23 - Pesadelo

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Me enrolei ontem e não teve como postar capítulo, ceeees me desculpem kkkk 🤓

Me enrolei ontem e não teve como postar capítulo, ceeees me desculpem kkkk 🤓

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Maraisa:

Mesmo que fosse ainda um feijãozinho, era meu filho, era um ser que eu estava gerando, e já era amado por mim.

Ele ou ela se foi, se foi sem que eu o conhecesse.

Nunca imaginei que eu pudesse sentir tanta dor, e nem e dor pela agressão que sofri, e sim dor de ter perdido meu bem mais precioso.

Me sinto vazia, desesperada, angustiada, triste, agitada, tanto na alma quanto no coração, que não passou nem quando eu dormi. Parece que estava vivendo um pesadelo acordada. Estava sentindo tudo dentro de mim, e eu ainda não consiguia colocar tudo pra fora.

Dormi noite passada com auxílio de medicamentos, sem ajuda deles sabia que não conseguiria nem pregar os olhos.

Soube que havia amanhecido pela claridade que entrava pela janela do meu quarto de hospital. Marília estava em uma poltrona confortável ao lado da cama, que mesmo assim ela dormia toda desajeitada, e sua mão entrelaçada com a minha.

Noite passada conversamos sobre algumas coisas e uma delas é que Marília quer que eu vá pra casa, pois quer cuidar de mim, ela insistiu, eu acho que seria bom pra mim, além do mais estar na casa onde tudo aconteceu deixaria tudo muito pior, então aceitei. Iríamos remarcar alguns shows, e ter que adiar o lançamento do nosso projeto juntas. Pois fraturei a coluna e vai levar um tempo pra estar totalmente boa. Falei pra ela que não precisava ela remarcar nada pois eu poderia arrumar alguém pra me ajudar, minha mãe queria que eu fosse pescada dela, Maiara também queria cuidar-se mim, só que Marília fez questão.

Eu ainda não sabia se a mídia estava sabendo, se o público estava sabendo, Marília e eu não conversamos muito sofre o acontecido, sinto que ela tá me dando o tempo que eu preciso pra absorver tudo.

Vai ser difícil superar isso tudo, essa dor, sei que talvez demore.

Fiz um carinho com os dedos na mão da Marília.

— MARAISA? — Se assustou e me olhou — Você tá bem? — Pensa um pouco — Que pergunta idiota, e claro que você não tá bem.

— Tô bem que você está aqui comigo.

— Você conseguiu dormir um pouquinho? — Pergunta.

— Consegui, por causa dos remédios.

— Oh meu amor. — Me beija a testa.

— Ainda acho estranho você me chamar de "meu amor"

— Não gosta? Eu eu posso...

— Eu gosto muito, Marília — Respondo antes dela terminar de falar.

— Que bom porque você é o meu amor — Sorriu.

Marília me fazia me sentir um pouco melhor, isso Deus e o universo sabem de todas as coisas, acho que sem ela seria um processo quase impossível. Marília me faz me sentir segura. Amada. Mesmo por tudo que passei, algo me diz que Marília e a pessoa certa pra mim. Eu sei que é clichê. Só que algo me diz.

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