Isso é o que você pensa, majestade.

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Será que ainda dá pra desejar um Feliz Natal e de quebra trazer esse capítulo de presente? 😬 Feliz Natal, minhas gatinhas. Espero que gostem desse capítulo cheio de lacres, declarações e flagra. Boa leitura, beijinhos! 💖

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O clima dentro da sala de reuniões era tenso, Murilo encontrava-se boquiaberto com aquela situação, que o pegou totalmente desprevenido. Naquele momento, Huff era alvo dos olhares de todos os presentes; uns ostentavam surpresa com a demissão, outros sabiam que isso não tardaria, e alguns estavam saboreando esse momento como se degusta o melhor dos vinhos, esse era o caso de Maraisa. A morena não fez questão alguma de esconder o sorriso sarcástico e dedicá-lo ao seu desafeto.

– Posso saber ao menos o motivo para essa injustiça que estão cometendo comigo? – Huff questiona.

– Você quer que eu pontue em ordem cronológica ou alfabética? – Maraisa indaga de forma irônica. – Mas eu posso começar pelo episódio inescrupuloso de se unir à minha mãe para prejudicar Marilia e a mim. – Fita o homem com desdém.

– Isso é uma calúnia, eu não fiz nada disso... – Murilo tenta argumentar.

– Não seja hipócrita, Murilo Huff, não tente negar, pois já sabemos a espécie de pessoa que você é... – Maraisa diz, em alto tom.

– Maraisa, tente se controlar. – Marilia interrompe a morena, que revira os olhos, mas ao se deparar com o firme olhar de Marilia sobre si, recua. Respirando fundo, Maraisa senta–se ao lado da loira.

– Vocês não têm como provar nada contra mim. – Murilo diz, sentindo-se acuado, oscilando o olhar entre os presentes.

– Na verdade nós temos sim. – Luiza se pronuncia pela primeira vez. – E já lhe adianto que, mediante às provas que detemos, você está bem encrencado, Murilo Huff. – A advogada passa alguns documentos para Huff, que perde alguns minutos lendo-os; haviam fotos de alguns encontros dele com Almira anexadas. – Além desses documentos, contamos com a conversa no seu apartamento quando minha cliente estava lá, lembra-se de suas palavras?

– Isso aqui é, é... – Huff gagueja, ao tomar ciência do conteúdo, em seguida seu olhar recai sobre Marilia.

– Portanto, Murilo Huff. – Martins explana. – Suas atitudes para com Marilia Mendonça nos últimos tempos, se enquadram em crime de difamação e assédio sexual. De acordo com a Consolidação das leis do trabalho, se a empresa comprovar tais delitos, o funcionário pode ser demitido por justa causa. – Ruby explica.

– Assédio? Isso é absurdo! – Murilo olha para Luiza, confuso – Você foi lá para isso, não Mendonça? Para me persuadir, me provocar a falar e ferrar com minha vida. – Murilo aumenta o tom de voz se direcionando a Mendonça.

– Segura sua onda aí, Huff. – August diz, levantando-se.

– Quem pensa que é para falar assim com a Marilia? – Maraisa levanta-se num rompante, fuzilando o homem com o olhar.

– Não se faça de vítima, Huff. – Marilia se coloca de pé, ficando ao lado da namorada. – Desde que cheguei aqui, você não fez outra coisa além de me cercar, me importunar e até me perseguir... – Marilia fala, em tom irritadiço. – Achou mesmo que eu não iria me defender de um ser infame como você?

– Eu fui testemunha de suas perseguições para com Marilia, ou esqueceu do episódio do estacionamento. – Maraisa bate a mão com força sobre a mesa, relembrando com raiva daquele momento, que posteriormente lhe causou desentendimento com a loira.

– Eu apenas estava indo atrás dos meus interesses, eu sou homem. – Diz, debochado. – Isso não é crime.

– Segundo o código penal, artigo 216-A – Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo–se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função, caracteriza–se como assédio, Huff. – Martins informa.

Quando Você Me Olha nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora