Prólogo

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Oi gatinhas, eu demorei mas voltei como prometido. Essa história é uma das minhas favoritas no quesito de mundinho fanfic. Espero que gostem dessa adaptação trazida ao mundo MALILA. Boa leitura, beijos! 💗


Storybrooke, Maine

Como nos sentimos não é algo que podemos simplesmente escolher, mas, é fato que podemos decidir o que fazer em relação a isso.

Sentimentos, são involuntários; atitudes não. A dor sentida pode não ser mudada, porém, a forma como externar esse sentir, é uma escolha. Uns choram, mas seguem em frente, outros a mascaram. Se fecham. Constroem muros em seu interior. Esses muros podem durar alguns dias, meses, ou por toda a vida.

O espaçoso e vazio quarto recebia apenas o iluminar do abajur. Ela observava a fotografia no porta-retrato. Essa, jamais saíra do móvel ao lado de sua cabeceira.Pegou-a, passou seus dedos sobre ela.

As lembranças vieram como uma forte onda em sua mente, uma lágrima rolou por seu rosto. Era assim, em quase todas as noites, durante esses escuros e longos dois anos. Lembranças dos tempos felizes que passou ao lado da única pessoa que realmente amou. Um sorriso doído brotou de seus lábios, seguido do choro compulsivo, ao acolher o objeto em seu peito e proferir as mesmas palavras:

— Meu amor, por que se foi? Por que me deixou?

Um misto de saudade, dor, até mesmo culpa, habitava seu interior. Sentia-se quebrada. Por mais que o tempo passasse, nada seria capaz de apagar tal sentimento. Absorta em sua melancolia, ainda abraçada àquela fotografia, adormeceu.

Batidas ao longe foram ouvidas, abriu os olhos. Percebeu que já era dia. Visualizou o relógio que marcava 7:15AM da manhã. Novamente batidas à porta a despertaram por completo.

— Entre! — Autorizou, e observou alguém abrir a porta, apesar de saber exatamente quem era.

— É melhor se apressar, ou vai perder o voo, sis. — A mulher ruiva a alertou

— Está bem, Maiara. Eu vou tomar um banho e já desço. — A resposta veio com um pesaroso suspiro, enquanto recolocava o porta-retratos no seu devido lugar. Maiara observou aquela cena, doía ver sua irmã assim, porém, ela achou melhor nada dizer. Se virou para sair, mas foi impedida pela voz da morena — Acha que é o certo a se fazer? — Maraisa indagou, encarando sua irmã.

Maiara se aproximou da cama e colocou a mão da irmã entre as suas. A incerteza era visível em seus belos, porém, tristes olhos castanhos.

— Maraisa, já se passaram quase dois anos. Nesse tempo você praticamente se anulou. Não vive mais, apenas sobrevive. Eu preciso de você. A empresa precisa de nós, sis. Eu sequer posso imaginar a proporção do que sente, mas te ver assim me dói também. Você tem que seguir em frente. Voltar a ter aquela alegria...

— Não! Isso não será possível, Maiara. — Maraisa não a deixa completar o pensamento. — Vou passar esse tempo em Londres, vou fazer essa especialização, porque você me convenceu, impondo-me a sua ilustre presença em todos os fins de semana, invadindo esta casa incansavelmente. Por Deus, Maiara, você não tem vida social? — Questionou, antes de concluir: — Sei que é algo que estava nos meus planos, e que também será bom para nossos negócios, mas a única coisa que me faz sair daqui Maiara, é a promessa que fiz ao papai. Devo isso a ele. — Maraisa relembrou que antes do pai falecer prometeu que jamais deixaria o legado de Cesár Pereira ruir ou ser arranhado. E ela jamais quebraria essa promessa — Ao término, voltarei em para Nova York. Como vê, seguirei em frente. — Suspirou profundamente, abaixando o olhar. — Mas essa Maraisa que você procura, não, sis...ela não existe mais.

Quando Você Me Olha nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora