Capitulo 11-Ethan Matozzo

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Eloá e eu trocamos telefone na noite passada, não fiquei muito confiante com isso. Mas se ela podia me ajudar a parar de sentir essa dor. Um fio de confiança percorreu meu corpo enquanto eu continuava deitado.

Quando senti uma almofada voar no meu rosto

—Ethan seu vadio! — eu encarei Joan que invadiu meu quarto

—Não faz eu me arrepender de ter dado a chave do meu apartamento pra você! — ela gargalhou e eu fiz o mesmo

—MEU DEUS — franzi o cenho e a encarei

—O que?

—Um sorriso de Ethan? Não acredito, para aí pra eu tirar uma foto

—Para com isso Joan — me levantei e hoje eu não senti nenhuma dor, nem um rastro dela, talvez Eloá tenha razão

—Sem dores hoje?

—Como sabe?

—Você não está com aquela cara de sempre.

—Sim, a Eloá me ajudou ontem

—Que bom que você falou, assim eu não me sinto com muita consciência pesada — ela segurou meu pulso e deu um sorriso que eu já sabia que ela tinha feito alguma besteira

—O que você fez?

—Eu pedi pra ela ver seu caso se você conseguia voltar a andar sem sequelas

—JOAN!

—A ela é fisioterapeuta eu apenas uni o útil ao agradável, afinal fui eu que selecionei seu currículo me agradeça depois

—Eu to começando a achar que foi de propósito— ela deu um risinho fino

—Talvez quem sabe, nunca saberá

—Faz sentido, afinal como um currículo de uma fisioterapeuta foi parar na minha mesa para ser a minha assistente, isso é coisa sua eu deveria saber

Fui em direção ao banheiro a Joan era uma intrometida, ela vivia enchendo meu saco, parecia mais a mamãe

—Não fica com raiva mano — ela berrou do lado de fora do banheiro enquanto eu tomava minha ducha

—SAI DAQUI JOAN SUA MALUCA! Eu não tenho mais privacidade com você aqui

—E VOCÊ AMA ISSO — ela gritou do lado de fora — Vai na festa da Eloá? —eu saí do banheiro com a toalha na cintura

—Sai daqui, eu preciso me arrumar

—Chato, me responde antes — ela olhou pra mim — olha a minha tatoo ai, ainda não acredito que a gente fez isso

—Eu estava maluco na época, tatuar um J em mim — revirei o olho

—Você sabe que é meu irmãozão, não sabe? Que eu sou grata por tudo que fez por mim, e que eu vou estar do seu lado até o fim. E o tamanho desse J aí é ridículo!

—Sei, agora sai Joan!

Ela correu saindo do quarto e eu sorri, eu amava minha irmã mais nova, ela me enchia mas éramos nós contra o mundo e eu faria tudo por ela novamente.

****

O dia foi tão corrido hoje, eu quase não esbarrei com Eloá, ela deixou alguns exercícios simples para que eu começasse a alongar minha perna, mas eu não tive coragem de começar a fazer. Se isso realmente desse certo a causa do meu ódio por Eloá Castro iria sumir junto com minhas dores. E eu queria odiá-la, por tudo que ela me fez, ela não tinha o direito de tirar isso de mim. Respirei fundo e joguei o bilhete com a explicação dos exercícios dentro da gaveta da minha mesa.

Já estava tão tarde que quando olhei pro relógio já tinha passado mais de duas horas da festa dela. Abri novamente a minha gaveta e coloquei o presente dela em cima da minha mesa e encarei.

Será que eu devo ir?

—Vamos de cara ou coroa — suspirei e peguei uma moeda em meu bolso —Cara eu vou e Coroa não

Joguei pro alto e encarei a moeda quando ela caiu na minha mão eu virei e deu Coroa. Eu não vou. Mas acho que não valeu, melhor de 3. Joguei novamente e agora caiu Cara e um sorriso tomou meu rosto

—Vamos lá — joguei novamente e quando olhei Cara, o acaso queria que eu fosse Peguei seu presente e fui até sua casa 

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