Informante de Almira Pereira

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Oi, minhas gatinhas! Prometo que vou tentar ser mais frequente nas postagens dos capítulos. Agora o ritmo e os acontecimentos irão esquentar, muita coisa por vir. Saudades de vocês comentando muito, amo ler todos os comentários. 😂😂 Beijos, boa leitura! 💗

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Ambiciosa. Esse adjetivo caia como uma luva em Almira. Uma mulher de origem humilde, mas que nunca se conformou com a vida mediana que levava. Seu alvo era ser membro da alta sociedade americana. Casar-se com Marcos foi seu passaporte para chegar ao lugar que sempre pressupôs merecer. Uma vez lá, faria qualquer coisa para manter a pose que conquistou com tanto esforço.

De péssimo humor, Almira bateu com força a porta da suíte do hotel, no qual estava hospedada. As coisas não haviam saído como esperado. E se tinha uma coisa que a matriarca das Pereiras não suportava, era ter seus planos frustrados. Andava de um lado para o outro do espaçoso ambiente, tentando organizar seus pensamentos e dissipar a raiva que habitava seu ser, desde o instante em que Maiara contestou seu desempenho como mãe. Almira bufou com a atitude da ruiva, que lhe pareceu um tanto desrespeitosa e ingrata. Mas nada lhe tirou mais do sério do que conhecer a atrevida Marilia Mendonça.

– Garota insolente! – Esbravejou. – Como Maraisa pôde se envolver com esse tipo? De longe, me cheira a golpista. – Bufa. – Mas se minhas filhas acham que lançarão nosso estimado nome na lama, estão muito enganadas. – Pegou o celular, procurou o número que queria, o discando em seguida. Não demorou mais que três toques para ser atendida.

– Em que posso servi-la, majestade? – Disse a voz do outro lado da linha.

– Às vezes você consegue ser tão patético! – Bufa, revirando os olhos. – Estou em Nova York e precisamos nos ver o mais rápido possível.

– Como quiser, madame. Só me diga o horário e o local, e lá estarei. – Responde.

– Amanhã às 8 da noite. Lhe enviarei o endereço. – Enfatiza. Sem esperar uma resposta, Cora desliga o celular. Segue para a sacada do quarto, sentindo a brisa bater em seu rosto. – Sinto muito Srta. Mendonça, mas para ser minha nora, é preciso ser mais que uma órfã com diploma.

No meio da tarde, Maiara ultrapassou as portas do Pereira Tower. Passou direto por Marcela, seguindo para sua sala. Sentou-se em sua cadeira e fechou os olhos. Inspirou e expirou. Estava mais leve. Depois de sair do café com Luísa, foram caminhar pelo Central Park. Maiara explanou para a escritora o que havia acontecido. Passaram algumas horas numa conversa que, aos poucos, passou de tensa para descontraída; fazendo com que Maiara esquecesse, pelo menos por aquele instante, todos os seus dissabores. Deu um sorriso ao pensar no motivo de sua mudança de humor.

Pensou também, em como as pessoas tem a capacidade de provocar sentimentos diversos uns para com os outros. Analisou a existência de pessoas como sua mãe – capazes de deixar alguém no fundo do poço com sua escuridão – e, em contrapartida, a existência de seres tão carregados de luz como Sonza, com a sutil capacidade de fazer bem apenas com sua presença. Foi a isso que a ruiva se apegou para desnublar sua mente e seu coração. Se apegaria na luz de sua mais nova amiga e em seus conselhos. Não deixaria que o autoritarismo e insensatez de sua mãe a atingissem mais.

– Maiara, por Deus! – Maraisa adentra a sala assustando a ruiva e desfazendo todo e qualquer pensamento. – Quer me matar de preocupação?

– Aí, Maraisa. E você quer me matar de susto? – Reclama.

– Onde esteve a manhã toda, Mai? – Maraisa questionou, antes de se aproximar e acomodar-se na cadeira de frente para a ruiva.

– Fui espairecer um pouco. Não conseguiria ficar um minuto mais ouvindo as barbaridades de Almira.

Quando Você Me Olha nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora