Capitulo 3 - Eloá castro

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—Meu bebe você está linda — minha mãe sorriu com o celular na mão tirando foto do meu vestido azul de alças

—Chega disso mãe.

—Eu sabia que você e o Theo iam se acertar, é até bom pra distrair o Theozinho ele é um bom menino

—-Ué mas porque o Théo precisa se distrair?

—Ele não contou pra você?

—O que? Não!

—A irmã dele está muito mal no hospital, parece que é bem grave.

—Meu Deus a Joan! Ele não me falou, será que ela vai fazer mais uma cirurgia?

—Você sabe né filha, eles não tem dinheiro, e a Joan nasceu com um problema cardíaco e esta na fila de espera pra ver se consegue a cirurgia dela.

—Não podemos ajudar? — eu a encarei  aflita

—Infelizmente não meu bebê — ela me abraçou — Não temos tanto dinheiro, essa cirurgia dela é bem cara. —eu suspirei — eu não sei se a Joan vai passar desse final de semana

—Deus! Mãe, não fala isso!

—Me desculpe, filha, mas é a verdade, então espero que vocês consigam se distrair hoje.

Apenas esse discurso da minha mãe já me fez ficar com ainda mais remorso que eu sentia.

Antes que eu pudesse responder a campainha tocou, e meu coração se agitou de um jeito diferente dentro do peito.

   Eu ainda estava no quarto e ouvi minha mãe abrindo a porta e sua voz. Corri até a escada e desci quando o olhar de Theo se encontrou com os meus ele esboçou um sorriso o que me fez fazer o mesmo, novamente meu coração se agitou, agora por ver seu sorriso.

 Ele estava de smoking ainda usava os óculos, seus cabelos que eram longos estavam pra trás e ele estava com um girassol em suas mãos, eram os meus preferidos.

—Oi — parei a sua frente e ele me olhou da cabeça aos pés

—Oi... você... er... — ele gaguejou — Você está... parecendo uma princesa— ele esticou o Girassol e me deu. 

Ele sabia que eu amava, todo dia quando costumávamos ir juntos na escola eu o fazia fazer o caminho mais longo para poder olhar o campo enorme de girassóis 

—Obrigada, — meu olhos viram aqueles castanhos claros brilhantes dele — eu amo girassol— eu peguei e coloquei em um vaso com água— você também está ótimo, gostei do cabelo ficou muito bom — ele sorriu.

Eu segurei sua mão e o puxei pra que pudéssemos finalmente sair 

— Tchau mãe estamos indo

—Tudo bem, se divirtam — Ela berrou da cozinha — se comportem!

—TÁ BOM MÃE!

Theo e eu fomos andando em silêncio até a escola.

A noite estava perfeita, estrelas no céu, nem calor e nem frio, só perfeita. Ficamos de mãos dadas por todo o percurso, não falamos uma palavra, eu só sentia sua mão apertar a minha algumas vezes, nós nem nos olhamos, mas havia uma agitação, meu estômago parecia estar com várias mini borboletas, eu nunca senti isso.  Quando finalmente chegamos entramos no salão decorado e nossas mãos não se soltaram nem naquele instante.

—Você quer dançar Theo? — quebrei nosso silêncio

— Eu não sou muito bom nisso.

—Vem, é fácil a gente dança no nosso ritmo, eu também não sou boa . — ele assentiu e fomos para o meio da pista

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