A decisão de S/n

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Estava na moto com Dylan, ele estava em alta velocidade e eu estava com meus braços envolvidos na sua cintura, abria meus olhos a cada dez segundos só pra tentar me localizar, mas estava morrendo de medo. Paramos no pier da praia, estava anoitecendo e o céu estava alaranjado, era lindo.

-uau, que incrível. -digo me escorando no parapeito.

-Nunca veio aqui? -Dylan diz se escorando ao meu lado.

-Não, nunca fui a lugar nenhum na verdade. -digo escorando minha cabeça em meus braços.

-você não é muito de sair né campbell? Nunca te vi por aí. -Dylan pergunta.

-Não, meu pai nunca me deixou fazer nada...desde que nos mudamos pra cá piorou. Consegui fugir pra ir no shopping e em uma festa uma vez. -digo olhando o horizonte.

-Ah...Saquei, bom então é seu dia de sorte. Me considere sua fada madrinha. Vou realizar seus desejos essa noite. -Dylan diz sorrindo.

-porque tá fazendo isso? -digo confusa.

-o que? Tentar você ser feliz? -Dylan responde.

-É...você nem me conhece. Porque me trouxe aqui ou quer me levar pra sair? Não entendo...-digo balançando a cabeça.

-é você é muito desconfiada. Você precisa espairecer um pouco Sn, disse que era o robô do seu pai, tá na hora de pifar o sistema e fazer o que quer. -Dylan diz animado.

-não tenho nada pra te oferecer em troca. -digo saindo dali.

-Eu não pedi nada! Fadas madrinhas ganham algo em troca? -Dylan diz confuso.

-Você não é uma fada, tá mais pra um leão querendo cercar sua presa. -digo rindo.

-meu objetivo não é comer você, se é isso que pensa.

Suas palavras maliciosas e tranquilas me deixaram sem jeito, senti minhas bochechas avermelharem.

-ou relaxa, era brincadeira. -Dylan fala.

-Tá bom Dylan, eu aceito sair com você. Mas quero tomar um banho antes. -digo cruzando os braços.

-ok senhorita! Vamos pra sua casa então. -Dylan diz pegando os capacetes.

Fomos pra minha casa e fui para o banho, Dylan ficou escorado no lado de fora ouvindo o que eu estava contando, falava sobre o que tinha acontecido nos últimos dias, testamento, DNA, rivalidade, amor impossível, todos as coisas que me atormentavam.

-o que é isso? -digo saindo do banho de roupão.

-o que você vai usar essa noite. -Dylan responde.

-aonde pegou isso? Como achou? -digo tirando das mãos dele.

-você esconde do seu pai suas roupas sensuais? É claro! Ele é maníaco né. -Dylan diz rindo.

-mais ou menos isso, mas eu não vou usar isso. -digo largando a roupa na cama.

-que? Porque? É daora. -Dylan diz.

-é muito curto e colado e decotado e...-digo sem parar.

-tá tá, pera aí. -Dylan diz me interrompendo.

-o que tá mexendo aí menino? -digo cruzando os braços.

-Aqui, põe isso por cima e vai ficar daora. Vamos logo que já são quase nove da noite, você é muito enrolada. -Dylan diz se sentando na cama.

Fui para o closet e coloquei a roupa, me sentia realmente muito bonita, não sei porque mais o Dylan estava sendo gentil e bondoso comigo, não sabia as intenções dele. Mas quer saber nem ligava, queria sentir algo que me fizesse lembrar que eu estava viva.

Amor impossível Onde histórias criam vida. Descubra agora