriso debochado em seus lábios.

- Nunca concordei com seu avô sobre você ser a líder da família, uma garota estúpida, desajeitada e...

  Brasas de fogo começaram a aparecer apartir dos pés do velho que aos poucos foi o consumindo por inteiro até não sobrar nada mais que cinzas.
Naomi apoiou seus braços sobre a mesa e uma pressão súbita apareceu no ambiente, todos sentiam como se quinhetas tonelas de puro concreto estivesse em suas costas. Naomi levantou sua cabeça com um sorriso gentil em seus lábios.

- Eu sou a Naomi Nakamura líder do clã Nakamura, a abençoada pelos deuses, usuário do Poder Divino e com isto eu exijo respeito e nada menos. - Seu sorriso aumentou ao ver a cara de espanto e ódio de cada um presente, sentia o medo. - Se não obedecerem à mim acabarão como ele.

Ela deu um olhar singelo para a cadeira que antes habitava o velho ridículo. Ela não queria começar com uma reunião daquela forma mas seu ódio por cada pessoa de sua família era maior e ouvir as palavras que saiam daquele velho fez seu ódio aumentar. O sorriso gentil continuava em seu rosto.

- Vamos começar?

Power { Satoru Gojo }Onde histórias criam vida. Descubra agora