Capitulo 45 - Eloá Castro

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Demorei 40 minutos para convencê-la que precisávamos ver o pai dela. Isso me fez realmente mal, eu daria qualquer coisa para não ter que levá-la nesse encontro, mas o juiz tinha estabelecido era o direito dele como pai, mesmo não agindo como tal.

Eu e Mari chegamos no café e sentamos em uma mesa

—Ele já deve estar chegando filha — olhei no relógio já haviam se passado 10 minutos do horário marcado

—Tá bom mãe.

O silêncio se instalou, era óbvio que nem eu e nem Mari queríamos estar ali, ela permaneceu tomando o seu sorvete, e eu tentando tomar uma xícara de chá, mas era impossível toda as 2 vezes que tentei pega-la minhas mãos tremeram me fazendo derrubar o líquido, eu estava pirando por dentro.

Olhei ao redor e tinha muitas pessoas passando ali, contei ao menos umas 6 e cada vez via mais e mais pessoas andando de um lado para o outro em frente ao café que ficava em uma esquina muito movimentada.

É claro que foi de propósito, meu coração estava na boca desde o momento em que saímos de casa e ouvi a voz de Jonathan confirmando. Eu no meio do caminho eu voltei a sentir as mãos de Jonathan passeando pelo meu corpo sem permissão, abri meus lábios e puxei fundo o ar, meus olhos estavam ardendo porque eu não conseguia piscar, meu corpo inteiro estava em alerta.

—Bom dia meninas — a voz grave de Jonathan percorreu em meus ossos me paralisando.

—O-Oi — gaguejei e abaixei a cabeça pegando meu chá ele se sentou bem ao meu lado em frente a Mari, mas acho que ao perceber minha postura ele puxou a cadeira e se afastou e eu soltei o ar e bebi um gole do chá segurando com força a xícara para que não tremesse

—Me desculpem pelo atraso, eu estava ocupado... — ele suspirou e olhou pro lado —trouxe algo pra você Mari

Ele tirou um pequeno chocolate do bolso me fazendo revirar os olhos. O cara não vê a filha há quase um mês e traz um bombom

—Tudo bem Jonathan. — eu me aconcheguei na cadeira eu estava bem mais relaxada

Os dois conversaram por algum tempo, não tempo suficiente, mas até que fiquei surpresa que Jonathan foi gentil e estava até ouvindo ela falar sobre sua escola

—Mamãe

—Oi filha

—Posso ir ao banheiro?

—Claro, vai com cuidado, ja já vamos embora tudo bem?

—Ta bom

Ela saiu correndo e então ficamos eu e Jonathan. Eu e ele.  Sozinhos.

—Eloá me desculpa — ele segurou minha mão por cima da mesa e eu a puxei no mesmo instante

—Não encosta em mim por favor

—Eu é... — ele abaixou cabeça e recolheu as mãos —Desculpa de novo

—Tudo bem, eu acho.

—Nós não temos mais chance certo? — Seus olhos azuis me fitaram no mesmo instante e parecia muito arrependido

—Não Jonathan, não temos.

—Me desculpa por tudo que te fiz passar, eu só percebi o quanto eu te amava e quanta besteira eu fiz depois que saiu de casa, e obrigado por trazer a Mari, apesar do que eu fiz com você.

—Aquele dia vai ficar marcado em mim pra sempre, mas eu estou disposta a te perdoar se você prometer não magoar a Mari.

—Eu prometo. Você tem alguém? — ele me encarou seus olhos estavam ansiosos agora

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