Demorei 40 minutos para convencê-la que precisávamos ver o pai dela. Isso me fez realmente mal, eu daria qualquer coisa para não ter que levá-la nesse encontro, mas o juiz tinha estabelecido era o direito dele como pai, mesmo não agindo como tal.
Eu e Mari chegamos no café e sentamos em uma mesa
—Ele já deve estar chegando filha — olhei no relógio já haviam se passado 10 minutos do horário marcado
—Tá bom mãe.
O silêncio se instalou, era óbvio que nem eu e nem Mari queríamos estar ali, ela permaneceu tomando o seu sorvete, e eu tentando tomar uma xícara de chá, mas era impossível toda as 2 vezes que tentei pega-la minhas mãos tremeram me fazendo derrubar o líquido, eu estava pirando por dentro.
Olhei ao redor e tinha muitas pessoas passando ali, contei ao menos umas 6 e cada vez via mais e mais pessoas andando de um lado para o outro em frente ao café que ficava em uma esquina muito movimentada.
É claro que foi de propósito, meu coração estava na boca desde o momento em que saímos de casa e ouvi a voz de Jonathan confirmando. Eu no meio do caminho eu voltei a sentir as mãos de Jonathan passeando pelo meu corpo sem permissão, abri meus lábios e puxei fundo o ar, meus olhos estavam ardendo porque eu não conseguia piscar, meu corpo inteiro estava em alerta.
—Bom dia meninas — a voz grave de Jonathan percorreu em meus ossos me paralisando.
—O-Oi — gaguejei e abaixei a cabeça pegando meu chá ele se sentou bem ao meu lado em frente a Mari, mas acho que ao perceber minha postura ele puxou a cadeira e se afastou e eu soltei o ar e bebi um gole do chá segurando com força a xícara para que não tremesse
—Me desculpem pelo atraso, eu estava ocupado... — ele suspirou e olhou pro lado —trouxe algo pra você Mari
Ele tirou um pequeno chocolate do bolso me fazendo revirar os olhos. O cara não vê a filha há quase um mês e traz um bombom
—Tudo bem Jonathan. — eu me aconcheguei na cadeira eu estava bem mais relaxada
Os dois conversaram por algum tempo, não tempo suficiente, mas até que fiquei surpresa que Jonathan foi gentil e estava até ouvindo ela falar sobre sua escola
—Mamãe
—Oi filha
—Posso ir ao banheiro?
—Claro, vai com cuidado, ja já vamos embora tudo bem?
—Ta bom
Ela saiu correndo e então ficamos eu e Jonathan. Eu e ele. Sozinhos.
—Eloá me desculpa — ele segurou minha mão por cima da mesa e eu a puxei no mesmo instante
—Não encosta em mim por favor
—Eu é... — ele abaixou cabeça e recolheu as mãos —Desculpa de novo
—Tudo bem, eu acho.
—Nós não temos mais chance certo? — Seus olhos azuis me fitaram no mesmo instante e parecia muito arrependido
—Não Jonathan, não temos.
—Me desculpa por tudo que te fiz passar, eu só percebi o quanto eu te amava e quanta besteira eu fiz depois que saiu de casa, e obrigado por trazer a Mari, apesar do que eu fiz com você.
—Aquele dia vai ficar marcado em mim pra sempre, mas eu estou disposta a te perdoar se você prometer não magoar a Mari.
—Eu prometo. Você tem alguém? — ele me encarou seus olhos estavam ansiosos agora
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma vida. Uma Chance.
RomanceTheodoro Albuquerque é um garoto tímido, introvertido e muito inteligente contrariando todo universo, é melhor amigo de Eloá Castro, sua vizinha e também a garota mais bonita da escola. Ele se considerava com sorte até ela resolver trocar sua amizad...