Power { Satoru Gojo }

Capítulo Vinte e Cinco

- Oh... então eu acertei o lugar.

Adentrei o lugar escuro que ao fundo pude ver um garoto em uma banheira e ao meu ver parecia um monte de cabos ligado à ele e seu corpo estava em volta de bandagens.

- Você é o Mechamaru? - Questionei caminhando em passos calmos até ele mas parei de caminhar.

O garoto estava desconfiado e me olhava de cima à baixo mas assim que seus olhos novamente se levantaram para o meu rosto eles se arregalaram.

- Você é a Naomi Na...

- An, an! Nada desse sobrenome, pelo amor de Deus! - Mechi minhas mãos freneticamente mostrando que não era para ele continuar. Coloquei minhas mãos nos bolsos de minha jaqueta e sorri para ele. - Que bom que já me conhece, não preciso me apresentar.

- Seria difícil não saber a existência da mulher que seu poder se iguala ou é até mais forte do que Satoru Gojo.

- Se iguala? - Fiz uma careta. - Tantos anos lutando e ainda falam " se iguala ao Satoru Gojo ", que deprimente.

- Mas eu disse que é até mais forte.

- É eu sou mais forte. - Sorri presunçosa.

- Não pensava que você tinha um ego tão grande. - Ele me olhou julgador e eu ri.

- Desculpa, acabo sendo assim com pessoas que acabei de conhecer. - Me recompus. - Mas ainda sim mais forte.

- Como me achou?

- Foi fácil.

Realmente, muito fácil.

Eu iria pelo endereço que encontrei na ficha de aluno dele mas algo dentro de mim dizia para que eu usasse meu poder para localiza-lo e um pouco temerosa resolvi seguir o meu instinto. Fiz a mesma coisa quando encontrei o Nanami e Itadori lutando com aquela maldição filha da puta, ainda tenho um ódio extremo por ela, quando a encontrar farei questão de torturá-la.
A diferença do momento quando encontrei o Nanami e Itadori foi que eu foquei apenas em encontrá-lo o que foi muito fácil.

- Não sei porque perguntei...

- Não sei mesmo mas eu te perdoo.

  O garoto manteve seu olhar sobre mim e eu sorri.

- Vamos bater um papinho?

(...)

- Você esteve sumida a manhã inteira, devo me preocupar?

- Não.

- Ok.

Olhei para Elis que estava sentada na cadeira comendo um pão e tomando seu café. A observei melhor nesta manhã; uma roupa maior que seu corpo, cabelos estranhamento bagunçados e um levantar no canto dos lábios que mais parecia um sorriso quase imperceptível mas que eu notei, além de que seus pensamentos pareciam melhores do que o agora.

Normalmente se eu não aparecesse nos dias de quarta para tomar o café juntamente com ela, ela surtava, faria um maior barraco mas agora ela estava ali... plena, calma, tranquila...