Capítulo 15

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Sophie Brown

"I'm a world of boys he's a gentleman "

Taylor Swift - SLUT!

A lua que brilha acima de nós me deixa feliz.

O céu está perfeito essa noite.

Milhares de lembranças ainda me rondam, mas elas estão desaparecendo gradativamente.

Encaro os paralelepípedos da rua.

Apenas três noites com Ray mudaram totalmente minha percepção sobre ele.

Deixamos os carros na minha casa porque eu queria caminhar um pouco, mesmo que o clima esteja marcando 19° C.

Ray caminha ao meu lado com as mãos nos bolsos do casaco preto que usa. Segundo Ray, ser discreto é usar preto dos pés à cabeça.

— Onde estamos indo? — indaga, parando na faixa de pedestres.

— Ainda estou com fome. — lembro-o, estremecendo com a rajada de vento frio que me atinge, fazendo com que os pelos da minha pele se arrepiarem.

— Você está indo muito bem. — comenta como quem não quer nada, dando de ombros casualmente — E canta para cacete também...

— Você já disse isso. — resmungo, cruzando os braços na tentativa de me aquecer.

Ray baixa a cabeça, sorrindo para o chão, e outra lufada de vento frio nos atinge, obrigando-me a encolher meu corpo.

Garota burra.

Eu deveria ter pegado um casaco.

Ray para no meio da calçada, tirando o boné, entregando-me.

O que ele está fazendo?

Franzo o cenho.

A próxima coisa que ele faz é tirar o casaco para me oferecer.

— Eu deveria ter pegado um. — argumento, aceitando de bom grado a peça.

Ele dá de ombros, colocando o boné na cabeça de novo.

— Bem sutil. — passo o moletom por cima da cabeça, vestindo-o, sentindo-me aquecida e imediato — Isso é como uma abraço quentinho.

— O abraço quentinho me custou uma nota.

— Acredito.

— Quatro festas? — faço uma careta com a indagação.

— Phil nos aconselhou a fazer mais de uma, caso ele não gostasse. Talvez quatro tenha sido exagero, era um plano A, B, C e D. — esclareço, encolhendo os ombros — Ele só olhava e rejeitava. Não eram tão ruins.

— Vocês fazem um bom trabalho, ele que é um filho da mãe idiota. — meneio com a cabeça, não conseguindo formular nada verbalmente — Estou ansioso para te dar trabalho nas festas esse ano. — uma carranca se forma em meu semblante.

Na temporada passada Ray só esteve presente na festa do começo da temporada.

— Se fizer isso, corto suas bolas. — ameaço com seriedade.

— E privar minha futura mulher de ter filhas, isso seria maldade. — rebate.

O encaro, surpresa.

Caramba.

— Nunca imaginei que você era o tipo de homem que se imaginaria com filhos. — admito.

— Filhos não. Filhas. — corrige, deixando-me mais incrédula — Você precisa parar de impor estereótipos em minha pessoa, isso ofende — Ray empurra meu ombro com o seu, arrancando-me uma risadinha.

A "Pior" Temporada da Minha Vida: Linha entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora