fugindo para liberdade

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Os dias foram passando e a cada dia eu ficava mais nervosa, estava evitando os meninos logicamente, porque meu pai até podia não estar na cidade. Mas ele devia ter olhos por aqui! Hoje é quinta feira, nove da noite e eu estou na sala assistindo filme, meu pai chega sábado e nos vamos embora sexta. Minhas coisas já estavam arrumadas no quarto, apenas uma mochila com algumas peças de roupas, saquei o dinheiro dinheiro meu cartão, pois sabia que meu pai bloqueará ele novamente quando não me ver aqui. Estou com dois corações, sei que ele foi rude, rigoros e estúpido esses anos todos, mas foi minha única fonte de amor paterno...cuidou de mim (da forma dele) e me ensinou tudo que sei hoje...não poderia ser ingrata ao ponto de dizer que ele nunca fez nada pra mim. Deixar a Eva, o benny...minha base pra ter suportado todos esses anos. Sempre me apertava o coração só de imaginar...mas vai ser como tem que ser.

-oi...-benny diz se aproximando com as mãos no bolso.

-oi. -digo sorrindo gentilmente.

-posso sentar? -ele diz me olhando.

-claro! -respondo.

-que filme é esse? -benny diz olhando pra TV.

-para todos garotos que já amei. -respondo.

-é sobre o que? -benny pergunta.

-sobre todos os garotos que ela já amou. -digo rindo.

-engraçadinha, vai fugir com o kaulitz? Pretendia contar? -benny diz olhando pro filme.

-c-como sabe? -digo preocupada.

-ele me disse, quer que eu leve vocês. -benny responde.

-benny, eu sinto muito por ter dito aquelas coisas pra você aquele dia, não deveria ter sido rude com você. Já que sempre me protegeu, eu sei que é errado, mas não vou voltar a trás da minha decisão. Vamos fugir. -digo olhando para ele.

-não vim te impedir, vim me despedir. -benny diz com os olhos lacrimejando.

-acha que vai dar certo? -digo lacrimejando também.

-eu torço que sim, se der errado sabe que está ferrada. Então prefiro nunca mais vê-la sabendo que está bem com o garoto, do que nunca mais vê-la porque seu pai descobriu onde vocês estavam. -benny responde.

-acha que meu pai é perigoso? Tipo, que ele faria mal pra gente? -digo triste.

-Não sei ao certo...mas nunca podemos anular a hipótese né? -benny diz sorrindo.

-é...eu ligo pra você. Não se preocupe. -digo sorrindo.

-Espero, só não morre e nem fica grávida com 15 anos. E por favor, não use drogas! Se cuida, não para de estudar por uma besteira, ainda tem que fazer faculdade na França lembra? -benny diz se levantando.

-parece que vou adiar a faculdade um pouquinho. -digo rindo.

-vai nessa...tchau pirralha. Vai dormri, tá tarde pra você. -benny diz saindo da sala.

Apenas sorri vendo ele ir embora, saber que ele não estava magoado com o que eu disse me deixou aliviada, mas realmente anular o fato do que meu pai faria seria burrice. Na verdade tudo isso parece burrice, mas qual é...já estamos no fundo do poço mesmo.

Sexta feira, 19:00pm

Estava sentanda na minha cama, já não havia me sobrado sequer uma unha grande nos dedos, estava roendo de nervosismo. Sabe aquela sensação de vai dar tudo errado, aquela voz avisando pra não ir? Pois bem era isso que eu escutava, eu estava com adrenalina e medo percorrendo pelo meu corpo. O Tom vai chegar a qualquer momento e vamos ir embora. De vez!

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