Capitulo 44 - Eloá Castro

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—Eu quero ir ver a minha filha, eu tenho direito—Jonathan gritou do outro lado da linha

—Olha só Jonathan, eu já falei que vou levar ela até você, você não precisa saber onde moramos agora, e fica muito feliz de eu não te denunciar depois da merda que você fez

—Eloá me desculpa, eu não estava pensando no dia, eu achei que você ainda gostava de mim e aí...

—E aí você me beijou a força, a lágrima nos meus olhos não te deu uma dica não?— eu gritei e minha voz ecoou pela sala de Theo

—Eu sei que errei Eloá , sei mesmo e agradeço você não ter me denunciado, eu só quero ver a minha filha

—Não se faz de bonzinho Jonathan, vc vai vê -la no lugar onde eu quiser!

—Tá bom você ganhou, quando então?

—Pode ser amanhã?

—Sim, no café na rua Baker ok?

—Tudo bem eu sei onde fica.

Desliguei o telefone e respirei tão fundo que minha barriga doeu. Meu corpo estava tão tenso.

****

Fiz tanta coisa hoje, trabalhei fui até o fórum porque o estúpido do Jonathan fez uma reclamação formal e disse que estava muito preocupado com o bem estar da filha, só para eu atender a ligação dele. Depois que atendi esse babaca retirou, falou que foi um engano. 

É por isso que as palavras bonitas de perdão dele não me enganam, e eu estava exausta, eu só queria chegar em casa. Theo me ligou perguntando se eu precisava de uma carona, eu não podia ficar dependendo dele pra tudo, ele não ia estar comigo o tempo todo, então eu disse que não.

Parei em frente a porta de casa e abri a mesma, estava tão tarde, já devia passar das 20 horas, já era pra eu ter chegado em casa desde às 17.

Joguei meus sapatos pro lado da porta, e a casa estava extremamente quieta, olhei ao redor

—Mari? — a porta do seu quarto estava fechada. Andei devagar até a mesma e abri lentamente, ela estava sentada na cama vendo tv

—oi filha

—Oi mamae— ela sorriu levantou e me deu um beijo

—ta quietinha aí.

—sim tô vendo filme.

—hmm, já falei pra fazer o dever antes de ver tv

—mas eu já fiz mamãe.

—Ja?

—Sim, o papai me ajudou— ela sorriu

—Sério amor?— um sorriso surgiu em meu rosto

—Serio, ele sentou comigo e me ajudou a fazer que nem você faz, ele falou que você ia chegar muito cansadinha pra gente fazer uma surpresa pra você

Eu a encarei aliviada, eu estava tão cansada que eu não conseguiria passar dois segundos acordada tentando fazer o dever

—Que bom filha, parabéns, e cadê o Theo?

—Ele estava arrumando alguma coisa no banheiro, e aí acho que foi pro quarto.

—Brigada meu amor, vê seu filminho

Só de saber que Mari já tinha feito tudo que tinha fazer eu fiquei aliviada. Era tão bom, ter alguém que te ajudasse, o mais engraçado é que eu não tinha me acostumado ainda com ela chamando Theo de pai.

—Theo?—Continuei andando até que ele saiu do quarto, com uma calça de moletom um pouco larga e sem camisa. Meus olhos foram direto para o seu tórax e sem querer me peguei contando os músculos de seu abdômen.

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