capítulo 22

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Beau

     Eu resolvi o problema do boato, e o Blake foi expulso porque supostamente, magicamente imagens do jogo que eu arruinei a vida um jogador não era pra ser minha culpa que eu o Blake quebrou o fêmur do jogador adversário. Ele pagou para alguns funcionários para que ele não saísse como o culpado.
     Eu estou...bem? Não. Ariella se trancou na casa dela e não me deixa ver ela. Ela...chorou muito aquele dia e meus pais também estão querendo me ver. Por isso no natal vou para casa e vou ter falar com eles. Minha irmã já sabe de tudo porque ela esteve aqui junto com o pai do Dean.
   Mais estou suspenso da temporada. Querendo ou não eu deixei Blake em coma. O que mão me deixa bem para os outros times profissionais o que não garante que eu vá virar profissional. Mas...eu tenho meu plano B. Lidar com só negócios da família e isso é quase meu já.

     Chego até a porta e ela está entreaberta o que me deixa preocupado porque ela sempre tranca a porta como se o próprio Satan viesse atrás dela. Entro e olho ao redor nada, nem barulho nada. Ando até a sala e lá está, ela está no chão. Corro até ela e noto que está com uma sacola de farmácia em mãos, está com febre, febre pra caralho, hospital?  Não, ela não curte esses lugares. Eu sei cuidar de alguém doente ou pelo menos penso que sim.

   Pego ela no colo e levo ela até o quarto, abro as janelas e fecho as cortinas, retiro a roupa molhada dela e ela está quente demais. Sento ela e tento acordá-la.

— Ari...— Digo e ela abre os olhos quase nada pouca coisa. — O remédio.

    Tento dar a ela de forma natural, mas não rola, então coloco a força na boca dela e ela engole, já que não pode cuspir, porque é minha boca aqui.  Assim que coloco, pesquiso no Google as melhores opções para febre. Então pego um lenço térmico que ela mesmo comprou para colocar na testa. E já coloco, um na testa e outro na nuca. Ela está tossindo. Olho sutilmente pata o banheiro e está molhado, ela ficou já banheira a noite toda? Espero que não.

— frio. — Ela se encolhe.

     Tento manter a calma e limpar o suor dela e colocar algo para ela não suar tanto, então assim que está vestida, e sem problemas adicionais, sento ao lado dela.
   Vai ser foda, amar alguém que não sabe o que é o amor. Achava que todo mundo já recebeu amor na vida. Mas parece que a Ariella não. Como aquela vadia poderia dizer que ela não vale nada. Se ela estivesse viva eu mataria ela. Olha para essas olheiras e essa palidez. Não quero comentar sobre esses hematomas. Quão forte tem que bater em alguém para que hematomas inflamem e nunca sumirem.

— Dói...— Retiro o cabelo suado do rosto e ela começa a gemer de dor. — dói...

— Eu sei amor...— digo baixinho — Fica calma, já vai passar.

— Tá doendo...— Eu não gosto disso. Ela está sofrendo muito porque não merece. Sofre por mim inferno.

— Shiiii.....— digo tentando acalmar ela. — eu sei que está doendo...já vai passar...

— Dói...minhas costas doem. — Não tem nada nas costas dela. Então o que está doendo? Será que é interno?

Passo os dedos pelas costas dela e ela grita de dor.

— Dói! — ela diz entre dentes. — Não me bate mais...por favor.

      Que droga. São dores da fantasmas, eu já vi isso. Geralmente quando se tem trauma o local dói, não é porque está machucado e porque está traumatizado.

Que ódio!

~~~~×~~~~

     Ao que parece quando ela está no meu colo ela não chora, ela dorme, isso deve ser bom né? Significa que ela está segura. Pego meu telefone e vejo as mensagens do time algumas dos caras e algumas garotas. Desligo e volto com minha atenção totalmente nela. A temperatura dela abaixou mas a palidez do corpo dela está aqui ainda. Já é tarde então não vou voltar para casa.  Eu gosto de passar tempo com pessoas que eu gosto e a Ariella sem sombra de dúvidas da no topo da porra da lisa.

— Está doendo...,— Ariella murmura baixo.

— Não está não. — Dou um beijo no topo da festa da e ela continua em paz. — Já vai passar...

~~~~×~~~~
Ariella

Meus olhos lutam para abrir e quando eles abre estou presa, não presa dentro do meu quarto, estou presa entre braços e pernas de Beau Maxwell. Minha roupa não é a mesma também e meu cabelo está parcialmente arrumado. O que significa que ele estava aqui.  Desde Ontem? Não me lembro de muito, mas me lembro de sonhar com minha primeira surra. Algo Assim.
        Encaro o teto do meu quarto, não sei o que eu estou fazendo aqui, tudo que mais fiz desde que cheguei foi fugir de confusão mas parece que a própria confusão quer que eu esteja envolvida com ela.

      Ele quase ficou preso por minha causa, e  Blake está no hospital até hoje, eu supostamente fui ver algumas coisa e encontrei ouro. Então ele foi expulso da faculdade e o Beau não.

    O que me deixa furiosa é que eu não consiga me vingar dele. Não expulsando ele ou fazendo a vida ser um lixo. Isso não é vingança é covardia. Quero me vingar com minhas mãos, queimar algo, desmontar a vida perfeita dele com uma bicuda. Eu preciso disso, e eu acho que esse cachorro que me abraça agora não vai me deixar fazer isso a não ser que ele não saiba. E ele não vai saber, não tenho que contar nada para ele. Afinal não temos nada.

   A quem eu quero enganar, eu quero ficar com ele. Mas não posso. "Querer não é poder" essa é a fralda que me guiou por toda minha vida enquanto eu não quero nada, não me ferro e perco algo importante. E eu estou viva e parcialmente dona da minha vida por causa disso.

    Olho para os olhos dele fechados a boca minimamente aberta e a respiração leve e calma, ele deve ser filho de um Deus para dormir com um demônio e não estar em alerta. Enfio o dedo na bochecha dele e ele solta um gemido intraduzivel. Então ele aperta mais se agarre em mim e meu está no peitoral dele e minhas mãos também, levanto a cabeça e ele parece estar dormindo bem demais me dá raiva. Aperto o nariz dele e ele acorda com o susto, segura minha mão e coloca entre o nariz e a boca e da um beijo.

— Está melhor? — ele pergunta com a voz rouca pelo tempo sem fala.

— Você está com bafo. — Digo e ele solta um riso contido.

— acabei de acordar é óbvio que estou. — Ele diz se enrolando em volta de mim como uma cobra. — Bom dia.

— Bom dia o caralho. — Digo tentando sair do agarre dele. — O que está fazendo na minha cama?

— Você está doente. — ele diz colocando o peso em cima de mim e ele é pesado para uma porra. — Eu fiquei preocupado.

— Dormisse no chão então. — Digo batendo as pernas para sair do agarre dele.

     Ele deixa a cabeça cair em cima do meu busto e volta a dormir, vou ser esmagada. Puta merda.

it's mineOnde histórias criam vida. Descubra agora