Maraisa, quem é ele?

504 70 45
                                    


— Então, ela te convidou para passar o fim de semana com ela? — Luiza sentou-se na cadeira de frente para Marilia, curiosa para saber mais detalhes daquela novidade.

—Sim! E não vejo a hora desse fim de semana chegar.

— Você está caidinha por ela, não está?

— A cada dia que passa Maraisa faz com que eu me apaixone mais por ela, Luiza. Ela é tão carinhosa comigo. — Suspirou, recostando na cadeira. Seus pensamentos a levavam para tudo que aconteceu nesses últimos dias.

— Sabe, que depois de tudo que aconteceu, não imaginei ver Maraisa com alguém e tão feliz outra vez... — Luiza, cessou as palavras, ao perceber que já estava falando mais do que deveria.

— Depois de tudo o quê? — Marilia a encarou, confusa. Afinal, o que a amiga estava insinuando? Ela deveria se preocupar? Por mais que não quisesse, ela já estava. — A que se refere, Luiza?

— Marilia, não é nada que me diga respeito, ok?

— Maiara disse a mesma coisa um outro dia. E você, não é a primeira vez que faz essas insinuações, isso me deixa um pouco tensa...

— Marilia, só posso dizer que as coisas para Maraisa não foram fáceis. Quando ela se sentir pronta, creio que falará. Por muito tempo ela se fechou e parece que você conseguiu adentrar a grande muralha que cercava o coração da rainha má — A advogada dá um meio sorriso.

— Ei, não a chame assim, sua cachorra sarnenta — Marilia franziu o cenho, partindo em defesa da morena, ao mesmo tempo em que a provocava com o apelido "carinhoso" que dera à amiga

— Ui, defendendo a namoradinha? Que gay, Marilia Mendonça. — A advogada riu, zombando da outra.

— A defenderei de pessoas como você e Maiara. E não estamos namorando, ainda. — Mendonça explanou, refletindo sobre o que acabara de declarar para Luiza.

— E por que não faz o pedido? — Luiza sugeriu, a incentivando.

— Não sei, vontade não me falta. — Esboçou um sorriso bobo. — Mas tenho medo de assustar Maraisa. Se ela achar que estou indo rápido demais? Não acha cedo para isso? – Luiza cai na risada. – O que foi?

— Não. Eu não acho. Você está parecendo uma adolescente que vai pedir pela primeira vez uma garota em namoro. — Luiza debochou.

—  Maraisa faz com que eu me assim, tudo com ela é especial. E só para que você saiba, sim é a primeira vez eu sinto vontade de pedir alguém em namoro. — Marilia tamborilava os dedos na mesa, tentando disfarçar o nervosismo, mas antes que Luiza a enchesse de perguntas, ela resolveu mudar de assunto.  — Mas, e o tal cruzeiro de vocês. Tudo pronto?

— Ai, sim! Embarcamos sábado de manhã e voltamos no domingo à tarde. — A advogada comentou, em êxtase. — E Maiara está se mordendo de raiva por ter perdido essa aposta para mim. –

— Devia contar a ela sobre você e Marcela. – Marilia aconselhou, enquanto Luiza ria da situação.

— Eu direi. Já me decidi, mas... só quando voltar. – Luiza se levantou – Deu a minha hora, loira, preciso trabalhar.

Antes que Marilia diga alguma coisa, Marcela adentrou à sala.

— Olá, belas!  Vim comunicar que as chefes nos querem na sala de reuniões, em dez minutos.

— Alguma coisa saiu errada? — Marilia perguntou, oscilando o olhar entre a secretaria e Luiza. A situação era, no mínimo, estranha.

— Não tenho detalhes, só pediram para reunir a todos na sala que tinham um comunicado importante a fazer. falariam quando todos estivessem reunidos. — Marcela completou, deixando as outras duas mulheres mais intrigadas do que já estavam.

Quando Você Me Olha nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora